Viver Para Crescer Capítulo 18

Beatriz
Acordo com uma dor de cabeça horrível. Quase não dormi esta noite.
Suspiro e me levanto. Entro no banheiro e faço minha higiene matinal. Me seco e me visto olhando no espelho.
Penso no quanto as coisas mudaram.. O tempo passou e minha parte gótica mais evidente vem diminuindo. Já não me encho de maquilhagem preta, porém a roupa preta continua predominando.
Deixei de me chatear com a falta de brincos mas meu cabelo continua tingido de preto e é assim que vai ficar.
Observo cada uma das minhas tatuagens e dói lembrar o porquê de ter feito elas. Na minha bunda - vermelha - tem dois vergões relativamente médios do lado esquerdo. Suspiro lembrando que foi ele quem fez isso. Penteio o cabelo e saio do quarto.
Sigo para a cozinha e vejo Rafael falando no celular. Ele me olha por uns segundos e depois continua a sua conversa.
Bom, porque não estou afim de conversar com ele.
Poxa, me come depois me xinga olhando nos meus olhos e ainda me acusa de querer engravidar de propósito. Eu não quero nenhuma criança! Nunca tive amor de mãe, nem sei o que é ter mãe mesmo, como serei uma boa mãe algum dia?
No entanto, me obrigo a achar que ele tem razão.. Não passo de uma vadia. Meu olhar entristece mas não deixo transparecer.
Converso com Teresa e ela me serve de uma omelete e suco. Como devagar em silêncio até que oiço uma voz atrás de mim.
- Se prepare para sair em 1h. - ele diz curto e grosso sem dar nenhuma outra explicação.
Não respondo, apenas faço que sim com a cabeça. Termino de comer uns 15 minutos depois e vou para o quarto.
Entro no banheiro e escovo os dentes.
Mudo de roupa para um macacão preto de mangas compridas e ténis pretos.
Faço um coque no cabelo e pego na minha carteira tiracolo preta junto com o meu celular de última geração.. O Ogro deu pra mim quando iniciamos o contrato porque segundo ele não podia aparecer nas revistas com um celular antigo na mão.
Saio do quarto e aguardo por ele na cozinha.
- Que é, vai a um velório? Aliás, velório nem dá, já mostra mais do que cobre. - oiço ele dizer ao chegar na sala e quando ia responder ele continua. - Não precisa dizer, sei que só tá fazendo jus a sua profissão não é? Vamos!
E mais uma vez ele tinha que me atacar. Deus, o que eu fiz pra
nem responder e entro no carro junto com
para o outro lado da cidade - o lado oposto do Casarão - e eu observo tudo pela janela. Minutos se passaram e não trocamos nenhuma palavra. Para onde será que
pai está cá por apenas dois dias. Por isso hoje vamos almoçar com ele. - ele diz parecendo responder a minha
de muito ouvir ele falando sobre fingir direito que nos amamos e companhia chegamos a uma grande casa. Linda por
passa pelos seguranças e estaciona o carro. Em tempo recorde ele sai do carro e vem para a minha porta, abrindo a mesma. De seguida pega minha mão me ajudando a descer e sorri me dando um beijo casto nos
a entrada da casa e vejo que lá estão os que creio serem os empregados. O que justifica