A filha do meu padrasto romance Capítulo 17

O Rodrigo não conseguia mais nem disfarçar o quanto a minha presença o incomodava.

Apesar de saber que o fato dele ficar longe era o melhor pra nós dois, nossos pais já estavam percebendo a mudança no comportamento dele.

Assim que ele saiu pra jantar na casa do Demétrio, começou o interrogatório na mesa.

Laura: Você sabe o que o Rodrigo tem?ele tá estranho.

- Não sei, não vi ele o dia todo.

Pyter: Também notei isso, você realmente não sabe filha?

- Ele deve ter brigado com a namorada dele, sei lá.

A Laura me olhou com desconfiaça, mas não falou mais nada.

Terminamos de jantar, e depois conversamos sobre a viagem deles, que me rendeu boas gargalhadas.

É tão bom ver o meu pai feliz, sem aquele peso que ele carrega com as responsabilidades do trabalho.

Ele trabalhava tanto, que esquecia de se divertir, de viver a vida.

A Laura com certeza estava fazendo um bem danado a ele.

Fui pro meu quarto e pesquisei outras faculdades que eu iria visitar ao longo da semana.

O período do vestibular iria começar, e eu precisava me decidir.

Quando me dei conta, já tinha passado bastante tempo.

Fui tomar banho e escovar os dentes, depois deitei na cama esperando que o sono chegasse.

O que não chegou tão cedo.

Existia algo dentro de mim que não estava se encaixando.

Eu não pensava no Rodrigo com raiva, eu pensava nele com outro sentimento que eu não sabia definir o nome.

Eu sabia que me apaixonar por ele seria um enorme erro, e algo impossível de ser vivido.

Eu teria que investir no Diego, pois ele parecia ser um cara legal, e combinava perfeitamente comigo, e talvez ele tiraria o Rodrigo da minha cabeça.

Os pensamentos estavam embaralhados, quando o sono finalmente resolveu chegar.

Amanheceu, e eu tive a surpresa de encontrar o meu pai e a Laura no café da manhã, o que era estranho ao mesmo tempo, pois eles sempre saíam bem cedo.

Nós estávamos conversando sobre o início das obras da empresa do meu pai quando o Rodrigo apareceu.

Quando a Laura o chamou pra merendar, ele pareceu um pouco relutante, mas aceitou, acredito que pelo fato de ser raro merendarmos todos juntos.

A conversa mudou de rumo com a chegada do Rodrigo, e eu fiquei extremamente perdida quando o meu pai falou sobre a mudança do Rodrigo, sobre o bairro que ele gostaria de morar.

- Que mudança? Que bairro? Desde quando ele estava planejando se mudar? Várias perguntas apareceram na minha mente.

Eu o encarei, na tentativa de ver nos olhos dele as respostas pra todas essas perguntas.

Eu fiquei totalmente em choque quando ele disse pra mãe dele que era preciso, e olhou pra mim, deixando claro que o motivo era eu.

Eu não consegui esconder o quanto eu fiquei magoada e triste ao constatar isso, eu simplesmente pedi licença e levantei da mesa.

Eu fui pro meu quarto sem conseguir nem segurar o choro, meu rosto já estava todo molhando quando finalmente cheguei nele.

Deitei na cama e extravasei o que estava guardado dentro de mim.

Eu não conseguia entender o porque isso me afetou tanto.

Eu estava me sentindo rejeitada.

Mas não foi isso que falei pra ele? Que me afastaria?

Mas não foi eu mesma que mandei ele ir atrás da namorada dele?

Não foi eu que disse pra ele esquecer que um dia tivemos algo?

Porque isso estava me deixando tão arrasada?

Eu não podia sentir nada por ele. Não depois dele dizer na minha cara que tudo o que aconteceu foi uma grande merda.

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