A Bela Vida Após o Despertar romance Capítulo 91

"Tudo bem. Não se preocupe."

Depois de algum tempo sem resposta, ela começou a se sentir sonolenta enquanto aguardava.

Quando estava quase adormecendo, o celular vibrou, e ela, por reflexo, pegou-o e viu uma foto enviada por Gilberto.

Era uma foto tirada na porta de casa dela.

Havia uma pilha de caixas na porta.

"Não esqueça de pedir para sua empregada trazer a caixa para dentro de casa."

Vânia ficou surpresa: "O que é isso?"

Gilberto explicou: "São fogos de artifício. Acabei de fazer compras com Nuno. Compramos demais, então compartilhamos com você."

Vânia não sabia exatamente como se sentir.

Parecia que sempre era assim, quando ela estava física e emocionalmente esgotada, ele tinha o dom de dizer ou fazer algo que a ajudava a escapar daquele estado.

"Ok, obrigada."

Vânia não mandou a empregada buscar, ela mesma colocou um casaco e foi buscá-los.

Guardou-os no depósito do pequeno jardim, onde mantinha alguns de seus brinquedos mais preciosos.

Alguns eram presentes de amigos de infância em seus aniversários, e uma parte menor era de Marcelo.

Vânia organizou um lugar para essas caixas, guardou-as com cuidado e olhou atordoada para os presentes de Marcelo.

Depois de chegar a Serra Bela, Vânia raramente celebrava festas ou aniversários, pois Marcelo sempre dizia que era algo afetado.

Assim, os presentes que ela recebia eram poucos, e a maioria era algo que Marcelo lhe dava sem muita atenção, alguns até eram presentes de outras garotas para Marcelo, que ele simplesmente repassava para ela.

Antes, Vânia valorizava esses objetos, mas agora eles pareciam cada vez mais incômodos.

Após um leve suspiro, ela decidiu arrumar os itens que Marcelo lhe deu em uma caixa e colocá-la em algum lugar à parte.

A empregada, ouvindo o barulho, veio cuidadosamente verificar e, ao ver que era Vânia, suspirou aliviada.

"Pensei que tivesse um ladrão em casa."

Vânia sorriu, provavelmente se sentindo melhor por se desfazer das coisas de Marcelo, e respondeu brincalhona: "E se fosse um ladrão, você viria assim mesmo?"

Na manhã seguinte, a empregada contou tudo para Julia.

Julia não levou muito a sério.

"São apenas crianças fazendo birra."

No fundo, Julia também sentia pena da filha, especialmente depois do que Marcelo disse na frente de todos.

Era normal que a filha, sendo sensível, se sentisse mal.

Mas ela não permitiria que a filha continuasse assim.

Teria que intervir.

"Mas eu acho que a senhorita não estava apenas fazendo birra ontem. Ela até arrumou as coisas que o Sr. Marcelo deu, não as valorizando como antes."

Julia arqueou uma sobrancelha: "Sério?"

A empregada então mostrou os itens para Julia.