A Amada Dele romance Capítulo 121

POV de Bella:

De manhã, enviei uma mensagem de texto para a Joey, pedindo que ela viesse me visitar na hora do almoço, uma vez que o hospital não ficava muito longe do Grupo Wharton.

Ao meio-dia, enquanto almoçava, a porta da enfermaria se abriu e Joey entrou.

Eu ainda não conseguia ouvir nenhum som, então só podia ver a expressão ansiosa de Joey e a boca dela se mexendo.

Baixei a cabeça, peguei meu celular e digitei: "Joey, meus tímpanos estão machucados, estou surda temporariamente, então só podemos nos comunicar escrevendo."

Joey ficou atordoada. Ela pegou o telefone e digitou: "Como isso aconteceu?"

"Te explico daqui a pouco. Primeiro, ligue para a minha mãe e diga à ela que eu fui para o exterior em uma viagem de negócios, que não posso falar com ela pelo telefone e que ligo quando voltar."

Olhei para a Joey e vi que ela assentiu e discou o número da minha mãe.

Minha mãe já tinha me ligado várias vezes, mas não atendi. Eu estava com medo de que ela ficasse muito preocupada se soubesse da minha situação, por isso pedi a ajuda da Joey.

Logo, Joey encerrou a ligação e digitou: "Não se preocupe. Falei tudo o que você pediu para a sua mãe. O que aconteceu?"

Ela se sentou ao meu lado. Suspirei e contei a ela o que tinha acontecido.

Ela ficou zangada e digitou: "A Vivian foi longe demais! Por que ela bateu em você com tanta força assim? E o Klein, a namorada dele bateu em você e ele não fez nada?"

Joey continuou a digitar: "A Vivian fez isso de propósito para te machucar. Por que você não chamou a polícia? Mesmo que eles sejam advogados, não tenha medo. A culpa é da Vivian!"

Eu digitei o meu dilema: "O Klein não sabia que a Vivian ai arrumar problemas comigo. Ele me ajudou muito. Se a minha audição voltar logo, não quero apresentar queixa contra eles."

Eu sabia que esse tipo de coisa era muito difícil de explicar, mas talvez chamar a polícia e entrar com uma ação judicial faria as pessoas especularem ainda mais sobre o relacionamento entre o Klein e eu. Seria melhor para mim deixar o escritório de advocacia QW de uma vez por todas.

"Peça pelo menos uma compensação da Vivian. Espero que seus ouvidos melhorem logo." Joey digitou.

O tempo passou depressa e logo Joey foi embora.

Depois, fiquei sozinha na enfermaria vazia, o que piorou o meu humor.

Tentei esfregar meus ouvidos, mas ainda não conseguia ouvir nada. Bati palmas, mas não escutei nenhum som.

O pânico estava crescendo dentro de mim. O que eu faria se ficasse surda para sempre?

Enquanto pensava nisso, adormeci e só acordei às seis horas da tarde.

Fazia muito tempo que eu não descansava assim. Na maioria dos dias, eu estudava para a prova de certificação além de trabalhar.

Eu não costumava dormir bem e acordava com qualquer barulho mas, esta tarde, não acordei.

Acho que era o maior benefício de estar surda.

A noite estava cada vez mais próxima, mas Herbert ainda não havia chegado e eu continuava sozinha no quarto.

Sentei-me na cama com as mãos nos joelhos. A luz do quarto estava apagada e eu só conseguia ver as formas das coisas graças à luz do lado de fora da janela.

Meu coração estava muito solitário e confuso e o meu mundo estava muito quieto, como se eu fosse o último ser humano da Terra.

Eu nunca tinha me sentido assim antes.

De repente, as luzes fortes do quarto se acenderam, o que era demais para os meus olhos, então instintivamente estendi a mão para cobrí-los.

Quando meus olhos se acostumaram com a claridade, vi uma figura parada na frente da cama do hospital.