6 - Destinada A Dois romance Capítulo 34

Enquanto  Dorian e Dumas  tratavam de ter  uma crise de nervos  em casa por não me poderem acompanhar até á Biblioteca , eu  tratava de tirar alguns dias de férias  para  ter  tempo para fazer uma  mudança de vida radical. Estava tudo  preparado para  entregar  o apartamento  para daqui a um mês ao  Senhorio, as  minhas coisas seriam embaladas e enviadas para a casa de Dumas que agora seria um lar  para nós três, apesar de ainda  não termos descartado a hipótese de ficar  no  Mosteiro  durante a semana.

Apesar  de alguns rosnados e maldições eu consegui  convencer os meus gémeos a falar com Henrique  sozinha . Meu  receio  era  que não  controlassem seus ciúmes possessivos e  partissem para a violência sobre o moço  que simplesmente  queria um manter uma ligação profissional comigo. Henrique estava feliz da vida por ter mais umas semanas de trabalho temporário e eu também por poder me dedicar sem preocupações aos meus dois machos insaciáveis , totalmente superprotetores  e ciumentos.

Acabara de  chegar, apesar  de o sol se ter recolhido  há menos de trinta minutos  , os gémeos já não estavam em casa . Depois da vigésima ligação  naquele dia para   saber como eu estava , eles me avisaram para ficar em casa quietinha até chegarem , pois tinham ido resolver  um assunto  urgente onde eu  não poderia acompanha-los também.

Um pouco preocupada eu  tranco  a porta atras de mim, deixando  minha bolsa no  cadeirão  da entrada , me dirigindo  de imediato  á cozinha com as sacolas de alimentos que eu   tinha feito  questão  de adquirir.  Lambendo  os lábios, observo o   relógio na parede central da cozinha . Reparando no prato  decorativo , com uma faca e um garfo  a fazerem de ponteiros dou  conta  que já eram 7.30,  hora certa em que meu  estômago  ronca avisando  do  meu  jantar . Sorrindo , retiro a carne e o peixe da sacola , arrumando  a carne no congelador e deixando  a posta de salmão  de fora, assim como  uma cenoura , uma alface e uma cebola roxa. Uma salada com salmão grelhado era uma das comidas de eleição  lá em casa .

Estava prestes acender o  grelhador quando  a campainha de casa começa a tocar . Algo  que me fez dar  um pulo  e levar  a mao ao coração. Um pouco  tensa e até assustada eu  sigo em passos lentos em direção  á porta , Dumas e Dorian não  tinham mencionado  que teriam visitas, mas  ...e se fosse algo  urgente ? Afinal ele vivia ali,deveria ter  amigos e conhecidos .  Respirando  fundo  eu  levo  a mão ao puxador , abrindo a porta,    de imediato  fico  um pouco  perturbada com a visão.

__ Pois não ?-  Levantando  uma sobrancelha eu  reparo  na moça  de cabelo  curto , num rosto   oval, pálido  mas muito  atraente . Os lábios eram delineados com um baton marron claro , brilhante , e seus olhos eram bem  acentuados pelo  delineador preto  ao  redor, com pestanas longas e bem definidas com o  rímel. __ Em que posso  ajudá-la ?

__ Dumas estás ?-  Paola rapidamente faz uma careta ao  ver  uma simples humana na sua frente, olhando  por cima do ombro  ela inspira   profundamente . Dumas nunca tinha   tido   empregados humanos por ali , ainda mais fêmeas .

__ Não  , ele não  está !- Fico  um pouco  irritada por ela  me ignorar , entrando  de rompante para dentro , como  se fosse dona do pedaço. __ E me parece que eu  não  a convidei  para entrar !- Cruzo  os braços no peito a confrontando ainda  com a porta aberta .

__  E  desde quando  eu preciso  de convite de uma simples humana   para entrar  aqui !- Paola olha a  femea com desdem,  observando  seu  corpo  de alto  a baixo . Suas coxas naqueles jeans justos e pretos  ,  seios cheios  naquele top  decotado  até que não lhe davam mau  ar.  __ Eu sou PAola , a namorada de Dumas !- Esboçando  um sorriso  de lado Paola aprecia o  cabelo longo, ruivo, num rosto bonito e simples  da humana ,em que seus olhos cor de mel e seus labios  castanhos suave , lhe davam um ar apetecivel. __ E como  sempre ,Dumas tem bom gosto  em ..." aperitivos ".

__ Namorada ?- Ofego no momento  em que aquela mulher  diz a palavra, a encarando  de olhos arregalados eu  descruzo  os braços , meu  corpo  tenso , minha expressão  de completa confusão , que rapidamente passa a irritação  ao  perceber  o que ela queria dizer com " aperitivos ".  __  Se realmente és a namorada dele deverias saber que  não  está em casa !- Rosno  com raiva tanto  dela como  de Dumas ao  imaginar o  que faziam juntos , se aquela conversa era real.__ Por isso  agradeço  que saias e lhe ligues antes de apareceres aqui  como  se fosses a convidada de honra !

__ Estás a por -me na rua ?-  O sorriso de Paola morre em seus labios , encarando a  mulher  na sua frente , mostrando-lhe as presas afiadas  . __ Quem pensas tu que és ?- Ela se aproxima  da humana que não  tinha amor á vida,    a joga contra a parede e ela simplesmente cai como  um peso  morto  . __ Como ousas a me expulsar daqui ?

__ EU SOU URSULA , A COMPANHEIRA DE DORIAN E ...DUMAS !- Resmungo as palavras antes de sentir meu  corpo batendo bruscamente  na parede . Fechando  as minhas mãos em punhos eu me levanto , sentindo   a raiva me invadir .__ E tu não  tens qualquer direito  aqui , por isso ...SAI ! AGORA ! DAQUI!

__  Companheira ? -  Gargalhando  Paola  agarra seu  pescoço  a prensando  de novo  na parede . __ Pensas que és algum tipo de ameaça para mim. - Ela se aproxima de seu  pescoço,inspirando  profundamente , de imediato arregala os olhos a soltando . __ Não  pode ser . Ele é Meu !

__  Se fosse , eu  não estaria aqui vivendo  com eles. - Alisando  meu pescoço  eu a encaro nitidamente  irritada . Como  poderia Dumas se ter  envolvido  com uma mulher  assim e não  ter  terminado  a relação  agora que me tinha assumido. __ Por  favor sai !- Respiro fundo  segurando a porta ,atenta e cautelosa olhando  Paola que  nitidamente estava um pouco perturbada por minhas palavras . Ela olhava o  corredor que dava para o  quarto de Dumas , nosso  quarto  agora , avançando  em passos lentos , sem pensar  duas vezes me coloco  na sua frente a impedindo  que fosse mais longe . __ Onde pensas que vais ?

Arregalando  os olhos Paola   encara Ursula um pouco descrente apesar  de  ter  sentido o  sangue de Dumas correndo  nela .  Ela não podia acreditar  que Dumas estava preso  aquela humana  pelos laços de sangue , para sempre .  Com ela sempre se tinha recusado, e agora  estava com raiva e queria matar  os dois .

__ Sai  da minha frente !- Completamente  transformada com  ciume e desprezo   que Dumas ultimamente lhe tinha dado , ela segura o  braço de Ursula , atirando seu  corpo  para longe de novo , mas desta vez  Ursula bate com a cabeça na esquina de uma mesinha , a fazendo  de imediato  gritar  de dor ,   a fazendo sangrar  de um golpe enorme que rapidamente surge em sua testa . __ Tu  não  tens qualquer direito a ele ...- Ela mostra sua transformação  total, se dirigindo  ao corpo fragil estendido  no  chão.  __A nenhum deles .

Mesmo  com a minha visão  desfocada e a dor na minha testa pelo  golpe que acabara de sentir conseguia perceber  a mulher   na minha direção, suas presas salientes no  rosto  raivoso  me indicavam que suas intenções não  eram de ajuda , mas sim pelo  contrario. Me levantando  com  dificuldade  eu  rapidamente me seguro  na mesa , mantendo  o  equilibrio  que se manifestava .  Mesmo tentando  me desviar  , suas mãos foram ao  meu  pescoço, assim como  suas presas . O  rasgo  na minha pele se faz completamente doloroso,    a colera era sentida  naquela mordida , mas   eu  não  permitiria que uma vampira sugasse meu  sangue assim sem mais nem menos só porque decidira que eu  não  valia nada .   Pensando  nas palavras dela  eu  cerro  as minhas mãos,  minha raiva ao  imagina-la com os gemeos me subjuga e eu  sinto  o  formigueiro  em meus dedos ,  minha visão  mudando  e sem aviso  eu  coloco   minhas mãos abertas em seu  peito  , sentindo de imediato os espasmos   de Paola antes dela cair   ao  chão, o  choque eletrico  que a mantinha  inerte  ainda era visivel nos raios sobre o  seu  corpo  e ela fica ali me olhando  estatica enquanto  eu  levo  a mão ao  meu  pescoço, caindo  de joelhos , ofegante , exausta , sangrando.

Não  foi preciso  muito  para Dumas e Dorian  se entreolharem quando  sentem a conexão  com Ursula no  momento  em que ela grita .  Suas transformações de imediato  surgem , os levando acelerar  de imediato  as motos  em que   cada um, viajava.  No inicio  daquela noite eles decidiram ir  buscar  a aliança que tinha mandado  fazer  de proposito para sua Companheira  . Uma aliança que se dividia em três , com  ouro branco e dourado  entrelaçados onde somente a do  meio  teria diamantes  para que não  houvesse duvida de que  ela lhes pertencia , perante os machos humanos .  A aliança dela sempre se conetaria á deles, mais uma prova de que  eram um só. E  se algum engraçadinho  ainda tivesse duvidas  mesmo  assim, eles teriam um enorme prazer de lhes fazer  ver  pessoalmente o  quanto  eles não  admitiam que cortejassem sua mulher.

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