A Herdeira Desconhecida: A Saga de Viviane Vieira romance Capítulo 158

Guilherme Galvão baixou o olhar para a jovem ao seu lado que mantinha um ar sereno diante das indagações daqueles senhores mais velhos. Ela não disse nada em sua própria defesa, apenas manteu seus olhos escuros ligeiramente baixos, com um sorriso nos lábios, como se fosse uma espectadora distante da situação.

Isso acabou fazendo com que os idosos parecessem estar criando uma situação sem necessidade.

"A habilidade médica está de certa forma relacionada com a idade, mas a idade não é o único fator determinante para avaliar a competência médica de alguém." Guilherme Galvão lançou um olhar frio aos homens, e embora sua voz fosse suave, havia uma força inquestionável em seus olhos penetrantes, ele disse com calma, "Sra. Viviane cuidará do diagnóstico para o meu avô. Aqueles que estiverem dispostos a colaborar podem ficar; os que não estiverem, podem sair."

Quando ele terminou de falar, os velhos que ainda murmuravam calaram a boca imediatamente.

O silêncio se fez na sala.

No fim das contas, mesmo que tivessem suas próprias opiniões, aquele era o território da Família Galvão.

E a Família Galvão era quem tinha a palavra final em sua própria casa.

Se o próprio neto confiava plenamente naquela jovem para tratar seu avô, o que eles, meros estranhos, poderiam dizer?

Todos acharam a situação absurda e, por orgulho próprio, ninguém levou Viviane Vieira a sério, tampouco queriam ficar e colaborar com ela.

Eles, grandes figuras da medicina, deveriam auxiliar uma garotinha?

Brincadeira, eles pensaram que ela não suportaria a pressão.

Antes que pudessem recusar educadamente, ouviram uma voz serena e agradável soando indiferente: "Não preciso de assistência. Apenas não façam barulho e não me interrompam durante o tratamento."

Viviane Vieira falou e se aproximou da cama do paciente.

Na grande cama de jacarandá, jazia um homem de cerca de sessenta anos.

Viviane Vieira tinha um diagnóstico preliminar em mente.

Ela virou e falou com Guilherme Galvão, que estava atrás dela: "Você me disse que seu avô entrou em coma após um acidente de carro por causa de um trauma nos nervos do cérebro, certo?"

Guilherme Galvão assentiu: "Sim."

"O trauma nos nervos é uma parte do problema. Outra razão muito importante para o coma prolongado do seu avô é envenenamento." Viviane Vieira tinha acabado de examinar várias partes do corpo do vovô Galvão, e todas, sem exceção, mostravam um tom azulado anormal.

Era um sinal clássico de envenenamento.

"Envenenamento?" Ele ficou surpreso.

"Sim." Viviane Vieira assentiu, com uma voz serena, "E parece ser um veneno crônico. Acumulado ao longo dos anos até um nível crítico e, com um fator desencadeante, eclodiu."