A Escrava Odiada do Rei Alfa romance Capítulo 299

CINCO ANOS APÓS A GUERRA DE MOMBANA

Anarieveta entrou em seu quarto, seus olhos fitavam a lareira que produzia a luz que aquecia o quarto, e se sentiu satisfeita que o fogo não havia se apagado em sua ausência.

Uma pequena figura ocupava sua cama king-size, a figura movia seu corpo para poder olhar para a porta quando ela entrou. Anarieveta sorriu para a garotinha, andando em direção à cama, ela se sentou na cama.

“Eu vi o Aiden lá fora. Seu pai deve chegar aqui logo mais para te levar para casa, está bem?” Ela tranquilizou a pequena menina.

A expressão de tristeza no pequeno rosto oval de Merrily Raskin desapareceu imediatamente após ela ver sua professora na entrada. Ela não estava se sentindo bem, mas sua professora lhe disse que tudo ficaria bem. Então, tudo deve ficar bem.

“Está bem, senhorita Ana.” Ela sussurrou, seus olhos marrons encaravam Anarieveta com uma expressão de confiança.

Anarieveta não parava de acariciar o loiro cabelo ondulado da menina. “Deve demorar mais um pouco até que Aiden chegue na sua casa com a professora Kany. Então, seu papai não deve chegar aqui por mais algum tempo.”

“Eu não me importo, senhorita Ana. Eu gosto de ficar aqui com você.” Ela sussurrou, mostrando covinhas fofas para a mulher mais velha.

“Eu também gosto de ficar aqui com você.’ Anarieveta falou a verdade gentilmente para a menininha que não apenas alegrava seus aposentos, mas também sua vida solitária.

Desde o primeiro dia em que Merrily Raskin e seu irmão mais velho de sete anos, Aiden Raskin foram trazidos para a escola dela há dois anos, a garotinha roubou seu coração quando correu até ela no corredor e lhe ofereceu doces com um sorriso radiante e seu lindo rosto de querubim.

Ela pegou o doce agradeceu Merrily. Mas naquele dia ela recebeu dois ajudantes que a seguiam em praticamente todos os lugares. São Merrily e Aiden. Eles alegravam seu mundo. Ela adorava a companhia deles, eles nem precisavam fazer muita coisa para conquistar ela completamente.

Foi um choque há dois anos quando ela descobriu quem era o pai deles. Gedoni Raskin.

Ela ficou chocada em rever aquele nobre pela primeira vez em catorze anos. Aos quarenta e dois anos, ele não havia mudado muito. Ainda era o mesmo homem alto, ágil e masculino. Ainda lindo como sempre.

A única diferença era que seus traços pareciam mais maduros, alguns fios grisalhos no que antes era um cabelo totalmente preto, e ela duvidava que ele teria aquele sorriso de menino de quando ele tinha vinte e três anos.

Como era possível ele ser o pai daquelas crianças? Ela se perguntava chocada. A esposa de Gedony, Yeaha Raskin morreu há cartoze anos, e ele não teve nenhum filho nesse casamento. Ela sabe disso porque foi ela quem matou Yeaha.

O rei Cone ordenou. Então ela matou.

Deixando o remorso e a dor de lado, ela se focou em Merrily Raskin. A menina estava brincando com seus dedos. Seus olhos marrons encontraram-se com os dela, “Você tem dedos lindos, senhorita Ana.”

“Obrigada, Merrily. Voce tambem tem dedos lindos.” Ela devolveu o elogio com um sorriso.

“Você acha? Meu papai que mim sou linda de Aiden charmoso.” Suas covinhas na bochecha apareceram novamente.

“Eu sou linda, não mim sou linda, querida.” Ela a corrigiu com carinho, “E sim, seu pai está certo. Você é muito linda e o Aiden muito charmoso.”

“Obrigada, senhorita Ana. Você também é linda. E meu papai também acha isso.”

Sem pensar direito, seus olhos se encheram de alegria. “Ele acha?”

Merrily acenou com a cabeça repetidamente, “Papai me pergunta sobre você o tempo todo, senhorita Ana. O papai também pergunta a Aiden.” Ela abaixou a voz como se fosse revelar um grande segredo, “Eu acho que meu papai gosta de você, senhorita Ana.”

O coração de Anarieveta se animou. Como sempre, ela ficou confusa.

O coração que ela achava que nunca mais iria dar a mínima para outro homem que não fosse o rei Lucien estava estranho desde que Gedony Raskin voltou a sua vida. Ela ficava muito confusa, isso a deixava com várias dúvidas.

Será que é porque um dia ela gostou dele? Mas faz tanto tempo. Isso foi há quase vinte e cinco anos.

Não importa se quando ela se apaixonou por ele ela tinha apenas sete anos e o amou até ela completar quinze anos. Também não importa que ele seja o homem que tirou a virgindade dela.

Já faz vinte e quatro anos, e nesse tempo, ela se apaixonara por outro homem.

Agora, aos trinta e três anos e depois de tudo que ela passou na vida, ela se conformou com sua vida daquele jeito.

Então, de onde vem esses sentimentos por Gedony Raskin? Há dois anos ela o viu pela primeira vez em sua escola, e ainda assim, ela não tem a resposta para essa pergunta.

Muito perturbador. Muito preocupante.

“Por que sua testa está toda enrugada, senhorita Ana? Você está pensando em alguma coisa? A pequena voz de Merrily a interrompeu.

“Não é nada, Merrily.”

“Você também gosta do meu papai, senhorita Ana?” ela perguntou esperançosa.

“Hum… é claro, querida. Você é minha aluna e ele é seu pai, eu gosto muito dele.”

“… Tá. Vou falar para o papai que você disse isso.”

“Não, Merrily, você não pode—"

“Quero fazer xixi, senhorita Ana.” Ela a interrompeu com aquela vozinha fofa dela.

“Oh, certo. Venha, eu levo você.” Anarieveta se levantou. Automaticamente a pequena menina abriu os braços e ela a pegou.

Quando ela levou a menina ao banheiro e a ajeitou, ela ficou esperando pacientemente para que Merrily se aliviasse, mas sua cabeça estava cheia de pensamentos a respeito de Gedoni Raskin.

Não. Não, de forma alguma ela vai fazer isso consigo novamente, Anarieveta pensou assertiva.

Finalmente ela tem controle de sua vida.

Sua vida é boa e maravilhosa do jeito que está. Mesmo que seja um pouco solitária, mas não é nenhum pouco comparável a como era antes quando ela amava um homem que não estava destinado a ela.

De forma alguma ela vai deixar Gedony Raskin bagunçar sua vida.

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