Como podia um sonho parecer tão real? Sara não sabia, mas seu corpo ainda vibrava do prazer que Rafael lhe tinha presenteado com sua boca no seu sonho. Droga, ele tinha que sair de seus pensamentos , rapidamente. Não iria voltar a se iludir com algo passageiro, ou estaria perdida de nova em sentimentos dolorosos.
Durante os restantes dias a rotina de Sara era normal e repetitiva , arquivo, orçamentos e atendimento telefónico, mesmo assim estava feliz. Poucas vezes via o Rafael ou o Marco, somente ao pequeno-almoço ou ao jantar , mas isso também era bom, assim não tinha que controlar o seu desejo por ele, que infelizmente crescia dia após dia. Pelo que tinha percebido, quando tinham contratos a cumprir, era normal passarem mais tempo na floresta para preparar a madeira. Mas realmente ela se sentia cada vez mais realizada ,com seu trabalho, com sua nova vida, as pessoas da cidade eram muito simpáticas, a tratavam com carinho, como se a conhecessem há anos,mesmo estando lá só há um mês, e era exatamente essa cumplicidade que queria com as pessoas ao seu redor.
Os dias estavam a ficar mais quentes e era agradável para Sara ficar a ouvir os sons da natureza antes de adormecer. Algumas vezes, nas noites em que adormecia muito tarde, ouvia uns uivos, o que a fez pensar nas palavras daquele estranho, mas também podiam ser corujas, afinal o campo era uma novidade, não estava muito a par das criaturas que existiam naquela floresta durante a noite e Rafael já lhe tinha prevenido que ali, ela estaria mais segura do que imaginava. Apesar de achar estranho a forma como o disse, tinha todos os motivos para acreditar nele. Afinal ele conhecia bem aquele lugar.
Agora cansada como Sara andava nem um grilo a conseguia tirar do mundo dos sonhos. E que sonhos. Cada vez mais sonhava com Rafael, sonhos quentes em que lhe dava um prazer estonteante. Mas eram sonhos, pois na realidade desde aquele beijo, ele parecia querer evitá-la.
Nessa noite depois de um banho relaxante, Sara fica um tempo olhando o reflexo no espelho, alisando seu rosto percebe que sua beleza ainda se notava , as linhas de expressão em sua testa tinham desaparecido, provavelmente por estar tranquila em sua nova vida. Vestindo o top e o calção de algodão com que sempre dormia, sai do banheiro esfregando seu cabelo numa toalha, mas rapidamente seu corpo congela quando bate em algo duro . Ofegando de imediato larga a toalha encarando Rafael que naquele momento a segurava pelos cotovelos . Ele estava sério , a fitando inexpressivamente.
__ Desc...desculpa. - Sara gagueja perante os músculos salientes e nus que Rafael ostentava naquele momento.__ Estava distraída.
__ Sem problema. - Rafael declara com voz firme, mas não a solta observando cabelo molhado e desgrenhado ao redor do belo rosto de Sara .__ Mas para a próxima tem mais cuidado, podias te ter machucado.
__ Sim...eu terei...-Sara morde o lábio continuando distraída na sua apreciação, ele estava ussando somente uns calçoes , e desta vez ela podia comprovar que realmente seu corpo era de levar qualquer uma a cometer pecado. O cabelo estava revolto, lhe dando um ar selvagem e apetitoso. Lentamente seu olhar desce para a boca dele, o que a faz recordar o beijo estimulante que tinham trocado. Ela sonhava em sentir novamente o calor dos lábios dele, aquela língua doce e quente e naquela apreciação mental,não resiste em deslizar as mãos suavemente no peito musculoso e bronzeado de Rafael .Foi nesse mesmo momento que um gemido sai de sua própria garganta ao ser pressionada entre a parede e o corpo dele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: 3 - Amor de Lobo