A Herdeira Desconhecida: A Saga de Viviane Vieira romance Capítulo 109

Guilherme Galvão virou a cabeça para olhar a jovem ao seu lado. A delegacia estava movimentada, mas a expressão despreocupada ainda residia no rostinho pálido da menina.

Não dava para perceber nenhuma emoção.

A habilidade de esconder seus sentimentos era o verdadeiro sinal de uma pessoa cujas emoções não transpareciam.

Ele foi à frente e abriu a porta do passageiro.

Um gesto que parecia muito cavalheiresco.

Mas o Delegado Antônio, ainda de pé na entrada observando a partida deles, estava secretamente chocado.

Quem era Guilherme Galvão?

O homem no comando da Família Galvão de Belo Horizonte, o presidente do Grupo Galvão.

E a Família Galvão, tanto na política quanto no comércio, estava no topo do poder e da riqueza.

O avô de Guilherme Galvão, o ex-primeiro-ministro do país A.

O pai de Guilherme Galvão, atualmente ministro da Segurança Nacional do país A.

Se Guilherme Galvão vivesse nos tempos antigos, ele seria um filho de chanceler, com um status altamente distinto.

Um aristocrata de tal estatura se rebaixando tanto para agradar uma adolescente, se não fosse por um valor imenso nela, ele jamais faria algo tão humilde.

E isso nem era o mais surpreendente.

O mais surpreendente era que a garota chamada Viviane Vieira parecia ainda não estar ciente da identidade de Guilherme Galvão.

Sua atitude em relação a ele era até um pouco fria.

Se fosse uma outra mulher.

Não se sabe o quão lisonjeada ela estaria.

Guilherme Galvão abriu a porta do carro e, depois de observar que Viviane Vieira tinha entrado lentamente e colocado o cinto de segurança, contornou o carro para sentar-se ao volante.

*

Depois de entrar no carro.

Com um olhar de relance para Viviane Vieira apertando o cinto, Guilherme Galvão deu a partida.

Ele dirigia devagar.

As várias vilas de Guilherme Galvão, a mais barata custava cinquenta milhões.

Ele não perguntou a Viviane Vieira o que ela ia fazer lá, vendo a garota com os olhos fechados e dedos pressionando as têmporas, ele se inclinou para frente e colocou uma música.

Era uma melodia muito suave.

Que podia acalmar uma mente agitada rapidamente.

Quando Guilherme Galvão estava de mau humor ou não conseguia dormir à noite, ele costumava ouvir aquela música.

A jovem, que inicialmente fechou os olhos para descansar, de repente os abriu, um lampejo de surpresa passou rapidamente por seus olhos escuros e brilhantes, ela virou a cabeça e olhou com um olhar um tanto estranho para o homem bonito e distinto ao seu lado.

Guilherme Galvão sempre prestava atenção na pessoa ao seu lado.

Quando Viviane Vieira o olhou, ele logo soube.

"O que foi? A música te incomodou? Se sim, eu posso desligar."

"Não." Viviane Vieira balançou a cabeça, olhando para ele outra vez com aquele olhar peculiar. Apertou os lábios e, após alguns segundos, finalmente disse: "Essa música soa um pouco diferente. Eu nunca a tinha ouvido antes."

"Você também acha essa canção especial?" Guilherme Galvão curvou levemente os lábios em um sorriso. "Você não a conhece porque poucas pessoas têm conhecimento sobre ela."