A Espera Terminou! Olá, Meu amor! romance Capítulo 549

Naquela época, Francisco já tinha dezoito anos e cursava o último ano do ensino médio. Com a rotina acadêmica atribulada, ele há muito deixara de desperdiçar tempo e energia provocando a irmã mais nova.

Fazia muito, muito tempo desde a última vez que ele tinha importunado Bruna.

O ensino médio e o fundamental ficavam próximos. Naquele dia, após as aulas, Francisco foi com alguns colegas a uma livraria fora da escola para comprar materiais de apoio. Assim que saiu, ouviu o choro de uma garota vindo de um beco ao lado.

Quando foi averiguar, descobriu que a menina sendo intimidada era justamente sua irmã, o alvo constante de aborrecimentos.

Naquele instante, uma fúria incontrolável subiu-lhe à cabeça.

Francisco ficou furioso.

Como alguém ousava intimidar a irmã de Francisco?

Eram todos adolescentes, menores de idade; chamar a polícia só resultaria em uma advertência, sem consequências reais. No entanto, após Francisco ligar para a polícia, o caso chegou à escola e também a Vicente.

A escola garantiu que investigaria devidamente o caso de bullying contra Bruna, prometendo dar uma resposta satisfatória a Vicente.

À noite, ao voltar para casa, Francisco falou com Bruna num tom severo, frustrado com a situação: "Quando alguém te bate, por que você não revida?"

Bruna, com o olhar baixo, transmitia facilidade em ser intimidada. Sua voz soou baixa ao responder: "No começo eu revidei, mas eu estava sozinha contra várias. Não consegui vencer, e revidar só fez com que elas piorassem ainda mais comigo."

Francisco ficou ainda mais irritado, elevando o tom: "E por que não contou para algum professor ou para nossos pais?"

Havia ainda uma frase presa em sua garganta: “Por que não me contou?”

Nesse momento, ele percebeu, de repente, que o primeiro a intimidar Bruna tinha sido ele mesmo, Francisco.

De fato, Bruna ficou em silêncio por um instante e, quando falou, suas palavras o fizeram sentir um aperto doloroso no peito.

"Contar não adianta", Bruna respondeu, com os olhos baixos. "Quando você me importunava, eu também contei para a mamãe, mas ela nunca ficou do meu lado para me defender."