A entregadora se encontra com CEO romance Capítulo 28

- Aurélio? - Estefânia já estava enjoada, e ao ser chacoalha por ele assim abruptamente, ficou mais tonta ainda.

Aurélio trancou a porta por dentro e a encarou com uma expressão sombria.

- Eu te avisei para ficar longe de Reinaldo. Minhas ordens não valem mais nada?

Estefânia esfregou o peitoral e sentiu-se um pouco melhor. Ela levantou o rosto e sorriu para ele:

- Aurélio, por que eu preciso te obedecer? Você é meu pai, ou eu me casei com você? Você fica dizendo que eu não tenho direitos, e você?

Estefânia deixou a raiva sair, seu dedo fino cutucou o peito dele e seus olhos pareciam em fogo.

- Você tem dinheiro, tem poder, se acha o maioral, mas isso não significa que você pode controlar a minha vida! Você abusou de mim faz tão pouco tempo, e disse para eu ter uma criança para a família Vargas, e acabou se noivando de Iara Cabral num piscar de olhos. Você está querendo que minha criança nasça chamando Iara de "mamãe"?

Ela ficava cada vez mais descontrolada enquanto falava, e empurrou ele com tudo.

- Puta que o pariu, você ainda me trata como uma humana? Essa criança é minha, minha!

No fim, a forte Estefânia deixou as lágrimas escaparem pelos olhos.

Ela estava com a visão embaçada, e tremia de raiva.

Aurélio se desiquilibrou com seu empurrão, mas se firmou em instantes.

Quando voltou a olhar para ela, ela já estava com o rosto banhado em lágrimas.

E...

Ele não tinha como negar as suas palavras.

- Aurélio, você me ouça bem. Mesmo que eu morra, eu não vou deixar essa criança nascer! - disse Estefânia pausadamente apontando para ele em tom firme e claro.

Era a primeira vez que Aurélio a via tão descontrolada de raiva.

Ela não mencionou dinheiro, nem deu condições.

Apenas o disse, a criança dela nunca chamaria outra mulher de mamãe.

- Você acha que darei chance de você se arrepender das coisas que me prometeu? - ele olhou para ela com um ar superior. - Não pense que você tem o direito de ficar gritando na minha frente só por ter Reinaldo te defendendo.

Aurélio a segurou pelo queixo e a fez levantar o rosto.

- Lembre-se, não importa se é você, ou Reinaldo, ninguém tem o direito! - disse ele. Os dois se encararam por alguns segundos antes dele continuar. - Você me mandou investigar sobre o acidente de seus pais, e eu já tenho os resultados, estão no meu escritório. Quando você se mudar para a mansão, eu te entregarei, e a cirurgia de seu pai também.

Estefânia fechou os olhos, sem mais forças para lutar contra ele, e escondendo o desespero e frieza de seus olhos.

- Isso é justo para mim? - disse ela num tom de choro.

O homem a soltou e ajeitou os fios soltos sobre sua testa, como se estivesse acariciando um animal de estimação, e disse:

- No mundo dos adultos, não existe justiça. Ser quer justiça, então tenha poder o suficiente para exigi-la.

Ele deu tapinhas de leve em seu rosto, como se estivesse ensinando a ela lições de vida.

Estefânia esboçou um sorriso amargo em meio ao choro.

- Pois é, no mundo dos adultos, como poderia ter justiça? Tudo depende de seu poder. Se não tiver poder, não serei nada - murmurou ela.

- É bom que tenha entendido. - Aurélio respondeu a puxando para ele pela cintura. - Agora que tem minha criança dentro da sua barriga, mesmo que você goste de Reinaldo, terá que se conter.

Aurélio finalmente entendeu o desinteresse de Estefânia por ele. Ela gostava de tipos playboyzinhos como Reinaldo.

- Como Sr. Aurélio gosta de mandar nas pessoas. - Estefânia disse com o rosto triste ainda cheio de lágrimas. - Além de me forçar a ter uma criança para os Vargas, ainda tirou de mim os direitos de gostar de quem eu quiser.

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