Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 15

Austin revirou os olhos, decidindo ignorar enquanto bebia o resto de sua cerveja e voltava para sua conversa com Heath.

Kate estreitou os olhos para Colton e observou suas feições sombrias, tingidas com algo que ela não conseguia identificar. A tensão entre eles só se quebrou quando uma tosse leve arrancou o olhar de Kate para longe dele, mirando a ruiva deslumbrante que estava sentada ao seu lado. A palma larga de Colton descansava em sua coxa nua, seus dedos roçando a tatuagem do braço dele.

"Oi, eu sou a Sophia", ela murmurou, abrindo um sorriso nervoso enquanto observava os olhos escuros de Kate. O ciúme devia estar evidente.

“Prazer, Kate”, ela respondeu, conseguindo desviar sua atenção do casal e inclinando-se sobre Austin. Seus lábios roçaram a orelha dele: "Por que ele está aqui?"

Austin balançou a cabeça, indicando que também não estava feliz com isso: "Heath convidou ele."

Colton soltou um gemido ao lado dela, e mesmo que sua mente gritasse para ela não olhar, ela tinha que fazer isso. Os dois estavam atracados em um beijo, os dedos tatuados de Colton enroscados nos cachos ruivos. Kate teve um vislumbre da língua de Colton massageando a de Sophia, e o ciúme embrulhou seu estômago. Ela tomou sua bebida, gesticulando para Austin que queria mais uma.

Ele acenou com a cabeça, soltando as mãos de seus quadris, e ela se dirigiu ao bar de novo. Pediu outra vodca e algumas doses, bebendo uma após a outra. Limpou a boca com as costas da mão e se virou. Os cabelos ruivos e vibrantes de Sophia se destacavam na multidão através dos painéis de vidro que separavam as partes interior e exterior. Ela estava afastada de Colton, e as mãos dele agora descansavam na parte de trás do sofá. Kate pôde ver os olhos negros dele examinando, olhando ao redor, procurando por algo, e ela grunhiu.

A bebida e seu ciúme se combinaram, fazendo com que ela se sentisse enjoada. Sua mente gritava para ela beber um pouco de água e ficar o mais longe possível de Colton, mas seu corpo era teimoso, e ela foi para a área externa com sua vodca. Austin tinha sumido, e Kate sabia que deveria procurar por ele, mas sentia como se suas energias tivessem sido sugadas e tudo o que pôde fazer foi se jogar no sofá, com suas coxas tocando de leve o jeans preto de Colton. Os olhos dele ficaram mais sombrios, e ele passou a língua pelo lábio inferior.

“Se eu soubesse que você vinha, eu tinha ficado em casa”, Kate retrucou, seu corpo incendiado pelo álcool, pelo ciúme e pelo calor dos aquecedores.

Colton se inclinou para frente, respirando quente em seu pescoço: "Isso é mentira e você sabe disso." Ele fez uma pausa, tirando as mechas de cabelo da testa dela com os dedos: "Você está gostosa para caralho, Kate."

“E a sua peguete?”, ela resmungou, entreabrindo os lábios, e seus olhos castanhos o encararam com um desejo que ela esqueceu que podia sentir.

"Que tem ela?"

Kate balançou a cabeça. Não conseguia argumentar com ele nem quando estava sóbria; estando bêbada simplesmente não conseguia formar as palavras certas. “Onde está o Austin?”

Ele soltou uma risada profunda sob o peito, com a camisa preta apertada acentuando o piercing de mamilo escondido sob ela. "Lá atrás", ele apontou com a cabeça para o canto de trás do bar a céu aberto.

Ela franziu a testa, e seus olhos lutaram para ver alguma coisa. Ela não conseguia encontrar o cabelo loiro dele em lugar algum. “Não está, não.”

Colton afirmou com a cabeça, com seu familiar sorriso gravado no rosto. “Atrás do bar. Vai lá ver”.

Os efeitos do álcool estavam afetando suas capacidades, e ela se ergueu com as pernas trêmulas. Colton saltou, apoiando-a pelos cotovelos e firmando-a em pé. Sophia deixou escapar um suspiro no sofá, e Kate fez uma careta. Ela nem tinha reparado que Sophia estava ali. Kate pôde ver para onde Colton a estava levando: para uma pequena abertura atrás dos jardins que englobavam a área externa. Era estreito o suficiente para caber duas pessoas, embora desconfortavelmente.

Kate pôde distinguir, com os olhos vidrados, o cabelo loiro desgrenhado de Austin. O corpo dele estava encostado na parede de tijolos, com os jeans em torno de seus tornozelos e uma morena gemendo enquanto chupava a ereção dura diante dela. Os olhos de Austin estavam fechados, e sua boca, aberta em êxtase.

“Porra, estou quase lá”, ele rosnou, seus dedos agarrando os cabelos castanhos da mulher, fodendo a boca dela com uma intensidade que Kate nunca o tinha visto usar antes.

O conteúdo do estômago de Kate ameaçou voltar, e ela tropeçou para trás. Colton tentou segurá-la, mas Kate escapou por entre seus dedos. Ela correu pelos jardins e pelo pub tão rápido quanto suas pernas bêbadas aguentaram. Por sorte, um táxi estava estacionado bem em frente, e ela se jogou para dentro dele, dizendo seu endereço mais rápido do que achava que conseguia.

Ela pôde ver o corpo musculoso e tatuado de Colton postado na frente do pub, seu peito arfando com respirações pesadas enquanto seus olhos escuros varriam a rua, em busca de qualquer sinal dela. Viu quando ele a reconheceu, quando o táxi já se afastava, e a figura dele foi diminuindo, até desaparecer de vista.

Kate cambaleou para fora do táxi, empurrando algumas notas de dinheiro para o motorista, e levou alguns instantes para tirar os sapatos e subir as escadas. Parou duas vezes, tentando acalmar seu estômago desesperadamente, antes de enfim chegar ao quarto andar. Destrancou a porta, fechando-a atrás de si e correndo para o banheiro.

A porcelana branca ficou salpicada de vômito quando Kate caiu no chão, mal conseguindo chegar a tempo. Ela não sabia por que aquilo a tinha afetado tanto. Não tinha por Austin o sentimento que sabia que deveria ter. A visão dele sendo chupado por outra mulher foi, na verdade, um alívio; uma saída fácil. O que a afetava era o constrangimento, o fato de que Colton havia testemunhado sua descoberta. Ele não a queria, e seu amigo tinha pegado alguém aleatório em um pub, então claramente também não a queria.

Ela nunca mais queria ver nenhum dos dois de novo. Kate gemeu e sentiu a onda de náusea subir mais uma vez pela garganta. Ela descansou a cabeça no assento do vaso sanitário, a porcelana fria acalmando sua testa úmida. Seu telefone tocou dentro de sua bolsa, e ela estendeu a mão para pegá-lo.

Paloma tinha ligado várias vezes.

Kate fechou os olhos e estabilizou a respiração antes de mandar uma mensagem, respondendo que havia ido embora, que não estava se sentindo bem. Apoiando o celular contra os ladrilhos, ela permitiu que seus olhos se fechassem outra vez.

*

Kate não sabia por quanto tempo tinha ficado ali, mas havia pegado no sono. O som de uma batida forte a acordou, e ela resmungou: “Vá embora!”

"Kate, abra essa porra agora, antes que eu derrube a porta.” A voz de Colton era séria, e não havia sinal da confiança arrogante que normalmente permeava sua aura. “Eu estou falando sério. Abra a porra da porta”.

Kate usou a parede para se apoiar, sofrendo para ficar em pé, e se arrastou até a porta. Seus dedos se atrapalharam com a fechadura, mas quando ela conseguiu abrir, a porta se escancarou com tudo.

Colton não estava para brincadeira.

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