O Amor Perdido romance Capítulo 16

Credence, agindo como se não houvesse escutado, soltou uma gargalhada maléfica. Agarrando os ombros magros de Dorothy com seus braços fortes, ele a virou e então colocou a palma da mão em sua nuca.

Seus lábios estavam a apenas alguns centímetros dos dela quando ele a escarneceu: "A criança não é minha. E daí se você perdê-la?"

Aquele comentário soou como uma faca cravando no coração de Dorothy. Ela podia senti-lo sangrar.

Em choque, ela encarou o homem que a estava machucando cruelmente. Seus lábios tremiam, mas ela não conseguia pronunciar uma única palavra.

Quando voltou a si, notou os dedos ágeis de Credence descerem por sua bochecha, queixo e pescoço...

"Credence Scott, seu idiota! Você é mesmo um ser humano?"

Dorothy segurou firme a mão dele, impedindo-a de deslizar. Enraivecida, ela mordeu os lábios e gritou: "Estou lhe dizendo, se você se atrever a matar meu filho, lutarei até a morte. Na pior das hipóteses, perderei minha vida. Mas acha que estou com medo? Vivo uma humilhação constante. Prefiro a morte!"

Aparentemente, ela reunira toda sua coragem e força para pronunciar tais palavras e, após tamanho esforço, desabou na cama debilmente.

Mas manteve-se olhando para Credence, que ainda a prendia com seu corpo, com determinação feroz. Lágrimas começaram a brotar em seus olhos, e Dorothy piscava veementemente para contê-las.

Derramar lágrimas na frente de Credence só o faria sentir mais aversão.

Porém as de Rosalie poderiam facilmente despertar piedade em seu coração.

Não importava o que Dorothy fizesse.

Enquanto Credence não a tivesse em seu coração, ela sempre estaria errada.

O sol forte brilhava no rosto pálido de Dorothy, revelando sua beleza.

E, neste exato momento, seu semblante enfurecido e choroso parecia ainda mais encantador do que o normal. Seu charme fez Credence engolir seco.

Os olhos dele escureceram de um modo ameaçador. No entanto, quando direcionou seu olhar até o estômago de Dorothy, seu desejo ardente se transformou em amargura e inquietude.

Ao longo de seus trinta anos bem-sucedidos, Dorothy havia sido sua única mulher. Mas ele não era o único homem de Dorothy. Como ele poderia não odiá-la?

"Você não tem voz aqui, Dorothy Fisher. Terá que fazer isso, gostando ou não!"

Credence de repente juntou ambas as mãos de Dorothy e as prendeu acima da cabeça. Seu corpo esculpido fez pressão sobre ela mais uma vez. Com os lábios dele sobre suas pálpebras molhadas, cada palavra proferida parecia fria e sem coração. "Já que você teve coragem de me trair, terá que arcar com as consequências! Minha vingança apenas começou. Aproveite!"

"Não, eu não..."

Mais uma vez, ele a acusou. Dorothy ficou furiosa e, quando ela estava prestes a se defender, ele pressionou seus lábios firmemente nos dela. Sua mente ficou em branco por um momento, e ela pôde ouvir o choro de um bebê.

Seu corpo tremia violentamente e, depois de voltar a si mais uma vez, as lágrimas que ela lutava para conter finalmente escorreram de seus olhos.

Chorando, ela implorou com uma voz suave, "Credence... Por favor, deixe-me ir! Esta criança não é ilegítima. É nosso filho..."

No entanto, seus gritos angustiantes não foram capazes de despertar Credence, que havia perdido a sanidade devido ao seu ciúme.

"Ai... Você está me machucando!"

Ela não podia acreditar que Credence estava literalmente mordendo seus lábios.

Ondas de dor aguda e dilacerante se espalharam de seus lábios para todo o corpo. A dor a fez se contorcer desesperadamente.

Não importa o quanto implorasse por misericórdia, Credence continuava a ignorá-la.

"Pare!"

"Esta criança é nossa..."

"Por favor, acredite em mim!"

Internamente ela rezou para que ele acreditasse nela desta vez.

Seus lábios tremiam, mas ela não pôde expressar seus verdadeiros sentimentos. Consequentemente, a dor insuportável que sentia a fez desmaiar.

Quando Credence terminou, saiu da cama e se vestiu. Assim que seu olhar pousou no rosto pálido de Dorothy, seu coração se acalmou. Ele se inclinou e gentilmente puxou os longos cabelos suados atrás da orelha da esposa e, com desdém, disse: "Você colhe o que planta. Isso é o que me deve".

Depois disso, ele se virou e saiu sem olhar para trás.

Quando Credence passou pelo corredor no primeiro andar, hesitou por um momento. Com uma expressão fria, ordenou a uma das empregadas, Maria Lewis, que estava limpando a sala, "Vá até o segundo andar e verifique a Sra. Scott. Informe-me imediatamente se alguma coisa acontecer."

"Sim, Sr. Scott.''

Com isso, Maria foi até o segundo andar. Quando ela suavemente abriu a porta do quarto e entrou, deparou-se com uma cena chocante!

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