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A ex-mulher do CEO é uma médica de renome romance Capítulo 32

― Mamãe, com quem eu pareço? ― Lucas repetiu.

― Com quem você se parece? Ué? Você é único! O menino mais bonito da Escola de Warlington, Lucas Scott! ― Foi Keith quem respondeu. ― Às vezes, você não tem um sósia porque é simplesmente único. Vamos lá, me diga. Quem é o menino mais gostoso do pedaço? ― acrescentou Keith.

Lucas começou a rir freneticamente, enquanto falava:

― Você é bobo, tio Keith. ―

Keith continuou, elogiando Lucas e apontando suas qualidades únicas até que a pergunta inicial do menino fosse esquecida. Enquanto isso, do outro lado de Keith, Shantelle, murmurou:

― Obrigada. ―

Os Scott tiveram um jantar adorável com Keith e Eleanor se ofereceu para colocar Lucas para dormir, enquanto Shantelle conversava com Keith, sentados em um banco, no jardim da mansão.

Ambos bebiam chá quando Keith percebeu o silêncio de Shantelle. Ela escutava tudo o que o homem dizia, mas mantinha o olhar distante.

― Você está pensando em dizer a Lucas com quem ele se parece? ― Keith perguntou.

Shantelle murmurou alguma coisa, enquanto massageava a nuca. Ela tomou um gole de chá quente e gentilmente colocou a xícara sobre a mesa. Então disse:

― Caramba. Como as coisas puderam ficar tão complicadas? Não faço a menor ideia de como lidar com isso. ―

Ela pensou sobre o assunto logo após dar à luz, mas com o tempo, Shantelle se afogou em seus estudos e no programa de bolsas de doutorado, e a ideia foi se desvanecendo. Quando finalmente conseguiu a residência no hospital, seu tempo ficou mais limitado ainda.

Seu tempo como médica era valioso e adicionar Evan à equação era outra tensão potencial com a qual não queria lidar. Infelizmente, as coisas estavam mudando. Lucas ficava consciente da ausência de um pai e de tempos em tempos a cirurgiã se pegava pensando: 'O que eu vou fazer?'

Ela suspirou e argumentou:

― Se eu contar a Evan, ele pode vir aqui e descobrir sobre você... ―

― Certo, ou ele pode não se importar ― sugeriu Keith.

Shantelle ficou em silêncio, sem manifestar nenhuma reação facial que sugerisse como se sentia sobre a declaração de Keith, mas respondeu:

― Certo. Isso tornaria as coisas muito mais fáceis. ―

― Shants ― disse Keith. Ele se aproximou e olhou nos olhos dela. ―Eu estive com você e apoiei você ao longo de seus empreendimentos. Estive aqui por você e Lucas, e continuarei a fazer o mesmo. Não importa o que aconteça, estarei aqui para você. ―

Ele se engasgou e complementou:

― Mas você sabe o que eu sinto por você, certo? Você me dará uma chance de estar com você? Eu não tenho um lugar em seu coração além de ser apenas seu amigo? ―

Shantelle piscou. Não era a primeira vez que Keith mencionava seus sentimentos por ela. Também não era a segunda vez. Aparentemente, ela era a pessoa por quem Keith estava apaixonado todos esses anos. O amor era realmente um sentimento muito irônico.

Entretanto, Shantelle não tinha muito que considerar seus sentimentos pelo homem. Depois da experiência com Evan, havia entendido que o amor não podia ser forçado. Shantelle não conseguia amar Keith.

Depois de um momento de silêncio, Shantelle disse:

― Keith. Você é uma ótima pessoa e agradeço por toda a ajuda que deu a mim e à minha família. ― Então, colocou a mão onde estava o coração e explicou: ― No entanto, prometi a mim mesma amar apenas Lucas. Só abrirei meu coração para meu filho e mais ninguém. Amo meus pais, naturalmente. Cuido de você como um amigo, mas não me vejo romanticamente com outro homem. Na verdade, aprendi que os relacionamentos me impedem de alcançar meus objetivos na vida. ―

Depois de alguns segundos de silêncio, ela sorriu e disse:

― Você poderia dizer que estou comprometida com meu filho e casada com minha carreira. Keith, por favor, não me odeie ― Shantelle concluiu: ― Mas, outra pessoa merece o seu amor. Essa pessoa não sou eu. ―

― Droga, o que aconteceu com Shanty? Quando ela ficou com o coração frio? ― comentou Keith, brincando. Ele passou a mão no peito e sugeriu: ― Você está perdendo as coisas boas. ―

Shantelle sorriu. Era isso que ela apreciava em Keith. Apesar de ser rejeitado, ele sempre dava um jeito de reverter a situação. Ela riu e respondeu:

― Você me conhece desde que eu era jovem, mas está me dando o incentivo errado. Não gosto de coisas quentes. ―

― Mamãe! É hora de dormir! ― Lucas saiu para o pátio, animado com a ideia de Shantelle colocá-lo na cama.

― Ah, tio Keith! Você já vai? Me empresta seu telefone? Quero mostrar à mamãe o jogo que instalei! ― Lucas disse, estendendo a mão em sua direção.

― Ah sim! Aquele da última vez... ― lembrou Keith, antes de pegar o telefone e abri-lo. Ele deu a Lucas então depois.

― Aqui, mamãe? Quero instalar esse jogo no meu tablet ― disse Lucas, enquanto mostrava o telefone de Keith.

Shantelle controlava todos os aplicativos que Lucas tinha em seu tablet. Sempre que o menino queria baixar um novo jogo, o aparelho exigia uma senha, uma que apenas Shantelle conhecia.

― Oh, fatos diários, hein? Legal! ― Shantelle sorriu e disse: ― Claro, vou instalar. Boa escolha. Vai ampliar seus conhecimentos. Agora, devolva o telefone para seu tio. ―

― Sim! Sim! ― Lucas ficou tão empolgado que descuidadamente devolveu o telefone de Keith, jogando-o em sua direção. ― Tio, pega! ―

Infelizmente, em vez de o aparelho viajar até a mão de Keith, aterrissou em um jarro de água que a empregada havia servido, caso Keith e Shantelle precisassem.

O telefone afundou lentamente no recipiente, enquanto os olhos de Keith se arregalavam. O coração de Shantelle disparou.

Não era típico de Evan ficar chateado, mas quando se tratava de quebrar sua regra número um, seu humor sempre azedava.

― Senhor, eu juro que disse, uma centena de vezes, mas ela insistiu que queria precisão em seu relatório e, portanto, preferia apresentar pessoalmente. ― James respondeu, nervosamente.

O nariz de Evan se alargou de irritação e ele respondeu friamente:

― Tudo bem. Diga a ela para se apresentar na porta. ―

Quando a senhorita Dones entrou no escritório, sorriu para Evan. Seus olhos brilharam com entusiasmo, desde que entrou na empresa, aquela era a primeira vez que via o CEO de perto

Ela caminhou até Evan, mas ele a deteve, dizendo:

― Não precisa entrar. Diga o que tem a dizer, aí da porta mesmo! ―

A porta ficava a cerca de doze metros da mesa de Evan. A mulher não entendeu a ordem esquisita, mas, ainda assim, sorriu e começou:

― Tenho o prazer de informar que as despesas caíram desde que assumi o departamento financeiro... ― Demorou dez minutos para a executiva terminar seu relatório e quando acabou, sentiu como se tivesse perdido a voz.

― Dê o documento a James e eu o revisarei mais tarde ― instruiu Evan, sem comentar mais nada.

― Oh. ― De repente, a mulher ajeitou as roupas em um movimento que acabou revelando seu decote. Então disse: ― Não posso apenas entregar para você? ―

Ela andou tão rápido que Evan não teve tempo de chamar James.

― Fique aí, senhorita Dones. Fique! ― Apesar do aviso de Evan, a mulher não recuou. Pior ainda, ao chegar à mesa de Evan, ela pareceu tropeçar, caindo no chão e choramingando. ― Hum... eu machuquei minha perna! ―

Evan primeiro ordenou que James entrasse. Então, se levantou de seu assento e caminhou até parar perto de Dones. A mulher olhou para ele, com olhos de cachorrinho, e estendeu a mão. Do ângulo que estava, sabia que Evan teria uma visão privilegiada de suas curvas.

― Você pode me ajudar, senhor Thompson? Por favor? ―

James entrou e Evan olhou para seu assistente. Então ordenou:

― James, o que eu disse a você? Esta mulher quebrou a regra número um! Faça o favor e a demita, imediatamente! ―

Seis anos atrás, Evan Thompson implementou sua regra número um. Ele fez todos os seus funcionários entenderem isso e assinarem um acordo com o contrato.

A regra número um era de que nenhuma mulher fora de sua família poderia se aproximar dele a menos de três metros.

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