O Labirinto de Amor romance Capítulo 74

Ela pegou o berço e me disse:

- Não tem problema, ele pode usar essas coisas até uns três anos e, se não gostar, a gente volta e compra outros.

O que ela disse é verdade.

Quando me dei conta, ela havia comprado coisas de um carrinho cheio. Eu logo ficaria gorda na gravidez, toda inchada. Ela comprou até mesmo alguns produtos de skin care, dentre outras coisas.

Eu ri enquanto levávamos as coisas para o carro:

- Esther, você é uma madrinha melhor do que eu... A própria mãe.

Ela sorriu mas, em seguida, me abraçou enquanto os olhos ficou lacrimejantes:

- Kaira, largue o Guilherme! Eu também posso cuidar de você.

Eu não entendi o porquê dela dizer isso tão súbitamente. Eu não sabia como responder, toquei no ombro dela e disse:

- Como consegue ser tão dramática? Vou largar o Guilherme mais cedo ou mais tarde, Esther. Mas quero que isso fique bem claro.

Ela assentiu, disse em uma voz rouca de choro:

- Está tudo bem, vou te esperar. Eu encontrei um bom lugar para morar na Cidade de Nuvem, o preço não é muito alto. Eu calculei o nosso dinheiro. Podemos comprar uma pequena casa, moraremos nós duas e o bebê.

Parece que essa menina mudou bastante. Não sei quando essa mudança aconteceu, mas ela sempre pareceu esconder uma tristeza.

Suspirei e sorri ligeiramente:

- Bem, não é tão ruim assim, ainda temos um longo caminho pela frente!

Estava ficando tarde, então voltamos para o Apartamento Prudente. Deixamos todo o enxoval lá por conveniência.

Eu estava planejando ficar no Apartamento Prudente, mas, pouco depois de chegarmos, o telefone tocou.

- Kaira, seu celular! - Esther ouviu o telefone tocar, enquanto montava o berço, e me chamou.

Eu estava lavando umas frutas que compramos no caminho, sequei as mãos e peguei o celular. Vi que era Guilherme.

Vi as horas, fiquei preocupada. Eram quase nove horas.

- Olá, Presidente Guilherme! - Imaginei que deveria ser educada com ele, já que me chamou dessa forma. Pelo visto, devia ser algum assunto do trabalho, algo oficial.

Parecia que um vento soprava o telefone dele, ele demorou um pouco, mas disse:

- Onde você está?

- Estou no Apartamento Prudente! - Olhei para Esther, ela estava montando uma tela no berço, como se fosse para uma fada.

- Ótimo! - Pensei que ele estava ligando para algo importante, não esperava que ele fosse ligar e desligar dessa forma.

Assim que ele desligou, fui admirar o berço. Quanto mais eu olhava, mais bonito ele ficava.

- Está tudo pronto, só falta o bebê. - Esther adorava mexer com essas coisas. Depois que tudo estava pronto, ela me olhou, toda orgulhosa, e disse:

- Como estou me saindo como madrinha?

Entreguei uma fruta a ela enquanto sorria:

- Incrível, de verdade.

Quando ela viu que estava ficando tarde, Esther me disse:

- Veja se tem mais alguma coisa a fazer enquanto eu tomo banho.

Concordei e fui me sentar na sala para usar o celular.

A campainha tocou no andar de baixo. Imaginei que fosse uma comida que Esther havia pedido, então fui até o banheiro perguntar para ela:

- Esther, você pediu comida?

Ela disse, lá de dentro:

- Não, não pedi!

Antes que eu pudesse continuar, havia um homem de pé em frente à porta. Eu gelei, o que Guilherme estava fazendo aqui?

- Você... - O resto da pergunta ficou engasgada em minha garganta.

- Não vai me deixar entrar e me sentar? - Ele disse com a cara mais deslavada e fria que tinha.

Eu recusei: - Não seria conveniente. - Esther geralmente gosta de sair do banho enrolada em uma toalha. De verdade, não seria conveniente.

- Kaira, quem é? - Esther disse, de dentro do banheiro.

Desviei o olhar do Guilherme e disse, olhando para o banheiro:

- Alguém da vizinhança!

- Da vizinhança? - Guilherme ficou desconfiado, eu não sabia dizer o que ele pensava.

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