2 - Reclamada Por Dois romance Capítulo 24

Apesar de todo o almoço ter decorrido mais tranquilo , o encontro com Marco colocou Vasco tenso por uns momentos. Não tinha estado presente na conversa dos dois , eles se tinham afastado um pouco depois de uma deliciosa sobremesa, mas notava que era algo sério para deixar Vasco em silencio todo o trajeto até casa. Sua postura estava tensa e ele pouco me olhava como era habitual. Ele parecia distante, mas  como se estivesse concentrado num elaborado plano. Como uma menina obediente fiquei quieta no meu canto até que entramos pelo portão automático da casa térrea onde eles moravam. Olhando melhor , era uma moradia pequena ,mas muito ampla rodeada por um enorme jardim traseiro. O muro de dois metros envolvia grande parte da floresta e o sistema de segurança incluía camaras e vedação elétrica. Poderia dizer que eu estaria bem guardada ali, mesmo que não tivesse um vampiro e um lobo com poderes e instintos poderosíssimos de proteção.

Respirando fundo vejo que o entardecer estava chegando , assim Alexandre estaria acordado já. A possibilidade de o ver me deixa feliz , alem de surpresa por desejar vê-lo. Estaria a começar a aceitar normalmente esse tipo de rotina? Te-los na minha vida diária fazendo uma vida normal de casal?

Não, não havia nada de normal ali, não depois do ataque de hoje. Eu era humana, frágil, mortal. Eles, homens atraentes, sedutores, sobrenaturais e imortais. Balançando a cabeça com uma frustração latente ao reparar que mais uma vez a minha insegurança estava a tomar conta , abro a porta do jipe na hora em que ele pára, correndo para dentro, sem mesmo responder ao chamamento de Vasco, batendo num corpo duro na mesma hora que coloco os dois pés no meu quarto.

Alexandre franze o sobrolho ao ver Ângela nervosa e de novo confusa. Ele tenta não ler seus pensamentos , mas a preocupação bate mais forte que o bom senso e deixa sua defesa cair. Ele rapidamente a segura pela cintura , arrancando um ofego de seus belos lábios. Seu olhar a prende por momentos.

__ Fugindo de novo?

__ Na.. não ... porque estaria fugindo? - Tento mostrar firmeza apesar de que minha voz treme ao sentir o corpo de Alexandre colado ao meu, já não falando naquele olhar intenso e lábios a milimetros dos meus.

__ Ângela...Ângela... sabes bem que não me podes mentir!

__ Alexandre...prometeste!!!- Exasperada tento me soltar, me sentia impotente  quando ele começava a ler minha mente.

__ Não foi preciso ler, consigo sentir as tuas emoções. O que se passou?

__ Nada... - Respiro fundo, tentando desviar meu olhar, um erro pois ele recai para seus lábios deliciosos , tentadores.

__ Me diz o que tanto te perturba de novo ?- Alexandre roça seus lábios nos meus , me deixando sem ar quando os arrebata num beijo lento , húmido e quente .

__ O mesmo de sempre...

Murmuro as palavras  me derretendo com sua experiente  exploração, suas presas arranhavam minha língua enquanto seus lábios a chupavam como uma deliciosa tortura.

Vasco fica completamente perplexo ao ver a reação de Ângela ao chegar a casa, realmente ele dera pouca atenção a sua companheira no caminho de regresso , mas porque estavam sendo seguidos à distancia, não por seu interesse ter diminuído. Pelo contrario, seu lobo queria reclama-la naquela noite , depois de ter assistido aquele maldito a tentar apanhá-la. Ele não podia sequer imaginar que outro macho a levasse e a reclamasse. Entrando de rompante em casa ele segue em direção ao odor de sua companheira . A visão na sua frente lhe dá a certeza de que aquela era a hora certa para a convencer de que ela lhes pertencia de corpo e alma.

Aproximando devagar , ele se coloca atrás de Ângela, dando com o olhar de seu irmão,mentalmente Vasco lhe diz o que se passara. Ele sente a tensão que invade o corpo de seu irmão, seus olhos se tornam negros e imaginava que  suas presas despontavam, a transformação estava plena, sem duvida nenhuma devido a preocupação e possessividade em relação a sua fêmea também. Numa conversação silenciosa, Alexandre  concorda com ele , Ângela precisava de ser marcada o quanto antes ou algo de ruim poderia acontecer... aos três .

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