POR TE AMAR ASSIM CAPÍTULO 11 - LEVADOS PARA DELEGACIA

__ Quando começamos eu também pensava assim! Era louco, emocionante, incontrolável, mas logo depois que nos casamos fui perdendo o interesse naquela loucura!
¬¬__ Eu percebi isso há muito tempo!
__ Eu gostava de estar com ele, me instigava e era sempre emocionante, mas depois acabou, vinha insistindo porque parecia injusto que algo que tenha nos causado tanto transtorno tenha se acabado sem nenhum motivo, por isso eu continuava tentando reacender aquele sentimento cheio de adrenalina que tinha no começo! Ultimamente tenho tido vontade de me casar, conhecer uma mulher que me faça sentir essa vontade, quero ter filhos, ter uma família!
__ Conheceu alguém?
__ Não, ninguém, mas estou sentindo essa necessidade, entende? Queria retomar minha vida, mas temo que tudo isso venha à tona, não sei o que ele é capaz de fazer se rompermos! Daniel às vezes me parece estranho...
__ É uma situação difícil, mas com o tempo tudo se ajeita! __ riu.
Conversaram durante mais algum tempo e quando ele foi embora ela ainda ficou pensando naquele assunto, e como tudo aquilo poderia se resolver sem que causasse mais estragos na vida do amigo.
Três dias depois Daniel chegou à fazenda, então ele, Celso e Nelson foram até a cidade, sentaram-se em uma lanchonete, o lugar era amplo, bem arejado e havia várias mesas, quase todas ocupadas e tomavam cerveja enquanto conversavam, uma mulher da mesa ao lado olhava Nelson e sorria, disfarçadamente jogava beijos e ele ria, estava achando engraçado até que um homem chegou e deu um murro sobre a mesa assustando-os, olhando-o furioso.
__ Seu safado, aquela é minha namorada!
__ E ela sabe disso? __ Nelson perguntou crítico.
O homem deu um soco em Nelson, ele caiu da cadeira e se levantou rapidamente, esmurrando-o, um outro entrou para ajudar o amigo e Celso para ajudar o irmão, logo outro entrou na briga e Daniel também, mais alguns entraram dos dois lados, a bagunça era total, as mulheres corriam para fora da lanchonete e ficavam olhando e gritando desesperadas, mesas, garrafas, cadeiras eram quebradas, logo a sirene de uma viatura foi ouvida e só os seis que começaram continuaram brigando, os outros correram, os policiais os levaram para delegacia, Celso, Nelson e Daniel ficaram na sala do Delegado, os outros três foram levados para cela pois foram agressivos com os policiais e estavam descontrolados, eles sentaram-se silenciosos, o delegado chegou rapidamente.
__ Quem são os arruaceiros que perturbaram o sossego dessa cidade tão pacata? __ perguntou ao entrar.
__ Olá, Paulo! __ Celso respondeu se levantando.
__ Você, Celso? __ o delegado surpreendeu-se __ Nelson também?
__ Paulo? __ Daniel exclamou surpreso.
__ Daniel? __ o delegado ficou estático, depois se abraçaram eufóricos.
__ Que coincidência nos encontrarmos! __ Daniel falou olhando-o.
__ Depois de seis anos, uma grande coincidência! Onde está morando?
__ Em Belo Horizonte, e você está aqui há quanto tempo?
__ Um ano! __ abraçou-o novamente __ É tão bom rever você! __ olhou-o.
__ Também estou feliz! E o que fez nesse tempo?
__ Nada em especial, casei e tenho duas filhas!
__ Casou? __ surpreendeu-se.
__ É tive que casar, sabe como é a cobrança! __ falou sugestivo.
__ Sei! Se sei!
__ Paulo, __ Celso interveio __ se incomoda em nos atender, quero ir pra casa, tomar banho...
__ Ah, claro! __ ele sorriu se sentando __ Fiquei empolgado ao reencontrar Daniel, fizemos faculdade juntos e depois perdemos contato! Mas me contem como foi a
__ Uma mulher da mesa ao lado estava flertando comigo, eu não sabia que tem namorado porque só havia uma outra mulher com ela, então o sujeito apareceu, esmurrou nossa mesa e depois me esmurrou e eu me defendi, só isso!
__ E você, Celso?
__ Um outro homem foi ajudar e eu não pude deixar que batessem no meu irmão, queria apenas separar, mas ele me bateu então revidei!
__ Daniel, eu jamais imaginaria, nem nas mais loucas suposições, que um dia você se meteria em uma briga de rua! Você sempre foi de argumentos!
__ Entrei na briga justamente porque eles não queriam ouvir minhas argumentações, não teve outro jeito, eu estava com eles e seria covardia três contra dois e eu assistindo!
Tá bom! __ Paulo riu olhando Daniel, depois olhou-os __ Dessa vez estão livres, vou deixá-los ir pra casa sem maiores transtornos! Mas fiquem por lá pelo menos hoje e amanhã! Isso é inédito na cidade, três homens aparentemente civilizados, três doutores se atracando em um botequim com peões! Também terão que pagar parte
Paulo! __ Celso se levantou e apertou-lhe a mão __ Me mande a conta! __ saiu
__ Obrigado! __ Nelson saiu calmamente.
Foi bom rever você! __ Daniel apertou-lhe a mão e ele passou o braço por seus ombros, acompanhando-o até a porta da
Tome meu cartão, me ligue, de vez em quando estou indo até BH, podemos
muito! __ riu e tirou um cartão do bolso da calça entregando-lhe __ E esse é
no corredor olhava a cena aquela seria sua chance de se ver livre de toda aquela estória sem sentido, Daniel já estava próximo dele quando Paulo o chamou e ele virou-se
__ Amanhã quem compra o pão?
Eu compro, estou te devendo essa! __ Daniel respondeu e os dois riram cúmplices, então saiu andando ao lado
Que história de pão é essa? __ Queria saber se realmente haviam tido algum relacionamento e se haveria possibilidade deles reatarem, como ficou claro para ele que aqueles dois tiveram algo forte os
Dividíamos o quarto quando estávamos fazendo faculdade, brigávamos todas as manhãs, ninguém queria ir buscar o pão, tínhamos que levantar muito cedo e fazia muito frio! Até que um dia resolvemos por dias alternados pra cada