O Rei Lycan e sua Tentação Sombria romance Capítulo 24

LYRA

Por um segundo, achei que era aquele chato do Verak me seguindo, mas nem tive tempo de reagir quando fui cercada por braços fortes.

—Lyra! —a voz ansiosa de Drakkar soou sobre minha cabeça, o coração dele batia forte contra meu ouvido.

—Drakkar…

—Por que você saiu sozinha da matilha e veio tão longe?! Isso é perigoso! —ele se afastou me segurando pelos ombros, os olhos aflitos.

Eu podia sentir a preocupação dele.

—Eu… só vim tomar banho…

—Você devia ter me esperado. Eu pensei… pensei… —as pupilas dele tremiam, as sombras das runas começaram a se espalhar pela pele enquanto ele lutava pelo controle.

“O bobinho achou que a gente ia fugir sem ele.” Aztoria também entendeu o que Drakkar sentia. “Meu boneco lindo, sem você eu não vou pra lugar nenhum, amor.”

—Drakkar, eu não ia fugir, você disse que ia caçar…

Ele voltou a me abraçar, me afundando nos peitorais dele, com as mãos na minha cabeça e nas costas, me apertando tão forte que quase doía… mas minha alma tava derretendo de doçura.

—Me desculpa, Lyra. Eu não te afasto porque te odeio… eu só… não quero te machucar —murmurou, respirando pesado. Deve doer lutar contra ele mesmo o tempo todo.

—Drakkar, calma, calma, lobinho…

—Quando cheguei na caverna e não te vi… —ele fez uma pausa, hesitando em contar seus medos.

—Vou te levar pra casa. Não foge de mim, Lyra, não foge de mim.

Fechei os olhos e me apertei mais contra o corpo dele.

«Claro que eu não vou fugir, companheiro bobo e inseguro… agora que te achei, sou eu quem não vai te deixar ir.»

Passaram alguns segundos em que a gente não disse nada, só entrelaçados no meio da selva, enquanto ele cheirava meu cabelo bem fundo e passava a mão desajeitada pelas minhas curvas.

—O Alfa me disse que eu tenho que ir com a equipe de troca —ele acabou com a bolha onde a gente tava.

—Equipe de troca? —perguntei, levantando a cabeça.

—Te conto na matilha, esse lugar não é seguro…

—Não, não —parei ele quando tentou me puxar pela mão—. Vamos entrar na caverna. Eu também tenho uma coisa pra te mostrar.

Aí entramos, mergulhando naquele tesouro que a gente encontrou.

Drakkar começou a me contar sobre a troca de mercadorias e minha cabeça já começou a bolar planos, principalmente porque finalmente sairíamos dessa matilha.

—Drakkar, vem, tem algo que quero te mostrar. É muito importante —disse, guiando ele pelos túneis apertados.

—Lyra, tá muito quente aqui dentro, você pode passar mal —ele parou na minha frente, tentando me proteger da fumaça que saía das fendas.

Meu coração tava mais quente do que essas grutas.

—Não se preocupa. Olha isso, Drakkar, é incrível! Serve pra fazer armas mágicas poderosas! —apontei pras pedras e os dedos calejados dele foram tocar.

—Acho que vi algo parecido na caverna da curandeira uma vez, mas era azul —sussurrou, pensativo.

Franzi a testa, pensando na maldição dele.

Sempre achei que aquela mulher não tinha poder pra prender um lobo tão forte quanto o Drakkar, mas… e se eu estiver subestimando ela?

Tem muita coisa nesse mundo que ainda não conheço.

De qualquer forma, agora não tinha como comprovar nada, e o tempo tava correndo.

—Drakkar, vamos tentar fazer armas. Pra você. E talvez sobre alguma pra trocar nesse festival. Eu vou com você —falei, tomando minha decisão.

Esperava que ele não recusasse. Ele se virou pra me olhar com aqueles olhos profundos que são a minha perdição.

—Não vou ficar sozinho…

—Não. Você vai comigo. Eu vou cuidar de você, Lyra, vou te proteger com a minha vida.

“Ai Deusa, como tá quente nessa caverna.” Aztoria ronronava feito gata e eu já tava nas nuvens só com aquelas palavrinhas doces.

—Eu vou com você sempre, Drakkar. Sempre —suspirei, tentando ignorar o desejo louco que sentia por esse macho.

Verifique o captcha para ler o conteúdoVerificar