O Rei Lycan e sua Tentação Sombria romance Capítulo 3

Resumo de 03. OPERAÇÃO: SEDUZIR UM LOBO SELVAGEM: O Rei Lycan e sua Tentação Sombria

Resumo de 03. OPERAÇÃO: SEDUZIR UM LOBO SELVAGEM – Uma virada em O Rei Lycan e sua Tentação Sombria de GoodNovel

03. OPERAÇÃO: SEDUZIR UM LOBO SELVAGEM mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O Rei Lycan e sua Tentação Sombria, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Lobisomem, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

LYRA

— Temos que impedir isso!

— Não grite — ele me respondeu entre dentes, seus olhos escuros varrendo o ambiente com cautela. — Não sei quem você é, mas se deseja sobreviver, siga as leis da matilha, ou a próxima naquela fogueira pode ser você.

Suas palavras frias me atingiram como uma lâmina, seu olhar penetrante era um mar de tempestades.

Senti o peito apertar, queria gritar para que ele parasse de ser tão indiferente — éramos destinados!

Mas ele simplesmente deu as costas e se afastou por entre as choças.

O rugido de dor atrás de mim gelou meu sangue, e o cheiro de carne queimada penetrou em minhas narinas.

Hesitei em me virar, já sabia a barbárie que presenciaria.

"Não faça isso, Lyra, é horrível, não olhe..." minha loba me alertou.

"Tenho que olhar, Aztoria," respondi, me virando lentamente. "Tenho que aceitar de uma vez para onde viemos parar e o que teremos que enfrentar."

Meus olhos prateados refletiam as chamas e a expressão deformada de dor daquela fêmea, algo que jamais esqueceria.

Este continente era muito mais selvagem do que eu conhecia, e eu precisava encontrar um jeito de voltar para casa.

Eu havia encontrado meu companheiro, sim, mas nem mesmo nele eu podia confiar… por enquanto.

Me afastei daquela cena horrível e me sentei sobre uma pedra, ao lado de uma choça.

Não sei quanto tempo passou, mas os gritos já haviam cessado há um bom tempo.

— Você está aqui. Por um momento, achei que tivesse ido embora — ouvi a voz rouca e ansiosa de Verak.

Levantei o olhar para encará-lo.

— Lamento pelo que aconteceu. Não tenha medo, nossa matilha é boa, apenas seguimos os desígnios do Rei Lobo — ele explicou, com um olhar complicado.

Assenti, suspirando. Eu tinha milhares de dúvidas, mas não queria me mostrar tão perdida na frente desse macho.

— Venha, vou te apresentar à Curandeira e ao Alfa, eles querem te ver — ele estendeu a mão para me ajudar a levantar, mas eu o ignorei e me ergui sozinha, sacudindo a poeira do meu traseiro.

— Não precisa ficar na defensiva, sou um macho solteiro, gostaria que me considerasse para acasalarmos. Posso te alimentar e, se tivermos filhotes, eles não morrerão no inverno. Serei o próximo Alfa…

— Espera, espera! Não estou procurando um companheiro — interrompi sua autopromoção entusiasmada.

Aqui eles não perdiam tempo com rodeios.

— Você é fraca — seus olhos me analisaram de cima a baixo. — Nem mesmo sinto sua loba, deve ser uma Ômega retraída. Você não sobreviverá sozinha, não pode caçar, e se comer só ervas vai morrer de fome. Você precisa de um macho.

— Então eu escolherei o meu macho. E não gosto de você. — respondi com a mesma franqueza.

Seu rosto escureceu um pouco, parecia que feri seu orgulho, mas ele logo se recuperou.

— No final, verá que sou sua melhor opção. Você é muito bonita, mas fraca. Talvez nem consiga dar à luz filhotes, mas estou disposto a ser generoso com você e te tratar bem.

Ele acrescentou por fim, girando nos calcanhares e me fazendo sinal para segui-lo.

"Ah, é mesmo, pulguento? Quem é a Ômega fraca aqui?" Aztoria bufou, indignada.

"Se esconda bem, vamos ver o Alfa e aquela maldit4 bruxa. Não quero que descubram nada sobre nós, já basta eu não saber como explicar essa roupa."

Onde quer que eu passasse, olhos curiosos me seguiam.

Fiquei surpresa ao ver que algumas mulheres andavam com os seios expostos sem pudor algum, vestindo apenas uma saia de couro. Que diabos com esses lobos primitivos?!

Chegamos à maior choça que eu já havia visto na matilha, com dois guerreiros protegendo a entrada.

Verak afastou as peles e me convidou a entrar na “casa” do Alfa.

Era o mesmo homem que ateara fogo à garota e que agora estava sentado tranquilamente ao lado daquela bruxa desgraçada.

— Verak me disse que te encontraram na Floresta Densa. Como se chama? Também não lembra seu nome? — o Alfa começou a me interrogar.

— Sim, senhor. Me chamo Lyra, e mal consigo lembrar disso. Acho que bati a cabeça… — toquei a parte de trás do cabelo e fingi confusão.

— É verdade, você é muito bonita! Nunca vi uma mulher tão delicada! Onde conseguiu essas roupas tão bonitas? — de repente, uma garota se aproximou.

Ela estava sentada ao lado, mexendo algo dentro de uma panela de pedra.

Começou a tocar minha roupa e meu cabelo, me sujando inteira.

— Nereida, não seja mal-educada — Verak a puxou pelo braço.

— Irmão, está na cara que você gosta dessa fêmea!

— Cale-se, Nereida! — o Alfa rugiu, irritado. — Não fale besteiras, sabe que seu irmão está esperando a filha da Curandeira atingir a idade adulta! Eles serão o casal perfeito.

— Pai… — Verak tentou interrompê-lo. Eu sentia cheiro de treta da boa no ar.

— Já chega! Não falemos mais de assuntos íntimos na frente da nova fêmea. O que ela vai pensar da nossa matilha?

De repente, aquela mulher idosa se levantou e caminhou até mim, apoiada em seu cajado.

Algo no olhar negro dela fez todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.

— Tem certeza de que não lembra de nada, querida? — sua pergunta estava carregada de astúcia e desconfiança.

— Talvez eu recupere minhas memórias depois, mas agora, toda vez que tento me lembrar, minha cabeça dói muito. — respondi baixo, encarando-a diretamente.

"Meu macho não é nenhum fracote! Ahh, que vontade de morder o pescoço desse convencido!" Aztoria rugia de raiva.

Nós o havíamos visto lutar, ele era muito poderoso, apenas estava amaldiçoado e ainda envenenado.

Eu não sabia o que havia acontecido com ele, mas iria descobrir tudo.

Engolindo minha irritação, avancei para dentro da caverna coletiva.

Por que “coletiva”? Porque ninguém aqui tinha privacidade alguma.

Vi pequenos grupos de anciãos e crianças correndo ou caçando vermes em um canto.

O cheiro de vida em comunidade me deu um tapa na cara.

Me sentei em um canto sem falar com ninguém, sentindo os olhares pesarem sobre mim. Mas de qualquer forma, não ficaria muito tempo ali dentro.

Verak tinha razão em uma coisa: esses pobres anciãos, desamparados, e as crianças órfãs da matilha não se alimentavam bem. Apenas sobreviviam das sobras das caçadas ou das ervas que recolhiam da floresta.

Eles viviam da caridade da matilha.

Nenhuma fêmea saudável e forte permanecia ali, nem mesmo entre as mais velhas.

Notei que havia muito mais homens do que mulheres.

O conceito de almas gêmeas nessa matilha parecia bem duvidoso.

Enquanto a tarde avançava, nossos planos começavam a se formar.

"Quero viver com meu macho! Vou domar aquele lobo e ensinar quem manda!" Aztoria rugiu, cheia de arrogância.

"Então se prepare, porque já está escurecendo e a operação ‘Seduzir um lobo selvagem’ vai começar."

Agora que tudo estava decidido, só restava agir.

Quando a matilha começou a se acalmar e os roncos ecoavam ao meu redor, saí protegida pelas sombras, avançando furtivamente, seguindo o aroma do meu homem.

Me surpreendi ao descobrir que ele não estava tão longe quanto eu imaginava.

Escondendo minha aura atrás de uma choça, o vi conversando com aquela maldit4 bruxa.

Logo, ambos entraram em uma cabana semelhante à do Alfa.

Com extremo cuidado para não ser notada pelos guardas, mergulhei na escuridão, espiando por uma fresta entre as peles.

Não gostei nada de ver meu companheiro falando em segredo com aquela mulher. Eu realmente esperava que ele não estivesse do lado dos vilões.

— Preciso da poção. Hoje tive uma recaída. — Sua voz rouca começou a falar com a Curandeira.

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