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A garota errada e a garota injustiçada romance Capítulo 138

Abraham enxugou as mãos e começou a preparar o prato pra Stella, observando aquele rostinho emburrado.

Soltou uma risada baixa. “Não tá com vontade de comer?”

Stella olhou pra panela, depois pra tigela já cheia de molho, e assentiu com firmeza. “Vou comer.”

Já tinham passado por toda a encenação da sopa, não tinha mais como dar pra trás agora.

Além disso, ela nem tinha comido muito no almoço; a fome estava batendo.

O sorriso no canto dos lábios de Abraham se aprofundou quando colocou um pedaço de carne recém-cozida na tigelinha dela.

Stella pegou e enfiou na boca, mordendo com força. Pelo jeito que estava triturando a comida, dava pra ver que estava descontando a frustração na refeição.

Mas assim que sentiu o sabor, a cara emburrada desapareceu. “Tá até que gostosa.”

O tempero, especialmente, era diferente de tudo.

Abraham perguntou: “Boa?”

Stella assentiu. “É, tá boa, muito boa.”

A decepção sumiu completamente do rosto dela. Pela primeira vez, percebeu que uma sopa sem pimenta também podia ser gostosa.

O clima na mesa ficou instantaneamente mais leve e aconchegante.

....

Enquanto isso, do outro lado da cidade, no Grupo Parker, Louis tinha acabado de voltar da sala de reuniões pro escritório quando, do nada, sentiu um calafrio.

Virou-se pra Valery e disse: “Aumenta o aquecedor. Esse tempo mald*to tá ficando cada dia mais frio.”

Ela fez uma cara confusa. “Frio?”

Não sentia nada de errado.

Louis olhou pra roupa social fina que ela usava. “Você não tá com frio?”

Valery respondeu: “Tô bem. Será que o senhor não pegou um resfriado?”

De fato, ela não sentia nenhum frio, o aquecedor do escritório estava sempre no mesmo nível. De onde vinha esse arrepio?

Louis resmungou: “Eu não pego resfriado.”

Valery assentiu, encerrando o assunto. Tudo bem, se ele diz que nunca fica resfriado, então tá.

Ela se virou pra organizar os documentos que tinham acabado de chegar.

Louis se sentou na cadeira, mas antes que pudesse relaxar, o celular começou a vibrar sem parar. Ele deu uma olhada, era o Alex.

“Você cuidou daquele anel?”

“Já tá feito. Amanhã mando alguém levar até você.”

Desligou na hora.

Depois, começou a vasculhar todas as gavetas do escritório, de cima a baixo, mas a caixa do anel não estava em lugar nenhum.

Valery bateu na porta e entrou. “Sr. Louis, esses documentos precisam ser assinados agora, todos são urgentes.”

Louis perguntou: “Quando você arrumou meu escritório, viu o anel que eu trouxe anteontem?”

“Anel? O senhor não entregou pra Sra. Dawson?”

Louis congelou. Como assim?

Valery não sabia pra que era o anel, mas tinha visto ele levar até a Stella.

Ele tinha dito que era um presente de desculpas.

Então, quando ele entregou, Valery achou estranho, mas o que se passava na cabeça do chefe não era da conta dela.

A expressão de Louis mudou bruscamente ao ouvir aquilo. “Eu dei pra Stella?”

Valery confirmou com a cabeça. “Sim, o senhor entregou pra Sra. Dawson.”

Louis ficou pasmo. Tô lascado.

A lembrança de ter empurrado teimosamente aquela caixinha nas mãos da Stella veio como um soco no estômago; ele levou a mão à testa, em puro desespero.

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