O Amor Perdido romance Capítulo 29

Dorothy podia sentir o aroma do corpo do homem. Mesmo sem erguer a cabeça, ela sabia muito bem com quem havia trombado.

Era Juelz!

Sempre que ela se sentia sozinha, desamparada ou magoada por Credence, Juelz sempre surgia diante dela como um salvador.

Quando viu Juelz, era como se tivesse visto um amigo íntimo.

O coração de Dorothy se aqueceu. Ela ergueu o queixo devagar, lançando um sorriso sincero e alegre a ele. "Alguém está me perseguindo. Graças a Deus, você está aqui!"

Assim que terminou de falar, sentiu seu cérebro ser afetado pelo álcool. Sem contar que seu corpo não aguentava mais. Seus olhos embaçaram e suas pernas ficaram fracas, fazendo-a cair nos braços de Juelz.

Juelz fitou sua amada com intensidade. Sentiu-se confuso diante do alívio que ela expressou ao vê-lo.

Quando Dorothy foi levada por Credence, Juelz também tinha sofrido ferimentos graves. Ele ficou de repouso, em casa, por mais de vinte horas, até se sentir melhor, mas diante da situação delicada de Dorothy, saiu da cama e correu para o hospital.

Quando chegou lá, ligou para ela, mas o telefone estava desligado. Ele a procurou por toda parte, mas não conseguia encontrá-la.

Estava ficando ansioso quando esbarrou em Jonathan, a quem havia conhecido certa vez. Jonathan disse que Credence levara Dorothy à boate mais famosa da cidade de Talco.

Por que Credence a levou a um lugar daqueles?

Juelz enfureceu-se e foi para a boate no mesmo instante.

Ele não sabia em que quarto Dorothy poderia estar. Portanto, procurou andar por andar.

Por fim, ele conseguiu encontrá-la.

Juelz sorriu. Abaixou a cabeça e encarou o rosto delicado de Dorothy. Disse com a voz afetuosa: "Não tenha medo, Dory. Eu a protegerei para sempre, mesmo às custas da minha vida!"

Quando os poucos gângsteres enviados por Bob viram Juelz carregando Dorothy nos braços, correram e o cercaram. "Senhor, se não quiser morrer, entregue-nos a mulher agora!" um deles ameaçou.

"Que arrogância! Como ousa me pedir para entregá-la. Sabe com quem você está falando?"

Juelz encolheu os ombros e botou um sorriso malicioso em seu belo rosto.

Os gângsteres se intimidaram um pouco com a atitude de Juelz. Sentiam um quê de perigo nele, por mais que estivesse sorrindo.

Porém, como foram pagos por Bob, tinham que concluir a tarefa.

Embora vissem que não era fácil lidar com Juelz, mostraram-se corajosos. "Não me importa quem você é. Ela foi escolhida pelo Sr. Walker. Se você for inteligente, a entregará imediatamente. Caso contrário, vamos despedaçá-lo!"

No mesmo instante, a imagem do cinquentão gordo e lascivo veio à mente de Juelz. Pelo visto, Bob tinha má reputação na cidade de Talco por sua lascívia e ganância.

Ele não esperava que um homem com aquela mentalidade pervertida fosse se interessar por Dorothy. Como ele ousava? Ele devia ter perdido o amor à vida!

"Ah, Bob Walker, não é?"

Juelz fez uma pausa. Abriu um sorriso ainda mais largo e disse, com uma certa indiferença: "Volte e diga à quele c(etino para tomar cuidado. Se ele se atrever a tocar na mulher que eu amo outra vez, vou me assegurar de que ele não esteja vivo para contar a história."

Os gângsteres se calaram.

Apenas assistiam enquanto Juelz se afastava com Dorothy segura em seus braços.

De repente, uma mulher de óculos escuros apareceu na porta do clube. Pegou o celular e, tirou secretamente fotos de Juelz e Dorothy.

O ângulo das imagens era um pouco capcioso. Além de parecerem lindas e românticas, as fotos eram bastante ambíguas.

.....

Na UTI do hospital.

Depois de muitas horas de resgate pelos médicos, Rosalie finalmente recobrou a consciência. Conversou com Linda por um tempo, com bastante dificuldade. Quando viu Credence entrando no quarto, ela lançou a Linda um olhar de cumplicidade.

Linda se levantou na hora, com um sorriso caloroso no rosto. "Credence, você chegou. Rosie acabou de acordar e queria vê-lo! Preciso ir agora. Aproveitem para conversar. Rosie ainda não está bem, então, por favor, seja paciente."

Credence assentiu enquanto caminhava em direção a Rosalie.

Linda saiu silenciosamente do quarto, fechando a porta atrás de si.

Estava muito orgulhosa pois sua filha biológica havia conquistado o coração de Credence.

Enquanto isso, Rosalie olhava Credence com um traço de orgulho em seus olhos. Entretanto, disse com a voz fraca e sufocada pela emoção: "Credence... Por favor, não culpe Dorothy. Ela fez tudo isso por desespero. Eu estou... Estou bem. Mamãe acabou de me contar que ela teve um aborto espontâneo. Ela amava muito o filho e deve estar muito triste agora. Não precisa se preocupar comigo. Apenas vá fazer companhia a ela. Se você ficar ao lado dela, tenho certeza de que ela será muito feliz e superará tudo isso logo."

Quando ele ouviu Rosalie mencionar Dorothy, estreitou ligeiramente os olhos. Finalmente, disse: "Não se preocupe com ela. Como você está se sentindo? Ainda está com dor?"

"Sim... Como não doeria?"

Rosalie irrompeu em lágrimas. "Sabe quanto medo eu tive quando aqueles homens me prenderam? Chorei e implorei para me soltarem, mas eles se recusaram! Na hora, eu esperava que você fosse me salvar da humilhação e da dor, mas... Credence, você não apareceu! Eu chamei você mil vezes, mas você não foi!"

"Credence, eu..." Rosalie fez menção de dizer algo, mas parou. Cobriu o rosto com as mãos, perturbada.

"Sinto muito. Não consegui me proteger. Não mereço mais ficar com você! Quando eu me recuperar, pedirei aos meus pais que cuidem para que eu estude no exterior. Não vamos... Não vamos nos ver nunca mais!"

Rosalie implorava, desolada. Credence só a encarava, enquanto as lágrimas rolavam pelo rosto dela.

Curiosamente, o choro dela não o comoveu muito. Pelo contrário, ele só pensava em Dorothy.

Se ela tivesse passado por algo do tipo, não choraria na frente dele. Em vez disso, juraria ir atrás dos culpados e levá-los à justiça.

Ela nunca se preocuparia com a ruína de sua reputação. Tudo o que ela desejaria era que nenhuma outra mulher inocente se machucasse no futuro.

Aquela mulher sempre tinha sido uma boba!

Franzindo o cenho, Credence desabotoou o terno e perguntou, sério: "Você acha mesmo isso?"

"Sim. É o que sinto, do fundo do meu coração." As lágrimas de Rosalie pareciam uma torneira quebrada. "Embora Dorothy e eu não sejamos irmãs biológicas, ela sempre será minha irmã! Ela se casou com você, há quatro anos, e isso quer dizer que vocês estão destinados a ficar juntos. Nos últimos quatro anos, racionalmente, desejei que você a tratasse como me trata, mas... emocionalmente, era impossível aceitar que você fosse legal com ela! Sei que estava sendo egoísta. Sinto muito! Depois que eu deixar você e a cidade de Talco, espero que passe a aceitar Dorothy e a trate melhor!"

Diante de Credence, Rosalie sempre agiu como uma boa irmã.

Ela o conhecia muito bem. Por isso, sabia como fazê-lo odiar Dorothy ainda mais.

Naquele momento, o celular de Credence tocou.

"Tenho que atender essa ligação."

Credence caminhou decidido até à janela. Quando desligou, sua expressão estava sombria e assustadora.

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