O Amor Perdido romance Capítulo 15

Quinze dias se passaram em um piscar de olhos. Como uma verdadeira prisioneira, Dorothy fora confinada em um quarto de trinta metros quadrados.

Presa naquele cômodo, sentia um enorme vazio.

Às vezes, pensava que sua melhor opção era dar um fim a sua vida a ter sua liberdade cerceada.

No entanto, quando se lembrava do filho que estava prestes a nascer, recusava-se a renunciar ao seu destino.

Dorothy ainda tinha seu bebê.

Uma criança exclusivamente dela.

Se ela optasse por deixar este mundo, estaria privando-a do direito de nascer.

Sabia que ainda faltava meio mês, mas ela definitivamente encontraria uma forma de sair daquele lugar. Com isso, Dorothy se recompôs. Assim que deixasse Credence, daria início a uma nova vida.

Na mesma tarde, ela se forçou a comer uma porção extra de comida, apesar de sentir-se nauseada. Depois disso, tomou um banho e pôs a roupa de dormir.

Quando estava prestes a cair no sono, foi acordada por um golpe na porta.

Abrindo os olhos com dificuldade, avistou Credence, que não via a quase um mês, em pé ao lado de sua cama. O sol da tarde brilhava em seu rosto anguloso, intensificando seu charme.

Contra a luz, não era possível que Dorothy visse com clareza sua expressão. No entanto, por algum motivo, seu coração disparou.

Quando seu batimento cardíaco voltou ao normal, ela fingiu estar calma e perguntou: "Ainda faltam quinze dias até o transplante de rim. Por que você está aqui?"

De repente, um tinido foi ouvido.

Era o som produzido pelo cinto.

Dorothy se assustou e olhou na direção do barulho e, para sua surpresa, Credence o estava desafivelando.

Ela não estava interessada na visão a sua frente, então moveu-se apressadamente para o canto da cama. Mesmo com suas costas encostadas na parede, ela ainda não conseguia se sentir segura e seu corpo tremia involuntariamente.

"O que... O que você quer?"

"Aquilo que os casais fazem", Credence respondeu friamente.

A influência do álcool o deixou ainda mais impaciente. Ele estendeu a mão e agarrou a cintura de Dorothy, arrastando-a em sua direção...

Credence sentiu a maciez de sua pele.

Ele acabara de tomar uns drinques com alguns de seus clientes, mas, em vez de gastar sua energia com as recepcionistas da boate, preferiu dirigir mais de uma hora para procurar Dorothy.

Sentia apenas repulsa por aquelas mulheres coquetes e hipócritas.

No entanto, com Dorothy era diferente. Mesmo quando estava bem-trajada e deitada na cama, deixava-o excitado facilmente.

"Credence, por favor, não faça isso! Estou lhe implorando... Meu filho..."

Quando os lábios de Credence alcançaram a orelha de Dorothy e sua língua passou por seu lóbulo, ela pôde sentir o hálito frio misturado com um forte odor de álcool, que lhe era familiar, o que a empalideceu de pavor.

Era sempre assim. Ele somente a procurava quando estava bêbado e precisava dela.

No passado, ela teria consentido embora com relutância. Mas, agora que estava grávida, jamais permitiria que ele machucasse seu precioso bebê.

"Não!!"

Tentando resistir, ela virou o corpo de lado e suas mãos foram colocadas inconscientemente em seu abdômen.

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