A Escrava Odiada do Rei Alfa romance Capítulo 2

“Você está certa. Então, vamos falar sobre o presente.” Seus braços a envolveram, ele a prendeu em seus braços para que ela não pudesse fugir, “Por que você tem me evitado?”.

“Eu tenho estado muito ocupada. Eu não estava te evitando.”

“Se você vai mentir, ao menos olhe nos meus olhos enquanto faz isso, está certo?” ele parecia estar se divertindo.

“Está certo. Não havia nada para falar. O senhor Odin garante que qualquer problema relacionado às crianças seja resolvido.” Se mexendo inconfortavelmente nos braços dele, ela olhava para a porta atrás dele sem parar.

“E quanto ao problema entre nós dois?”

“Senhor Raskin—"

Ela a beijou. Gentilmente. Apaixonadamente. Intensamente. Seus lábios se moldavam aos dela perfeitamente, lambendo e saboreando os dela tanto que Anarieveta sentiu o gemido dele na garganta dela.

O corpo dela queimava vivo assim que os lábios dele provaram os dela. Cada parte dela que esteve dormente pelos últimos cinco anos acordou naquele momento.

Por um instante, ela sentiu apenas pânico. Tirando os lábios, ela tentou sair de perto dele, “Não, por favor...” Ela não queria ser aquela pessoa novamente. Aquela pessoa carente e vulgar que ela era há cinco anos. Aquela piranha.

“Ana... querida.” Seus lábios buscavam os dela e novamente encontraram.

Anarieveta tentou segurar sua cabeça, mas seu corpo tinha outras intenções. Estava ardendo por ele. Com um gemido de rendição, ela retribuiu o beijo.

Ela envolveu seus braços em volta do pescoço dele, seus lábios dançavam juntos, provando um ao outro, lambendo um ao outro. Se devoravam.

Finalmente, o que parecia uma eternidade depois, Gedony parou o beijo. Testas se tocando, eles ofegavam, tentando recuperar o ar.

“Caramba,” Gedony disse em um sussurro. Vinte e quatro anos não contiveram seus sentimentos por essa mulher. Todas as vezes que ele a odiou não fez seus sentimentos se abaterem. Eles apenas adormeceram. Agora estão despertos.

“Eu te odiava,” ele desabafou, ainda ofegante.

Anarieveta fungou um pouco, com os olhos tristes. “Eu merecia isso. Você deveria me odiar mesmo.”

Dando um passo para trás, ele parou de encostar nela, “Naquela noite, há treze anos...” Silencio, “Quando você fugiu dos aposentos de Yeaha, suas mãos estavam cobertas de sangue e seus olhos gritavam, eu sabia naquele momento que havia algo errado. Eu não tive a chance de ser feliz quando te vi novamente após onze anos, eu não tive a chance de me alegrar ao te ver após sentir-me mal a ponto de ficar doente pensando como era sua vida como escrava.”

Anarieveta olhou para baixo para esconder seus olhos que carregavam aquela dor e culpa de anos atrás. Ela sabia que esse dia iria chegar. Ela soube que esse confronto aconteceria quando ela esbarrou em Gedoni Raskin ao fugir dos aposentos de Yeaha há treze anos, e ela não estava enganada. Essa noite seria o acerto de contas.

Ele continuou, “Eu não tive de chance de nada, porque você estava coberta de sangue. Meus instintos sabiam que não era seu sangue. Quando eu corri para o quarto e vi Yeaha ensanguentada... morrendo... eu sabia que tinha sido você.”

“Por que você não mandou os guardas me pegarem...?” Ela tinha essa dúvida a incomodando todos os dias pelos últimos catorze anos. “Eles poderiam ter me capturado se você tivesse mandado... eu não estava longe...”

Os olhos dele encontraram os dela, “Porque eu sabia que você tinha sido enviada pelo rei Cone. Era trabalho dele. Ele era o mandante daquilo.”

“Ele era, mas eu fui a assassina. Ele ordenou e eu matei.” Seu coração estava carregado de tristeza, seus olhos cheios de dor e remorso fitavam Gedony, “Eu matei a sua esposa. Eu matei a amante Yeaha e eu sempre vou me sentir mal por isso. Me desculpe... me desculpe. Eu sei que minhas desculpas nunca serão o suficiente e eu entendo se você quiser me castigar—"

“Você não matou minha esposa, Anarieveta.”

Aquelas palavras, levemente pronunciadas, foram como uma bomba nuclear nos ouvidos dela, interrompendo-a enquanto falava.

Ela olhou confusa para ele, “O quê? Co-como assim?”

Gedony Raskin respirou fundo, “Nossos médicos conseguiram salvar a vida de Yeaha. Sua sobrevivência foi mantida em segredo para que o rei Cone não tentasse matá-la novamente.” Ele confessou, “Yeaha morreu um ano depois devido a um ataque cardíaco. E sim, ela te perdoou depois que ela descobriu que foi o rei Cone e que você era apenas uma escrava seguindo ordens... para sobreviver.”

“E-ela não me odiava?” lagrimas encheram seus olhos enquanto ela tentava processar tudo que ele estava falando. Ela não matou Yeaha Raskin... Yeaha Raskin não morreu pelas suas mãos. “Ela me pe-perdoou?” Ela mal conseguia falar.

Gedony acenou firmemente. “Nenhum de nós guardou rancor, então eu acho que é hora de você deixar essa culpa de lado. É hora de se perdoar também. Esse era um dos motivos pelo qual eu queria um momento a sós com você nesses últimos dois anos. Você não matou minha falecida esposa e ela nunca te odiou.”

Anarieveta começou a chorar.

Gedony Raskin a puxou para seus braços e lhe deixou chorar. Ela colocou tudo para fora por algum tempo, ninguém sabe quanto tempo passou.

O que parecia uma eternidade depois, ela levantou sua cabeça de seus ombros e se desculpou por ter molhado a roupa dele. Ele lhe deu um lenço e a levou até uma cadeira.

Anarieveta enxugou suas lagrimas e assoou seu nariz antes de guardar o lenço. Ela estava sentada ao lado dele no grande sofá de couro com pele caríssimo.

“Muito obrigada, senhor Raskin. Eu precisava disso...” Ela se sentia mais leve, aliviada e melhor sabendo que não assassinou Yeaha.

Ele acenou novamente, seus olhos examinavam o rosto vermelho dela com cuidado.

“Mas você disse que me odiava,” ela lembrou triste, “Você nunca me perdoou, não é?”

“Oh, eu perdoei. Eu não te odiava por causa disso, mas por você ter virado a amante do rei.” Ele revelou levantando um de seus ombros.

“Oh...” Anarieveta não tinha o que falar disso, mas ela estava mais tranquila sabendo que Gedony a perdoou pelo que aconteceu.

“Sim,” Gedony Raskin lembrou que por todos esses anos ele a odiou. Ela virou propriedade do rei... então, fora de cogitação. E não era exatamente um segredo o quanto ela amava o rei Lucien—ele ouviu os rumores pelos anos.

Ele era homem o suficiente para assumir que ele estava com inveja por todos esses anos porque ele queria que Anarieveta fosse dele, assim como ela já fora uma vez.

Mas ele sempre se consolou com a verdade. Anarieveta pertenceu primeiro a ele. O amou primeiro. Ele foi o primeiro dela em tudo.

“Está ficando muito tarde. A estrada logo vai ficar perigosa. Você não deveria ir?” Aquele beijo a fez se abrir. Os sentimentos dela estavam por toda a parte, ela precisava de um tempo sozinha no mundo solitário que se tornou dela.

“Nada, não se preocupe comigo, eu vou ficar bem.” Ele respondeu firmemente, na verdade, ele se alangou no sofá, “Mas estou faminto.”

“Tenho certeza de que a senhorita Oraine vai preparar algo gostoso para você comer quando chegar em casa.”

“Infelizmente não quero a comida dela, quero a sua.” Um olhar sonhador apareceu em suas feições sérias, “Estou com saudades das suas omeletes. Quero comê-los novamente.”

O coração de Anarieveta pulou. Após todos esses anos, ele ainda se lembra das omeletes que ela fazia para ele?

“Tem muito tempo que não faço, não tenho certeza de que consigo fazer aquilo depois de todos esses anos.”

“Você não fez para mais ninguém? Você não fez para... o rei Lucien?” Por algum motivo ele precisava saber. A resposta era importante para ele.

“Não,” ela balançou a cabeça, “Você foi o primeiro e o último.”

Ele sentiu uma satisfação percorrendo o corpo dele. “Eu sei. Eu realmente fui o primeiro.”

Anarieveta teve a sensação de que ele não estava se referindo somente as omeletes e suas bochechas ficaram vermelhas, o que deixou ela surpresa.

Ela nunca ficava vermelha. Ela nunca ficou assim desde que o rei Cone torturou-a e removeu a inocência dela.

Quem diria que Gedony poderia evocar tamanha reação dela novamente, após todos esses anos?

Gedony sorriu com prazer e satisfação quando ele viu o rosto dela mudar. Obviamente ela entendeu a piada dele.

Ele estava feliz. Ele precisava da resposta porque todas as memorias dele comendo as omeletes que ela fazia eram as que ele mais estimava. Importava para ele ser o único homem para quem ela preparou aquilo.

“Eu quero comer isso novamente.” Ele pediu.

“Está bem, mas eu não prometo algo muito bom.” Ela concordou, derrotada

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