3 - Amor de Lobo romance Capítulo 6

A partir do momento em que Rafael sentiu o corpo de Sara colado ao seu, naquele abraço impulsivo, sabia que ia ter problemas. O odor vindo dela era instigante , fascinante , um afrodisíaco de canela que estimulava todo o seu corpo, colocando todos os seus sentidos em alerta, e isso, com a sua natureza , não era bom.

Como homem – lobo, conseguia controlar todos os impulsos quando necessário, salvo na lua cheia. Mas com Sara estava a ser complicado mesmo sem a lua o provocando .Quando o desejo sexual surgia, Rafael sempre tinha as mulheres que queria, sexo de uma noite ,nada mais . Simplesmente saciava seu corpo da tensão sexual e depois seguia sua vida, não por ser um canalha , mas porque não restava mais nenhuma emoção, nenhum desejo em querer conhecer qualquer uma delas. No fundo sabia que elas não eran seu par, sua alma gémea, a única mulher que o completaria , em todos os sentidos até podia andar por aí, mas nunca a tinha encontrado , seu lobo nunca se manifestara perto das mulheres que ele tinha conhecido, quer fosse humana ou loba.

Companheiras destinadas de um homem lobo eram raras e alguns até podiam estar uma vida inteira à espera que ela aparecesse, o que podia nem acontecer. Mas com Sara, era muito diferente, o lobo queria subir á superfície, queria rosnar, queria caça-la… queria marca-la como Sua .

Enquanto Rafael conduzia para a pousada, não resistia em olhar pelo retrovisor , ele estava fascinado pela cor chocolate dos olhos dela . As vezes que tinham trocado de olhares, a cor ficava mais escura e com um brilho encantador o que o deixava completamente fascinado. Seus lábios eram pequenos ,mas cheios ,e o desejo de sentir a sua textura , seu sabor desde o momento em que se conheceram, era insano.

\Seu rosto suave e redondo era emoldurado por uns cachos largos , o que lhe dava um ar inocente apesar de que conseguia perceber bem o fogo que a invadia sempre que seus olhos se encontravam , e seus corpos se colavam. Havia uma química intensa , natural, e ele imaginava bem como gostaria de libertar todo aquele fogo reprimido. Ele estava tão perdido em suas fantasias e pensamentos que nem tinha reparado que fora apanhado na sua avaliação. Ao ver Sara com um sorriso constrangido, o olhando com curiosidade, de imediato retorna a atenção na estrada, se focando no que era mais importante naquele momento, leva-la para sua casa, para um lugar seguro até determinar ao certo o que fazer. Acelerando sem pensar em mais nada , rapidamente chega à pousada.

__ Chegámos !!- Rafael declara uns segundos antes de respirar profundamente e sair do veiculo .

__ Bem vinda ao teu novo lar.- Marco abre a porta dos passageiros , sorrindo amplamente quando estica a mão ra ajudar Sara a sair

Muito obrigada !- Sara sorri agradecida pela forma como Marco a recebia em sua casa. Olhando para Rafael , tenta perceber se ele estava tão contente assim por ela ali ficar. Mas de imediato corre em sua direção ao ver que ele segurava sua bagagem. __ Sr. Rafael, eu posso levar a minha própria mala, não é assim tão pesada.

__ Não, não é pesada! - Rafael admite, encarando a bela fêmea intensamente. __ Mas eu levo-a na mesma. - Sua voz soava firme quando acrescenta . __ E se me continuar a chamar de senhor, então a chamarei de senhorita.

__ Meu irmão não gosta que lhe chamem de senhor, soa velho demais. - Marco zomba divertido, piscando o olho quando encara Sara com malícia. __ Mas a mim podes chamar o que quiseres, princesa.

__ Sério?- Sara solta uma risada baixa, quando alguns nomes fofinhos lhe surgem na mente.

__ Não te preocupes Sara...- Rafael de imediato resmunga olhando para seu irmão. __ Cão que ladra, não morde. - Encarando a deliciosa fêmea ele acrescenta com suavidade. __ Marco é daqueles que ladram muito.

__ Hei!- Marco de imediato rosna, encarando seu irmão com irritação. __ Eu não sou nenhum maldito cão!

__ Realmente!- Rafael revira os olhos avançando para a entrada da pousada . __ Estás mais perto de um cachorrinho realmente .

__ Rafael...- Marco cerra os dentes seguindo seu irmão ainda irritado . __ Tu não me provoques.

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