- Não quero atendar.
Ela achou que não tinha nada a dizer com Rui, com o seu estado atual.
O telefone tocou por um momento e parou, e depois tocou de novo.
Dulce pestanejou seus olhos e decidiu por ela:
- Afinal, ele se oferece para você, provavelmente para te dizer algo. Você também deve dar uma chance a ele? Senão, é possível você entender mal ele e não falar com ele, que não terá até uma oportunidade de explicar o que está acontecendo né?
Pensando nisso, Dulce atendeu a chamada diretamente. Levantou-se, sob os olhos estáticos de Agatha.
- Olá, Sr. Rui, sou Dulce.
Agatha esbugalhou os olhos e reagiu por um pouco tempo, levantando-se para desdar o celular.
Dulce, no entanto, correu depressa para fora do quarto. Agatha quase não ouviu nada o que ela disse a Rui, só apanhando algumas palavras. Quando ela voltou, devolveu o celular.
- Espera aqui um pouquinho, e Sr. Rui vai vir a te buscar.
- Você pediu para ele vir aqui? - Agatha enrugou as sobrancelhas lindas. De repente, lembrou-se de algo, virou-se para pegar sua bolsa, e depois correu pela porta.
- Ora essa, o que está fazendo? Foi ele mesmo que falou que viria para te buscar e me pediu o endereço. Que aconteceu?
- Não quero encontrar ele.
- Disse para ele que você estava ferida e ele ficou ansioso. Agatha, talvez tenha de dar para ele uma chance de explicar! - Dulce tocou seus ombros, disse olhando fixamente para ela com seriedade.
Agatha olhou para ela sem brilho nem uma palavra.
No final, ela esperou por mais de uma dezena de minutos em casa de Dulce até que alguém tocasse a campainha. Quando Dulce foi abrir a porta, Agatha, sentada na sala de estar, escutou a voz de Pierre, - Desculpe.
A seguir veio a voz de rodas girando. Agatha pôde sentir a chegada de Rui, mesmo que não levantasse sua cabeça.
Ela não quis ver Rui, sentada com os olhos abaixados.
Provavelmente porque ela chorou e os olhos eram vermelhos, por isso tinha medo de vê-lo.
- Onde está ferida? - Assim que Rui entrou e a viu sentada sem levantar a cabeça, franziu suas sobrancelhas. Ele perguntou assim, sem se conter.
Agatha não disse nada nem ergueu a cabeça.
Dulce estava na entrada com Pierre, deixando todo o espaço para eles. Depois ela olhou para Pierre de lado, encolhendo os ombros.
Pierre apreciava cada vez mais Dulce. Esta moça está tão sensível e tanto apropriada de ser boa amiga de Agatha!
- Estou te perguntando.
Quando uma voz de homem baixa e fria com raiva veio de cima, Agatha percebeu que Rui já estava ao seu lado.
Com um instante de sobressalto, Agatha ergueu a cabeça, encontrando os olhos dele justamente.
Só era nessa altura que Agatha descobriu que, embora Rui estivessem com as pernas aleijadas, e sentado na cadeira de rodas, ele ainda era um homem tão alto, e agora ele ainda estava olhando para ela de cima, com os olhos escuros e profundos.
Entretanto, ao ver seus olhos vermelhos, Rui mudou de expressão em um instante, agarrando seu queixo:
- Já chorou?
Ele estava beliscando o queixo de Agatha com tanta força que ela grunhiu uma dor subconscientemente. Rui apertou as sobrancelhas e soltou a mão, e depois a abraçou em seu peito.
- Ah, o que quer fazer? - exclamou Agatha. Quando reagiu, já estava no braço de Rui.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A esposa recasada de Rui