A ex-mulher do CEO é uma médica de renome romance Capítulo 183

Karise soltou um suspiro pesado, assim que chegaram aos portões da mansão dos Henderson. Ela sentiu a mão de Keith apertando a dela e disse:

― Relaxe. ―

Enquanto se dirigiam para a garagem, Keith perguntou:

― Você quer voltar outro dia? ―

― Não! De jeito nenhum. Já é hora de conversarmos com seus pais, Keith. ― Karise virou-se para Kamila, que dormia profundamente no banco de trás do carro e disse: ― Não devemos atrasar mais isso. ―

― Obrigado, querida. Eu sei o quanto isso é difícil para você e posso sentir que você também está nervosa, mas aconteça o que acontecer, espero que você seja paciente. ― Sugeriu Keith.

Karise sorriu para o marido, dizendo:

― Querido, não me importo se seu pai me expulsar da casa. Vou te apoiar e até implorar a aprovação de seu pai, para que você possa passar um tempo com ele... Embora, eu certamente espero que ele não o faça. ―

Keith se inclinou e beijou os lábios de Karise, dizendo:

― Obrigado, querida. É por isso que eu te amo. ―

Depois de descerem do carro, entraram na casa e se acomodaram na sala, onde esperaram. Uma empregada foi informar os pais de Keith de sua chegada.

A próxima coisa que viram foi Helen correndo num corredor. No momento em que apareceu diante de Karise e Keith, a mulher se engasgou, então gaguejou:

― Keith, é você! ―

Diante de Keith, Helen parecia confusa. Ela recuou seus passos, chamando o marido:

― Charles! São Keith e Karise! ―

Keith e Karise estavam de pé. Karise segurava Kamila, quando finalmente, Charles apareceu diante deles. Ele era empurrado em uma cadeira de rodas e tinha os olhos arregalados, claramente em estado de choque.

― Pai... ― Keith chamou, suas sobrancelhas se encontrando, vendo o estado de degradação da saúde de seu pai. Kamila já estava com quatro meses, o que significava que ele não via Charles há um ano. Nesse tempo, claro que Keith pensou em seu pai, sim, mas, especialmente em sua mãe.

Depois que ele e Karise se casaram, ele secretamente perguntou sobre eles por meio das empregadas e do motorista da família. No entanto, recentemente, não conseguira mais nenhuma notícia. Assim, ver Charles em um estado tão lamentável partiu seu coração.

Helen rapidamente se aproximou de Keith e o abraçou, chorando ao revelar:

― Senti tanto a sua falta, Keith. Tanto. ―

Helen manchou o terno de Keith com lágrimas e pareceu a ele que sua mãe nunca mais iria deixá-lo ir. Até que a mulher disse:

― Sinto muito. Keith, sentimos muito! Por favor, perdoe-nos! Você veio aqui para nos perdoar, certo? Você veio? ―

Keith sabia que sua mãe lutava para decidir de que lado ficar, mas, no final das contas, não fez nada para se opor a Charles e isso contribuiu ainda mais para sua decepção com Helen. No entanto, ouvi-la pedindo perdão, o comoveu.

Ele engoliu o ar pela garganta, para não chorar. Suas mãos tremiam quando retribuiu o abraço da mãe, falando baixinho:

― Quanto tempo, mãe. ―

― Muito tempo. Muito tempo ― respondeu Helen. Ela olhou para Keith com os olhos inchados, segurou seu rosto e disse: ― Obrigado por vir aqui. ―

Só então, a mãe de Keith se virou para Karise e disse:

― E obrigado, Karise, por nos dar essa chance. E minha neta! Minha neta! ―

Helen estava tão emocionada que Keith teve que acalmá-la. Por isso, a abraçou novamente, dizendo:

― Não vamos a lugar nenhum, mãe. Você pode ficar o tempo todo com Kamila. Não se preocupe. ―

A mãe de Keith chorou contra seu peito e só se acalmou depois que uma criada trouxe água para ela.

Enquanto tudo isso acontecia, Keith viu como a enfermeira havia empurrado seu pai para o pátio. Seu pai estava com os olhos marejados, mas não dissera nada.

― Charles! Charles! ― Helen chamou. ― Nosso filho está aqui. Onde você está indo? ―

A enfermeira parou, mas Charles estava ofegante e apontou para o pátio. A enfermeira não teve escolha a não ser orientar o pai de Keith, dizendo:

― Acho que o senhor Henderson precisa de mais ar. ―

Enquanto isso, Helen se voltou para Karise e Kamila, falando com a nora:

― Karise, ela é tão bonita. ― E levantando as mãos, perguntou: ― Posso? ―