O Amor Perdido romance Capítulo 33

"Pare! Me solte!"

Desesperada, Dorothy ergueu a mão e ia dar um tapa no rosto de Credence.

Na mesma hora, seu pulso foi agarrado pelo polegar e indicador de Credence.

Ela lutava, mas não conseguia se libertar.

Dorothy não entendia porque ele se recusava a se separar dela, nem porque ele queria tocar seu corpo apesar de odiá-la. Obviamente, era ela que tinha sido ferida, mas ainda assim ele a tratava como uma pecadora.

Credence pegou uma toalha branca limpa do toalheiro e cobriu os lábios dela, esfregando-os com força.

Conforme ele colocava mais força, a toalha arrancava uma camada de pele de seus lábios. Logo, o sangue já escorria.

"Mmmmpf"

Dorothy sentia com tanta dor que o encarou furiosa. "Você está louco?"

Parecia que Credence não deixaria nada passar. Será que ele estava planejando dilacerar os lábios dela?

"Isso dói! B*baca! O que raios você quer?"

Credence arrancou a toalha de repente e a jogou fora. Repentinamente, ele colou seus lábios nos dela, mordendo-os ferozmente. Dorothy quase chorou de dor.

"Droga! Por que ele é tão cruel?" ela praguejou para si.

Em meio à dor, Dorothy voltou a si. Quando estava embriagada, antes, pensou que o homem que a tinha abraçado era Credence. Ela estava descontrolada e o beijou. Nunca imaginaria que ele, na verdade, era Juelz.

A embriaguez pode mesmo levar alguém a fazer loucuras!

Dorothy pôde por fim entender a razão por trás do comportamento estranho de Credence.

Seu beijo em Juelz feriu profundamente o ego de Credence. Por isso, ele tinha usado aquele método doloroso para alertá-la.

Credence ignorou os gritos de dor de Dorothy. Em vez disso, concentrou-se em sugar o sangue que escorria de seus lábios. Seu rosto claro e frio, o fazia parecer sedento por sangue!

O coração de Dorothy deu um salto. Ela se perguntava se Credence sabia sobre seu beijo em Juelz.

Como ele descobriu?

Mas logo, Dorothy ficou séria. Ela deu um sorriso de escárnio.

E se ele soubesse?

Se ele podia ter um caso com Rosalie enquanto eles ainda estavam casados, por que ela deveria ficar sozinha e chorar até dormir todas as noites?

"Credence, como você consegue ser tão sem vergonha? Já que nunca se importou comigo, por que não me permite começar uma nova vida? Mesmo que eu tenha algo com Juelz, é assunto meu. Não tem nada a ver com você!"

Ele respondeu com mais algumas mordidas fortes em seus lábios.

"Argh... Não!"

Dorothy chorou de dor. Seu corpo magro e bem distribuído tremia sob o domínio dele. Naquele momento, ela parecia deplorável e patética.

No entanto, Credence fez vista grossa para aquilo. As veias de sua testa estavam saltadas. Ele pousou a mão no decote do vestido dela e com um movimento rápido, ele o rasgou e o jogou na pia.

Ele a encarou e disse com calma: "Enquanto ainda estivermos casados, você não tem o direito de me dizer não!"

Seus olhos se cruzaram, mas Dorothy não podia ver nenhuma emoção em seus olhos escuros.

Seus olhos eram como um pântano frio. Tão calmos que a assustavam.

De repente, uma batida violenta na porta.

No segundo seguinte, pôde-se ouvir o brado de Juelz.

"Credence Scott, se você é um homem, venha e lute comigo cara a cara! Por que está intimidando uma mulher?"

Aparentemente, Juelz tinha encontrado um martelo. Segurando-o com força, ele golpeou várias vezes a porta do banheiro, que era de madeira maciça.

Cada grito de dor de Dorothy era uma punhalada em seu coração. Ele fez uma careta de aflição.

Dorothy estava sendo agarrada pelo homem forte no banheiro. Além disso, ele era seu marido. Exceto quanto a ser forçada a fazer algo ruim, o que mais a poderia fazer Dorothy gemer de humilhação?

A porta era muito estável. Apesar de golpeá-la por muito tempo, Juelz não conseguia quebrá-la. Estava tão ansioso que tinha os olhos vermelhos. Tudo o que ele queria era correr e salvar Dorothy das garras malignas de Credence.

Naquele momento, ele percebeu que não era páreo para Credence.

Faltavam-lhe habilidade e inteligência para derrotar Credence.

Como poderia um inútil como ele tirar Dorothy de Credence?

O coração de Juelz pulsava dolorosamente.

Ele jogou o martelo no chão com delicadeza. Então, ele bateu na porta do banheiro e disse com firmeza: "Credence, por favor, solte Dory. Ela não tem nada a ver com isso. Fui eu que a trouxe aqui. Eu sou o culpado, não ela! Vou pagar com a minha vida. Se quer me matar, vá em frente! "

Quando Juelz terminou de falar, Credence curvou os lábios em um sorriso zombeteiro.

Ele estendeu os braços e deu um puxão em Dorothy. O corpo nu dela bateu com força contra o peito frio e duro dele...

Credence jogou o cigarro no chão, abaixou-se e semicerrou os olhos para ela, zombando: "Juelz é muito leal a você, hein? Mas não é muito inteligente. A vida dele está em suas mãos agora, Dorothy."

Na verdade, a família Scott e a família Sherman tinham laços de parentesco distantes.

Nos dois anos anteriores, as duas famílias tinham feito negócios com frequência. Não importava o que acontecesse, era impossível que Credence matasse Juelz.

No entanto, Credence não teria problemas em machucar uma das pernas de Juelz ou quebrar um dos braços.

Na opinião de Credence, Juelz era apenas uma mosca irritante ao redor de Dorothy. Estava longe de ser um amante rival.

Mesmo assim, Dorothy não tinha ideia do que Credence estava planejando. Ela era aterrorizada por suas palavras cruéis há muito tempo. Seu rosto empalideceu e seu corpo não parava de tremer. Ao mesmo tempo, tristeza e humilhação enchiam seu coração.

"O que você quer que eu faça para que você não machuque Juelz?"

Apesar de ter uma família adotiva, Dorothy nunca sentiu o carinho dela. Ainda se sentia tão sozinha quanto os órfãos cujos pais morreram jovens.

Só quando se apaixonou perdidamente por Credence é que ela teve uma motivação para continuar vivendo.

Infelizmente, quatro anos de casamento sem amor e de insistência inútil tinham cobrado seu preço. Ela não aguentava mais. Apenas Juelz conseguia trazer-lhe uma certa sensação familiar.

Ela ansiava pelo carinho de Juelz. Devido ao seu egoísmo, ela tinha arrastado Juelz para aquela confusão.

Parecia que ela estava sofrendo toda a tristeza e toda a dor do mundo. As pessoas ao seu redor só podiam lhe dar um pouco de carinho. Quanto ao resto, ela só podia contar consigo mesma. Ninguém poderia ajudá-la.

"Dê-me prazer ao máximo, e eu o deixarei em paz." Credence riu com a voz grave.

Sua risada tinha uma sensação engraçada. Uma onda de medo percorreu o corpo de Dorothy.

Ela tinha plena consciência de que, quando Credence ficava furioso, tinha uma força assustadora.

As mãos de Dorothy estavam firmemente cruzadas sobre a sua cabeça. Com Credence pressionando seu corpo, ela não podia fazer nada, só se contorcer com todas as forças, esperando que isso o parasse.

Contudo, sentiu uma dor aguda em seu abdômen ferido assim que usou um pouco de força.

Quando viu que os lábios de Credence estavam prestes a tocar os seus, gravemente feridos, ela fechou os olhos. "Por favor, não..." implorou.

Naquele momento, o celular de Credence tocou.

Ele o pegou do bolso e olhou para a tela. Era o médico assistente de Rosalie. Ele franziu a testa ligeiramente, então afastou os lábios dos de Dorothy.

"Alô. Qual o problema?" atendeu com frieza.

Sua voz profunda e magnética continha uma força arrepiante.

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