2 - Reclamada Por Dois romance Capítulo 22

Na realidade fiquei surpresa pelo convite de Vasco,ele queria que eu o acompanhasse algum lado, nunca antes me convidara para sair,  mas no fundo era algo que me agradava. Ele sorria enquanto conduzia  até ao local escolhido , analisando seu perfil me dou conta que minha pele se arrepia e meu corpo esquenta somente de o ter ali do meu lado. "Ele era Meu!"

Essas palavras surgiram com força na minha mente sem mesmo eu notar. Porquê? Porque eu  pensaria nele com tanta possessividade? Cada segundo, minuto, cada hora que se passava eu me sentia mais perto dele , unida, como se fosse algo  muito mais forte que somente um sentimento de desejo físico por um homem atraente.

Respirando fundo desvio o olhar ao me dar conta que Vasco me observava curioso, seu olhar intenso  e seu meio sorriso descarado me deixava com as calcinhas molhadas. "Droga como poderia ele ter tanto poder sobre meu corpo?"

__  Posso saber onde vamos ?

__ Vamos almoçar num lugar tranquilo. Uma amostra de vários momentos que teremos ... juntos.

Vasco mostra seus dentes brancos , bem alinhados , num sorriso perfeito capaz de derreter um iceberg. Suspirando fundo tento não mostrar o quanto eu  desejava colocar as mãos nele, alem de meus lábios. A atração era cada vez mais forte , não sabia  quanto mais eu poderia esperar até tomar  uma decisão. Talvez me deixando levar pelas emoções, a decisão  seria tomada sem muitos receios , duvidas ou reflexões sobre o  futuro.

__ Almoçar? - Olho o relógio, meus dias ultimamente atribulados me deixavam sem noção do dia da semana e até mesmo das horas.  __ Hum, parece uma excelente ideia.

Esboço um sorriso , analisando seu rosto que por momentos fica iluminado pelo brilho de seus olhos lupinos. A cor muda intensamente e Vasco simplesmente encosta o carro na berma da estrada, me segurando pela nuca me rouba um beijo carinhoso,lento , molhado.

__ Ângela ... - Sua voz fica entrecortada por momentos, enquanto nossas testas se unem, seu olhar segura o meu e  seus lábios roçam eroticamente nos meus . __ Eu...eu  não sei se aguentarei muito mais esperar...

Sem ar, procuro dizer algo mas meu corpo clama por ele , as mãos deslizam por seu cabelo , acariciando lentamente cada ombro, deslizando por suas costas, com voz baixa acabo admitindo o que ele me faz sentir

__ Porque me deixas assim...tão quente...

Sem mais palavras mordo seu lábio inferior , chupando provocativamente cada um deles antes de aprofundar sua boca com minha língua sedenta por seu sabor. Um rosnado é audível  dentro do carro enquanto sou levantada ferozmente   do banco, minhas coxas são abertas para que me sente em seu colo. A dura ereção em seus jeans me indica que ele me poderia dar todo o prazer que desejava  naquele momento. Só esse pensamento me deixa como um vulcão prestes a explodir.

Percebia que no fundo  que era instintivo ma falar assim quando estivesse em perigo,mesmo assim me deixou um pouco perturbada e assustada Olho para fora do vidro depois de Vasco me colocar de volta ao  banco de passageiro. Ele sai rapidamente batendo a porta com força , acenando para que eu me trancasse  . O que eu  fiz na mesma hora , não iria confronta-lo agora se não sabia o que se passava. Podia não ver ameaças , mas podia ouvir .

Tento me manter quieta  seguindo cada movimento de Vasco, sua postura era de defensiva até que um vulto surge em grande rapidez o atingindo com ferocidade para longe do veiculo. Um grito se soltou na hora em que vejo seu atacante. Uma besta enorme de dois metros , peludo, e com garras afiadas , tentava acerta-lo em cheio  em seu rosto .

__ Meu Deus ... Vasc...

O grito foi silenciado quando o enorme werewolfe  vira sua atenção para a minha direção, seus olhos vermelhos luziam e sua saliva caía em gotas espessas como se estivesse faminto. Rapidamente me encolho no banco, me ocultando  de tal predador. Vasco jazia no chão, sangue brotava de sua camiseta branca. Com cada rosnado sabia que eu seria o segundo alvo daquele animal, tento procurar alguma arma naquele jipe, afinal Vasco era algum tipo de agente da lei no mundo sobrenatural. Abro o porta luvas ,mas o  vidro é estilhaçado no mesmo momento.

Protejo meu rosto com os braços cruzados quando vidros me atingem, pulando para o lado do  condutor, me dando um pouco de distancia , talvez alguma margem para que eu pudesse fugir. A besta agarra meu tornozelo na hora em que abro a porta para sair . Gritando e esperneando ainda lhe acerto no focinho com um pontapé , algo que não lhe   fez mínimo desconforto . Quando  já pensava que era  a minha hora , Vasco surge por detrás , agarrando o pescoço do atacante , ele simplesmente o lança para longe. Ele era do mesmo tamanho, sua pelugem  mais clara, suas garras mais mortíferas , mas eu  não sentia medo e sim alivio de o ver transformado...pela segunda vez... me salvando.