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LYRA
—Não é o que parece, você estava ferido e eu… — minha mente girava sem parar, nem eu mesma acreditava na quantidade de besteiras que estava dizendo.
Ele apenas me olhava, a expressão cada vez mais e mais carregada.
— O que você viu? — sua voz áspera e fria soou de repente.
— Você entende o que eu digo? — respondi animada, já que ele não havia falado nada antes e eu temia que não me compreendesse.
Tentei me levantar, sair daquela situação embaraçosa, mas sua mão calejada agarrou meu braço com firmeza.
— O que você viu? — repetiu, desta vez com um tom mais afiado e perigoso.
— Só que você lutou contra aquele animal e venceu — respondi, tentando puxar meu braço. Mesmo sendo meu companheiro, eu não gostava da aura ameaçadora dele.
Não me atrevi a confessar o que descobri em seu lobo.
— Você consegue me sentir? Você e eu…
— Cale-se — me interrompeu de repente. Eu havia me esquecido de como ele era rude, mas seus olhos logo se voltaram, alertas, para uma direção, ativando também meus instintos.
"Tem gente se aproximando." Assim que Aztoria me avisou, a vegetação foi bruscamente afastada e um homem emergiu, seguido por outros dois.
— Eu disse que senti o cheiro de uma fêmea! — os três pares de olhos me fitaram como se eu fosse um pedaço suculento de carne.
A verdade é que a forma como me olhavam me causava arrepios, mas, ao notarem a presença do meu companheiro, seus olhares mudaram para puro desprezo.
— O que você está fazendo nesta parte da floresta? Você sabe que não tem permissão para caçar aqui. E como ousa reivindicar uma fêmea errante para si?!
O sujeito à frente, um homem de cabelos castanhos e olhos escuros, falava com hostilidade.
Eles avançaram até nós. Eu precisava admitir que também eram altos e musculosos; o líder do grupo emanava uma aura de Alfa.
— Eu não estava caçando, apenas senti alguém em perigo — a voz áspera do meu companheiro respondeu.
Eu, no meio de tudo, desconfortável e querendo me refugiar ao lado dele, mas ele não se moveu em minha direção. No entanto, aquele Alfa se aproximou.
— Pelo Rei Lobo, você é linda, mas essa roupa… de onde você vem? O que uma loba como você faz perdida na floresta? — ele até levantou a mão para tocar meu rosto, mas, obviamente, recuei com desgosto.
Rei Lobo? Quem é esse?
Observei suas vestimentas rústicas, praticamente cobertos apenas por saias de pele e cintos de couro.
Era claro que minhas roupas chamariam a atenção deles. Eles me olhavam como se eu fosse algo estranho.
— Não sei, tive… tive um acidente, não me lembro de muita coisa — respondi rapidamente. Algo me dizia que eu não deveria me revelar ainda, não antes de entender melhor o que estava acontecendo ali.
— Eu sou Verak, o próximo Alfa da matilha Vale Fértil. Você pode vir conosco, daremos abrigo em nossa tribo — disse ele, animado demais, o que me deixou desconfiada.
Lancei-lhe um olhar cético. As matilhas que eu conhecia não aceitavam estranhos tão facilmente, mas pareciam muito interessados no fato de eu ser mulher.
— Você é dessa matilha? — me virei para perguntar ao meu companheiro, que continuava em silêncio.
Seu semblante era severo e fechado, mas seus olhos brilharam com um leve assombro ao ouvir minha pergunta.
— Sim, eu sou…
— Você não precisa agradecê-lo por nada, nós também estávamos por perto e poderíamos ter te resgatado…
— Mas não resgataram — me virei para encarar um deles. — Vou com ele, não confio em vocês.
— Drakkar não é digno de reivindicá-la! Há muitos guerreiros melhores em nossa matilha!
— Berefort, já basta! — o tal Verak o interrompeu, parecendo o mais sensato dos três.
— Vamos todos voltar para a matilha. Não tenha medo, respeitamos as fêmeas, não somos selvagens.
Dizia isso um homem vestido apenas com um taparrabo, mas acabei assentindo e aceitando segui-los até seu assentamento.
Eu não conhecia ninguém ali, ainda estava machucada e minha loba não havia se recuperado completamente. Eu precisava de abrigo… e do meu companheiro.
"Lyra, os lobos deles tentaram se comunicar comigo, mas fingi estar morta. Não sei, tenho um mau pressentimento."
"Fez bem, não deixe que te detectem. Esse Alfa não é mais poderoso que você, mas, por precaução, vou fingir fraqueza."
Tramamos em silêncio.
"Viu? Nosso marido se chama Drakkar. Como será o nome do seu lobinho arisco?"
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