A Chefe Genial da Favela romance Capítulo 97

Os olhares deles se encontraram através da névoa de chuva que distanciava alguns metros.

No instante em que a viu, os lábios finos de Natano se curvaram ligeiramente, um gesto que nem ele mesmo percebeu.

Ele acenou para ela: "Venha até aqui."

Era como se chamasse um pequeno cão ou gato.

Ailina caminhou em direção a ele, enquanto Luísa e Lúcia estavam extremamente tensas.

Assim que ela se aproximou, Natano a puxou pela mão, tirando-a de debaixo do guarda-chuva do segurança e trazendo-a para debaixo do seu.

Ela se apoiou nele, com o olhar fixo nas fotos das duas lápides.

Elas eram, sem dúvida, excepcionalmente bonitas.

Pensando bem, isso fazia sentido.

Natano era tão charmoso que sua mãe e irmã certamente não poderiam ser comuns.

"Esta é minha mãe, e esta é minha irmã." - Natano baixou os olhos para ela, observando-a enquanto ela olhava para as fotos, e perguntou em uma voz profunda: "Você sabe como homenagear as mortas?"

Ailina desviou o olhar, e Natano passou o guarda-chuva para um segurança ao lado dela, depois a envolveu em seus braços, segurando suas mãos delicadas para trás.

Ele a ensinou a juntar as mãos em oração.

"..."

Ailina ficou ali, deixando-se manipular, mas, por dentro, estava extremamente confusa.

Por que ele queria que ela prestasse homenagem à mãe e à irmã mortas?

Ela não tinha nenhum vínculo com sua família.

Ela começou a suspeitar novamente que Natano havia colocado algum tipo de dispositivo de escuta nela, porque assim que ela pensou isso, ele inclinou a cabeça para sussurrar em seu ouvido com uma voz sugestiva, palavra por palavra: "Além de mim, você é a primeira pessoa que podia homenageá-las".

"..."

O coração de Ailina bateu como um trovão, assustado.

Será que isso significava que ele nem sequer havia permitido que o pai dela prestasse suas homenagens, mas a convidara para fazê-lo?

Ela definitivamente poderia passar sem essa honra.

Luísa e Lúcia, observando ao lado, ficaram completamente chocadas.