A Fugida da Luna Grávida romance Capítulo 6

(Ponto de vista de Ashley)

Cinco anos mais tarde.

Eu nunca tinha ficado tão nervosa sentada em um avião. Não era pela leve turbulência ou até pelos passageiros ao meu redor na classe executiva, olhando para mim como se me conhecessem.

Esses sentimentos não eram nada em comparação ao que eu iria passar nos próximos dias.

Claro que eu poderia dar um jeito nos meus sentimentos com um feitiço simples. "Um feitiço simples?", eu disse, sorrindo sozinha.

Nos últimos cinco anos, tenho praticado minha magia muito além de feitiços simples. Estudei tudo o que podia ser estudado para me tornar uma bruxa, pelo menos, tão poderosa quanto a Rainha de Averna.

Minha avó, a qual eles chamavam de Rainha dos Seres Paranormais. Eu queria ser mais forte do que ela para que ela nunca conseguisse controlar a minha vida.

Bufei ao pensar nisso.

Uma família deveria proteger as suas crianças. Mas minha família praticamente me temia e achei que eles desejavam que eu nunca tivesse nascido.

Olhando para o menino sentado ao meu lado, sorri. Ele era um menino tão bonito e forte. Meu menino. Eu não vou deixar que nada de mal lhe aconteça. Ele era tudo que eu poderia chamar de família.

"Mamãe, por que você tá me olhando assim?", ele perguntou e segurou minha mão com seus dedinhos. Aproximando a cabeça de mim, ele sussurrou: "Você tem medo de voar?"

Dei uma risadinha e segurei a mãozinha dele com força para responder: "Com você do meu lado, Teddy, não tenho medo de nada."

Ele assentiu com a cabeça e sorriu para mim, deixando suas covinhas à mostra: "Não se preocupe, mamãe. Sou um menino grande agora. Eu vou te proteger."

"Menino grande, hein?", beijei as mãos dele e o coloquei em seu assento com seu cobertor e ursinho de pelúcia favorito, que ele chamava de Kiko. Às vezes, eu o ouvia falar com o Kiko.

Lembrando do que aconteceu há cinco anos atrás, suspirei.

Fui para o exterior logo após aquela noite inesquecível com o homem que tirou a minha virgindade. Uma noite que me deixou inesperadamente grávida.

Eu conseguia me lembrar dos pensamentos que tive de abortar meu bebê naquela época. Com vinte anos, eu não estava pronta para ser mãe, principalmente morando sozinha em uma cidade distante da minha casa em Averna. Larguei tudo o que eu tinha para começar uma vida nova. Uma vida livre das correntes e do controle da minha família.

O destino me levou a conhecer um médico gentil que me convenceu a ficar com o bebê. Ele disse que, provavelmente, aquela era a minha única chance de ter um. Eu tive complicações. Sentir dor, houve agonia e insegurança durante os nove meses de gestação.

Mas valeu a pena. Teddy nasceu para o mundo, perfeitinho.

Ele me deu um propósito para viver essa vida cruel que parecia me odiar tanto. Nunca me arrependi de ter dado à luz o Teddy. Ele foi o melhor presente que Deus me deu.

Meu pequeno anjo da guarda.

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