Os dois finalmente chegaram à Delegacia do Distrito Central em dez minutos.
Stella estava sendo interrogada naquele momento.
“Te denunciaram por envenenamento. Que tipo de veneno você usou?”
Ignorando-os, Stella respondeu: “Estou esperando por Abraham.”
Ela já estava ali há cerca de vinte minutos. Não importava como os policiais a interrogassem, Stella apenas respondia firmemente: “Esperem pelo Abraham.”
Isso os enfureceu tanto que um dos policiais até bateu uma caneta com tudo na mesa.
“Mesmo que o próprio presidente apareça, você tem que falar. Esperando por Abraham? Chega de conversa fiada, e fale agora!”, o policial rugiu.
De repente, a porta da sala de interrogatório foi aberta com força. Esse estrondo enorme assustou todos lá dentro e seus corações dispararam.
Enquanto olhavam para a porta, o chefe da polícia e um homem de porte imponente apareceram.
Ao verem que o chefe havia aparecido, os dois interrogadores se entreolharam, levantaram-se respeitosamente e disseram: “Chefe.”
Com uma expressão severa, o chefe olhou para os dois e perguntou: “Vocês têm as provas?”
Os interrogadores permaneceram em silêncio.
Como alguém havia relatado um caso, era natural que trouxessem a pessoa envolvida até a delegacia para buscar explicações.
Então, os homens responderam: “Não.”
O chefe então os questionou: “Como vocês podem prender pessoas sem possuir provas?”
Ambos os interrogadores congelaram e um respondeu: “Não, chefe. Nós somos apenas…”
“Apenas o quê? Foi assim que eu os ensinei a fazer o seu trabalho?” O chefe os atacou sem piedade.
Três minutos depois, ele se virou e olhou para Abraham com total respeito, dizendo: “Sr. Abraham.”
Abraham examinou a sala friamente e se aproximou de Stella.
Stella se levantou e o chamou: “Abraham.”
O rapaz a olhou de cima a baixo e perguntou: “Eles te deram trabalho?”
Os interrogadores que foram repreendidos puderam sentir claramente a sua aura imponente enquanto o olhavam com curiosidade.
Será que esse é o tal Abraham que ela disse para esperar? Esse cara com certeza se parece com o próprio presidente!
Ambos os policiais pareciam aflitos.
Stella respondeu: “Se você tivesse chegado um pouco mais tarde, esses dois provavelmente iriam me bater.”
Tanto o chefe quanto os interrogadores ficaram em silêncio por um momento.
Ao ouvirem isso, os três congelaram.
De repente, um interrogador disse rapidamente: “Sra. Dawson, não pensamos em bater na senhora.”
Não nos acuse de nada que não fizemos!
Stella retrucou: “Você quase jogou sua caneta em mim!”
O silêncio se instaurou no lugar novamente.
Sim. Admito que bati com a caneta, mas foi na mesa!
Não! Espere aí, quando a caneta quicou mais cedo, pareceu cair em cima dela.
Droga! Agora não tenho como explicar isso!
Os interrogadores pensaram: Não temos ideia de quem seja essa pessoa, mas até o nosso superior já tomou uma decisão.
Esse cara me abraça sempre que tem vontade. Isso é apropriado?
Em um tom frio, Abraham perguntou: “Achei que você tinha dito que ia se divertir. É isso que você quer dizer com diversão?”
Ele não se opôs à ideia dela de se divertir. Mas se meter em encrenca era algo que o mesmo não queria ver.
Stella alegou: “Foi só um acidente.”
Como achou que Lillian estava fingindo, ela nunca imaginou que a mesma acabaria no pronto-socorro por tossir tanto sangue.
Nesse ritmo, ela poderia não conseguir sair do hospital ao anoitecer.
Apertando sua cintura com mais força, Abraham perguntou: “Quantos supostos acidentes como este ocorreram durante esses anos?”
Stella ficou sem palavras.
Eventos como esse já haviam acontecido muitas vezes. No momento em que algo desse errado com Lillian, todos viriam atrás dela sem qualquer justificativa.
No hospital, Lillian estava fora de perigo.
Ela foi levada de maca para sua enfermaria, pálida e apática.
Susan estendeu a mão para o lado dela e se desculpou: “Lillian, me desculpe. Como eu acabei dando à luz uma coisa dessas?”
O médico seguiu atrás e disse: “Também fizemos uma lavagem estomacal na Sra. Lillian, e o exame de sangue mostra que ela está de fato levemente envenenada. Mas, não se preocupe. Está tudo bem agora.”
“Então, Stella realmente a envenenou?”, Susan perguntou.
Sabendo que havia traços de veneno no sangue de Lillian, a mulher não conseguiu mais conter suas emoções já agitadas.

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