A Amada Dele romance Capítulo 45

Ponto de vista da Bella:

"Já que você quis fazer uma encenação, então era preciso fazer todo um teatro. Além do mais, você já é adulta. Você não deveria mais deixar sua mãe preocupada", disse Herbert de repente.

Quando ouvi o que ele disse, não pude deixar de rir. Embora, em pensamento, eu tenha achado muita graça de mim mesma, eu ainda disse calmamente a ele: "Obrigada por ser tão atencioso comigo."

Na verdade, a intimidade e a preocupação que ele demonstrou agora há pouco não passavam de encenação. Ai, ai, Bella... Como você foi se iludir assim?

Eu ainda cheguei a pensar que viveria com ele como um casal de verdade...

Era tudo uma encenação. E eu levei a sério?

"De nada. Independentemente de qualquer coisa, estamos casados legalmente no papel agora. Devemos ajudar um ao outro." O que Herbert disse soou como um negócio, e seu tom me pareceu muito frio.

Para que eu não ficasse parecendo tão pobre coitada, levantei um pouco o queixo e disse: "Você tem razão."

Neste momento, já tínhamos caminhado até o carro. O motorista Connor pegou a bagagem na mão do Herbert e depois entramos no automóvel separadamente. No momento seguinte, o veículo desapareceu sem deixar rastro.

O carro acelerou e seguiu em frente. Olhando para a paisagem em constante recuo, de repente me senti muito triste.

Eu estava prestes a morar na casa desse homem, mas não havia amor entre mim e ele, e eu ainda estava grávida de um bebê dele. Nunca pensei que meu casamento seria desse jeito.

O Herbert mora em uma das melhores áreas residenciais da cidade.

Os preços dos imóveis nessa região são extremamente altos. Só pessoas muito ricas e funcionários do governo têm condições de morar nesse condomínio tão nobre.

Acompanhei o Herbert até uma mansão que havia no condomínio. De modo geral, o estilo da decoração era muito moderno. Os móveis e todos os ornamentos eram minimalistas, em tons de preto e branco, e davam às pessoas uma sensação de frieza e sobriedade, sem o aconchego de um lar. Parecia um escritório.

Olhei ao redor da mansão. Na verdade, não gostei deste lugar. As cortinas pretas e brancas me fizeram sentir como se eu não pudesse respirar.

Herbert colocou minha bagagem no chão preto e branco, depois tirou um molho de chaves e um cartão de banco. Confusa, olhei para ele e pensei: "Será que ele vai me dizer alguma coisa?"

Em seguida, Herbert apontou para o molho de chaves na mesinha de centro e disse: "A chave de casa está aí, e também há um carro à sua disposição na garagem. Você pode dirigir se precisar. Agora que a sua identidade veio à tona, você não pode mais continuar trabalhando na empresa. Eu vou entregar sua carta de demissão.

Você pode usar este cartão de banco à vontade. O limite máximo por mês é de 100 mil, o que é suficiente para você, o bebê e as necessidades diárias da sua família."

Ele organizou tudo direitinho. Olhei para o molho de chaves e o cartão na mesinha de centro e, de repente, um ar de tristeza passou pelo meu coração. O tom dele era, de certo modo, como o de um patrão dando ordens a uma empregada, sem nenhuma demonstração de afeto de marido e mulher.

"Entendi. Obrigada", eu disse, baixando os olhos.

Nesse momento, Herbert olhou para o relógio em seu pulso e disse: "Você pode se familiarizar com o ambiente. Tenho algo a fazer agora, então já preciso ir."

"Certo." Eu balancei a cabeça.

Só quando ouvi o barulho da porta se fechando é que percebi que ele realmente havia saído.

Olhando ao redor e observando a mansão, de repente me bateu a solidão, porque eu estava sozinha em uma casa muito grande.

Ao levar a bagagem para o andar de cima, descobri que havia dois quartos lá. Um era muito grande, com banheiro e closet. Nem era preciso dizer que aquele devia ser o quarto principal. O outro quarto era pequeno, mas estava limpo e arrumado.

Eu fiquei num dilema. Antes de sair, ele não me disse em qual quarto eu iria dormir.

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