Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 126

Louis Davis

Aquela situação era desesperadora. A Islanne ficou branca, e a Luana só chorava, então eu precisava de uma atitude.

— Luana, respira e me diga sem rodeios... quem esteve aqui no momento em que ele sumiu? — olhei nos olhos da Luana, e por mais desesperada que estivesse, ela parou tudo.

— A babá do Andrew a...

— A Jennifer? — pergunto apavorado.

— Sim. E, depois chegou a Elisa, e com o medo de que a bailarina fizesse mal ao Andrew, eu permiti que a babá o segurasse quando ele chorou, e então a Elisa veio pra cima de mim, e nisso eu não vi quando foi que o bebê foi levado, mas a Elisa também correu...

— Estão juntas! Vou atrás delas!

— Me desculpe, Louis!

— Está tudo bem, vamos encontrá-lo, logo! — saí apressado e a Islanne veio junto aos prantos, mas eu não seria egoísta em não deixar que ela viesse, então segurei na sua mão, e fomos pelas escadas, eu conhecia muito bem a dor dela, eu também estava sentindo o meu peito rasgar um pouco a cada segundo.

Corremos feito loucos, mas parei na recepção antes de continuar, me pareceu mais sensato checar as informações, antes de correr sem rumo como louco.

— O... o que está fazendo? — ela questionou, mas soltei da sua mão.

— Com licença! Preciso com urgência das imagens das câmeras do estacionamento dos últimos... dez minutos! O meu filho foi roubado por uma mulher aqui nesse prédio. — olhei para a Islanne que se aproximava chorando e a abracei. — Nós vamos encontrá-lo, você vai ver!— ela percebeu o que eu estava fazendo.

— Claro, tenho acesso ao registro da última hora, então consigo puxar rapidinho! Como ela era? — Islanne puxou o meu rosto, chamando a minha atenção.

— Não era melhor correr atrás, delas? Procurar aqui perto? — escorriam as lágrimas do rosto dela, e aquilo estava me matando.

— Amor, se descobrirmos qual o carro que usaram, facilita tudo. Eu ligo para um conhecido e aviso a polícia, eles vão parar qualquer carro parecido!

— Tem razão...

— Aqui, senhor... veja se reconhece alguém! — olhei para as imagens e não demorou nada, para que eu e a Islanne encontrássemos a Jennifer na tela, e ela estava com o nosso filho nos braços, o meu coração parecia querer saltar pela boca.

— É ela! — Islanne falou apreensiva, e os nossos olhos começaram a observar cada detalhe, a fim de descobrir o que aconteceu ali.

A babá saiu praticamente correndo após descer do elevador, carregava o bebê nos braços enquanto entrava sorrateiramente no carro. Com olhos inquietos e pulsantes de adrenalina, ela simplesmente soltou o bebê no banco de trás e sentou ao volante.

— Ela o deixou sozinho e solto... — Islanne falou, desesperada.

Vimos que ela esperou poucos minutos e então ali estava a verdade... Elisa entrou no banco de trás, elas eram cúmplices. O motor roncou à vida, e o veículo se afastou silenciosamente do prédio, como se nada tivesse acontecido.

— Meu Deus! Ele estava chorando, Andrew não gosta daquela mulher! O que querem com ele? — Islanne choramingou.

— Calma, vamos ver a placa... — a conformei, embora eu também estivesse aflito.

Nós assistimos às imagens das câmeras de segurança, com os corações apertados de angústia. Com os olhos fixos nas telas, vimos o carro delas saindo da vista das câmeras e na mesma hora eu soube que precisávamos agir rapidamente para salvar o nosso filho.

— É um Spark preto, a gente encontra! — falei depressa.

— Aqui! Anotei a placa, já chamaram a polícia? — o recepcionista perguntou.

— O Igor deve ter chamado. Vamos, querida! — Sem hesitar, nós saímos daquele lugar em alta velocidade, os meus olhos foram varrendo as ruas em busca do carro que agora continha o nosso bem mais precioso. Em meio àquelas ruas movimentadas, estava difícil de encontrar aquele carro.

— Vou ligar para o Igor, ver se tem alguma notícia! — ela falou, procurando pelo celular, e eu dirigia feito louco a procura daquelas duas.

— Pega o meu celular, já está salvo! — entreguei a ela, que na mesma hora ligou.

As suas feições eram desanimadoras, conforme foi conversando com o Igor, piorava... eu observava tudo ao meu redor, estava disposto a encontrar o Andrew o mais rápido possível.

Parei alguns segundos prestando a atenção na conversa:

— Está na avenida? Nós ficamos presos num semáforo, mas aquelas duas estão num Spark preto, vou te passar a placa! — Islanne falou e então olhou apressada para mim, e em seguida para o lado esquerdo. — Louis elas estão ali na frente, o Igor as viu! Olha!

Quando ela disse, finalmente avistei o veículo distante a muitos carros parados, do nosso. Islanne queria descer e correr, mas o semáforo abriu e eu arranquei, fixei os olhos naquele carro e o seguimos, acelerando com determinação. A perseguição começou.

A estrada se transformou em um campo de batalha de veículos em alta velocidade. Os pneus chiavam e logo ouvimos as sirenes cortando a pista, enquanto a gente se esforçava para se aproximar do carro das fugitivas, que parecia conhecer bem os atalhos.

Por um momento, parecia que estávamos prestes a alcançar o carro da babá e da bailarina. A perseguição atingiu um clímax tenso, mas então, em um movimento surpreendente, o carro das duas virou em uma rua lateral e desapareceu de vista.

— Elas fugiram! Perceberam que as encontramos! — falei apressado.

— Caramba, o Andrew não está na cadeirinha! — Islanne levou as duas mãos na cabeça, apavorada.

Desesperados, nós seguimos pela rua, mas o carro havia se escondido bem. A busca frenética levou-nos a becos e vielas estranhas, mas a cada esquina, as duas pareciam escapar por um triz. Finalmente, quando tudo parecia se encaixar, notamos um local sombrio nos arredores, e estranhamente o carro delas desapareceu dali. Dei algumas voltas, mas foi inútil, haviam sumido.

— Droga! — bati no volante.

Logo vi o Igor vindo do outro lado da rua, mas estava com o mesmo semblante que nós.

— Nada? — Igor perguntou.

— Não, parece que sumiram. Já dei algumas voltas e não os vi mais.

— A polícia já está procurando. Dei as descrições que eu sabia e o modelo do carro, logo entrarão em contato! Eles seguiram atrás do carro.

— Será, Igor? — Islanne perguntou aflita.

— Claro que sim, logo estaremos com o pequeno. Me desculpem por isso, eu não imaginei que as coisas pudessem acontecer dessa maneira, não mesmo...

— Tudo bem, Igor! Aquela babá não é de hoje que tem nos causado problemas. — Islanne falou, me surpreendendo.

— Eu vou continuar a procurar, se quiser ir pra casa... — falei para o Igor.

— A Luana está segura com os gêmeos, não vou voltar sem o Andrew! — Me surpreendeu.

Quando iríamos virar as costas, percebi que a expressão dele mudou ao atender uma ligação.

— Onde está, Elisa? — ele questionou aquela bailarina, e eu simplesmente tomei o celular da mão dele, não aguentei esperar.

— É VOCÊ QUEM PEGOU O MEU O MEU FILHO? ME DIGA! EU VOU TE FAZER APODRECER NA CADEIA SE NÃO DEVOLVÊ-LO DO MESMO JEITO QUE O TOMOU DA MINHA IRMÃ!

— Eu só negocio se for com o Igor, quero dinheiro. Se me der o que eu quero, devolvo o moleque! — ela falou desdenhando do meu filho.

— SUA INFELIZ! EU VOU TE ACHAR E VOCÊ VAI SE ARREPENDER DE TER CRUZADO O MEU CAMINHO!

— QUERO UM MILHÃO DE DÓLARES!

— EU NÃO TENHO UM MILHÃO DE DÓLARES ASSIM, DE UMA HORA PARA OUTRA! PRECISO SOLICITAR...

— Cadê o Igor? Bom... daqui a uma hora você já terá o dinheiro e eu entro em contato!

— NÃO DESLIGA! NÃO DESLIGA! MERDA, ELA DESLIGOU! — soltei o celular entregando para o Igor, acho que nunca fiquei tão irritado.

— Deveria ter deixado eu negociar! — Igor reclamou.

— Desculpe, não tive paciência! Mas, te digo que acho que sei onde elas estão... ouvi barulho alto de trem, e já viajei muitas vezes de olhos fechados ali. Vou atrás do meu filho!

— Certo, eu vou atrás com o carro, e avisarei a polícia! — Igor falou, e nunca vi a Islanne tão quieta, acho que estava em choque.

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