A Esposa Doce do Magnata romance Capítulo 59

O retorno que Jair recebeu era um pleno silêncio.

O homem baixou o vidro e pousou o olhar profundo nas paisagens recuando rapidamente fora da janela. De repente, o sol se escondeu por trás das nuvens e as paisagens se escureceram em um instante.

Acreditou nela completamente?

Ele tinha feito isso por mil vezes, mas nunca conseguiu ter a esperança de volta.

Lia, desta vez você deu sua sinceridade, ou uma mentira mais permanente?

Na avenida.

Eliana retirou o celular e mudou a observação do novo número do Grande Diabo.

Ela levantou a cabeça e viu o céu já nublado em algum momento. O ar também se tornou húmido e abafado. Em junho, o tempo pode mudar a qualquer hora. Parecia que chegaria uma tempestade.

- Tenho que ir praticar violino rápido.

Ela acelerou as pegadas rumo ao prédio de ensino musical. Quando acabou de chegar à entrada do prédio, saiu uma moça por acaso. Incapaz de controlar a velocidade, Eliana se chocou com a moça pesadamente, fazendo com que a moça caísse no chão.

Não dava tempo! Nesse instante tão curto, Eliana só podia, por instinto, esticar a mão agilmente para proteger a parte de trás da cabeça da moça. Depois, as duas caíram no chão juntamente.

- Ah!!!

Com um grande ruído, a moça soltou um grito dolorido. Em seguida, abriu os olhos abruptamente e viu um rosto, tão lindo como anjo, se ampliar na sua frente.

Depois, esse rosto angélico mostrou uma expressão confusa:

- Sílvia, porque é que você está aqui?

Olhando Eliana tão perto e ainda sendo salva por ela, Sílvia quase ficou conquistada por ela em um instante, embora fosse heterossexual.

- Eu...

Sílvia cobriu o coração, que estava batendo freneticamente. Por enquanto, até não conseguiu dizer uma frase completa.

Com isso, Eliana não tinha jeito e abanou a cabeça. Depois de se levantar primeiro, ela puxou Sílvia e perguntou seriamente:

- É horário de leitura matinal. Você é sempre obediente, mas porque escapou das aulas, ao invés de estudar na sala?

- Eu não escapei das aulas. Sou da estação de rádio da escola e vim ao prédio de ensino musical para fazer uma entrevista!

Sílvia voltou à realidade e explicou de imediato.

- Vai fazer entrevista no prédio de ensino musical tão cedo?

Apoiando o queixo com uma mão, Eliana fixou o olhar em Sílvia, cheio que descrença.

Mesmo no caso de aluno artístico, era raro ver alguém fazer práticas tão cedo no prédio de ensino musical. Afinal, faltava menos de um mês para o Exame Vestibular.

- Exatamente. Você não sabia que Vanda ganhou um grande prémio no estrangeiro e voltou para a escola?

Sílvia esclareceu às pressas. Por medo de que Eliana não acreditasse, ela ainda apontou para cima e pediu para Eliana ver.

Eliana levantou a cabeça e viu duas enormes bandeiras vermelhas penduradas no prédio de ensino musical.

- Boas Vindas a Vanda, Excelente Aluna da Nossa Escola que Ganhou o Prémio Prata do Grupo de Jovens da 6ª Edição de Prêmio Borboleta de Ouro! 

Vanda...voltou!

Eliana sentiu um forte choque no coração e apertou o punho subconscientemente.

Sem notar a estranheza de Eliana, Sílvia não se cansou de dizer:

- Dizem que o Prémio Prata de Prêmio Borboleta de Ouro é um grande prémio internacional. O reitor também ficou muito contente e mandou a estação de rádio fazer uma entrevista imediatamente. No intervalo de aulas hoje, será transmitida em circuito dentro de toda a escola!

- Emm... O Prêmio Borboleta de Ouro é sonho dos jovens praticantes musicais de todo o mundo. Ela conseguiu.

Eliana respondeu inconscientemente, enquanto as passagens com Vanda vieram à cabeça dela, especialmente o momento em que elas se romperam...

Na verdade, ela tinha levado uma vida muito fácil antes do falecimento da mãe. Além de dois irmãos mais velhos que a protegiam muito, tinha ainda uma amiga, com quem crescia juntamente desde no jardim infantil. Essa pessoa era Vanda mesmo, que considerava Eliana como sua irmã de sangue.

Porém, essa amizade, que todos invejavam, foi arruinada pelas suas próprias mãos...

Desde que Teodora se mudou para a família Miranda e andou na escola secundária S com ela, todas essas boas coisas mudaram. 

Na sua vida passada, Vanda tinha a lembrado que ambos Teodora e Frederico tinham problemas. Mas naquela altura, ela já tinha sido encantada por Teodora e Frederico, percebendo mal que Vanda mirava a prima e não desejava que ela alcançasse a felicidade.

Por isso, ela fez uma coisa, de que se arrependeu por duas vidas e até não necessariamente seria compensada com a reencarnação...

- Aliás, Eliana, parece que você conhece muito bem o Prêmio Borboleta de Ouro?

Sílvia perguntou sem pensar antes e só viu a expressão de Eliana depois de ter dito isso. Imediatamente, ela se arrependeu.

Eliana estava praticando violino agora e claro que tinha conhecimentos básicos musicais. Não se tratava de uma ofensa perguntando dessa forma?

Pensando assim, Sílvia ficou assustada com o rosto pálido e pediu desculpas às pressas:

- Eu não disse aquilo de propósito...

- Não precisa pedir desculpas. É tudo culpa minha. Tá, vá fazer leitura matinal rápido!

Com uma expressão solitária passando pelo rosto, Eliana a interrompeu antes de ela acabar as palavras.

- Emm... Tudo bem.

Sílvia fixou o olhar preocupado no rosto de Eliana. Ela queria dizer algo, mas acabou por se calar.

Ela se lembrou de repente de um episódio quando estava no 10° ano da escola secundária, em que Eliana parecia ter uma briga ou até luta acirrada com Vanda. Por fim, as duas se separaram radicalmente. O incidente provocou uma sensação em toda a escola.

A partir de então, elas nunca mais apareceram na frente da outra, nem se falaram uma palavra durante 3 anos.

Quanto à razão, ela estava imersa nos estudos naquela altura e todos os colegas cientes da situação evitavam falar sobre isso. Portanto, se tornou um mistério agora.

- Então, faça boas práticas de violino também e lembre almoçar a tempo.

- OK.

Eliana viu Sílvia sair e fez um longo suspiro. Somente então acumulou a coragem para ir ao prédio de ensino musical.

A sala de piano ficava no primeiro piso e a sala de prática musical, para onde ela queria ir, ficava no segundo piso. Não deveria se deparar com Vanda, pois não?

Pensando assim, Eliana se apressou para dentro.

Quando chegou ao corredor do primeiro piso, soou um trecho familiarizado de Amantes das borboletas na sala de piano, que atrasou as pegadas dela como se estivesse destinada a fazê-lo.

Eliana parou nas escadarias, escutando tranquilamente por muito tempo. Só torceu a boca de forma amarga depois de terminar a música.

- Vanda, você progrediu tão rápido! E eu, ainda estou parada no nível de 3 anos atrás...

Nesse momento, veio uma balada estrangeira animada da sala de piano. Eliana finalmente colocou os pés nas escadas, subiu para o segundo piso e entrou na sala de prática musical, em que não havia ninguém.

Ela abriu as janelas e respirou fundo. Depois de acalmar o sentimento, ela pegou o violino e tentou praticar uma canção atenciosamente.

Sem saber o porquê, ela tocou Amantes das borboletas.

Lá embaixo, a garota acabou de terminar uma canção, prestes a mudar a partitura. Ao ouvir vagamente essa melodia familiarizada, ela suspendeu a mão no ar, com uma expressão surpreendida no rosto.

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