A Herdeira Desconhecida: A Saga de Viviane Vieira romance Capítulo 296

No carro.

Guilherme Galvão lançou um olhar para a jovem que, desde que entrou, permanecia em silêncio, observando pela janela, e seus olhos profundos se estreitaram levemente.

"Essa é sua família? Eles tratam os não-sangues melhor do que você, não é?"

Embora Viviane Vieira parecesse completamente indiferente.

Desde o momento em que entrou no carro, ela permaneceu em silêncio.

Guilherme Galvão observou a jovem delicada ao seu lado. Seu perfil era requintado, as curvas de seus cílios eram atraentes, seu nariz era alto, mas delicadamente bonito, e ela se parecia muito com o rapaz chamado Vítor Vieira.

Os dois pareciam ser irmãos de verdade.

Mas seu irmão de sangue tratava a menina, que não tinha laços de sangue com a família Vieira, ainda melhor.

Por mais madura que Viviane Vieira parecesse em comparação com as outras moças de sua idade, ela tinha apenas dezoito anos.

Ela ainda era uma garota. Então no fundo, era impossível que não se importasse.

Ainda mais porque, quanto mais convivia com ela, mais sabia que ela era apenas uma pessoa de aparência fria mas de coração quente, e não verdadeiramente indiferente a tudo.

Viviane Vieira tirou o olhar da janela, virou-se, seus olhos escuros sem muita emoção, e seu rosto permanecia impassível.

Ela respondeu brevemente: "Hmm."

Como se realmente não se importasse.

Guilherme Galvão ficou em silêncio por um momento: "Eles devem ter problemas na cabeça para não enxergar isso. Não é de se admirar que você queira deixar a família Vieira. O que você vai fazer agora, cortar relações com eles?"

"Essa coisa de família... não é tão importante assim." - Viviane Vieira semicerrou os olhos escuros, lembrando-se de algumas coisas de sua infância, e um sorriso zombeteiro apareceu em seus lábios: "O que significa ter laços de sangue? Ele também pode ser substituído e não resiste ao teste do tempo."

Ela foi sequestrada.

A família Vieira trouxe de volta a pessoa errada, uma garota que, como ela, havia sido sequestrada para as montanhas e tinha a mesma data de nascimento, bem como uma certa semelhança física, chamada Beatriz Vieira.

Uma garota de apenas dezessete anos.

Ela não deveria ver as coisas com tanta clareza como via agora.

Sua maturidade emocional fazia com que ele a visse como uma mulher madura de trinta ou quarenta anos.

"Uma família como essa não vale a pena. Se você se afastou, então você se afastou. Viviane Vieira, você é incrível, eles não souberam te valorizar, mas haverá quem queira te valorizar." - Guilherme Galvão estendeu a mão e acariciou gentilmente a cabeça da jovem.

Como se a estivesse confortando.

Sua mão quente tocou os cabelos macios e negros da jovem, com um toque de piedade acariciou sua cabeça.

Viviane Vieira ficou surpresa.

Ela franziu ligeiramente a testa, ergueu os olhos e olhou para o belo rosto do homem, que estava muito próximo ao dela, com um batimento cardíaco ligeiramente irregular. Ela mordeu o lábio, desviando-se um pouco para o lado: "Não sou boa, e não preciso que ninguém me aprecie."