A garota errada e a garota injustiçada romance Capítulo 699

O rosto de Dan estava completamente fechado.

Seus punhos cerrados ao lado do corpo, e tudo o que conseguia pensar era em arrancar os dentes de Marie um por um.

Principalmente ao lembrar de como a atitude dela com ele tinha mudado por causa de Derrick e Tessa—aquilo fazia seu sangue ferver.

“O que aconteceu com o seu rosto?” ele disparou para Conan.

Dan não era o único com cara de quem tinha passado por um furacão. Conan estava com um olho roxo—bem visível.

Um soco na cara.

E ali estavam eles, em Noctarth—território do Pacto Cinzento. Mesmo assim, tanto o líder quanto seu braço direito pareciam ter saído de uma briga de rua.

O rosto de Conan se contraiu. “Uma mulher me bateu.”

Ele rangeu os dentes.

Sophia—ela veio aqui com Marie. Uma das pessoas de Marie.

Conan vivia em Noctarth há anos sob a proteção de Dan. As pessoas abaixavam a cabeça quando o viam. Chamavam-no de “Irmão Conan” por onde passava.

Nunca tinha passado por tamanha humilhação—levar um soco na cara como um marginal qualquer.

Dan ficou em silêncio.

Uma mulher?

No instante em que percebeu que Conan tinha apanhado de uma mulher, sua expressão ficou ainda mais amarga.

Lançou um olhar cortante para Conan. “Inútil. Não consegue lidar nem com uma mulher?”

Conan se calou.

Você também, pensou amargamente. Você não consegue lidar nem com a Marie.

Enquanto isso, Marie e Sophia tinham transformado o domínio de Dan em um verdadeiro caos. Mas, não importava o que fizessem, Dan se recusava a deixá-las sair.

Falando de forma clara—

Dan estava esperando por uma coisa: queria que Marie assinasse o acordo de divórcio com Derrick.

Sophia suspirou. “Tentamos. Não conseguimos sair.”

Havia decepção em sua voz.

Em qualquer outro lugar, elas circulavam livremente. Mas ali? Dan tinha transformado aquele lugar em uma fortaleza.

Marie apertou o peito e empalideceu. Sophia perguntou rápido: “O que houve?”

“Só enjoo,” murmurou Marie. “O sangue daquele desgraçado é nojento.”

Sangue não era novidade para Marie. Ela já tinha visto muito ao longo dos anos.

Então por que o de Dan a deixava tão enjoada? Ela quase vomitou o fígado no banheiro mais cedo.

Sophia ficou em silêncio.

Ela não entendia. Sangue era sangue—para ela, todos tinham o mesmo cheiro.

“Procurei a Tessa também. Não há sinal dela aqui. Deve estar em outro lugar,” relatou Sophia.

Meu Deus, por favor não.

“Então provavelmente não foram eles,” concluiu Marie.

Sophia assentiu. “É, provavelmente não.”

Marie franziu a testa. “Então quem diabos levou a Tessa?”

Ela estava ficando furiosa de novo.

Sophia hesitou. “Será que… foi o Sr. Victor?”

Se não foi um inimigo, a única possibilidade real era Victor.

“Victor?” Marie piscou. “Não faz sentido. Se ele quisesse a Tessa, por que não pediria pra mim? Por que agir pelas sombras?”

Quando ela disse “pelas sombras”, Sophia pareceu não saber como responder.

“Não acho que Victor seja esse tipo de pessoa,” disse Marie com firmeza.

Para ela, Victor era um homem de princípios. Se quisesse alguém morto, faria isso abertamente, cara a cara.

Esse tipo de homem não fazia coisas pelas costas.

Sophia a encarou por um momento e suspirou. “Talvez só esteja testando as águas?”

Depois de tudo que passaram, Sophia não confiava mais em ninguém.

Principalmente com Dan—ela tinha até procurado nas celas subterrâneas mais escondidas do castelo. Nada. Nenhum sinal de Tessa.

A essa altura, ela tinha que considerar a possibilidade de que Tessa… talvez nem estivesse nas mãos de Dan.