A Herdeira Desconhecida: A Saga de Viviane Vieira romance Capítulo 563

Acabando de desligar o telefone, ouviu-se ao lado uma voz ligeiramente rouca: "Chegamos?"

Guilherme Galvão virou a cabeça, a jovem que até pouco tempo dormia profundamente havia despertado, esfregando os olhos, ainda com um vislumbre de sonolência.

"Sim, chegamos." Guilherme Galvão estendeu a mão para arrumar os cabelos dela, que estavam um tanto bagunçados pelo sono, olhando-a com ternura, "Fui eu quem te acordou com a ligação?"

"Não." Viviane Vieira, ainda com sono, bocejou preguiçosamente e desfez o cinto de segurança, "Já que chegamos, então eu vou indo."

"Tenho um compromisso à noite, preciso discutir um contrato." Guilherme Galvão olhou para a jovem que, sem pestanejar, abriu a porta do carro, pronta para sair, sentindo um aperto no peito, "Amanhã de manhã venho te buscar para irmos à escola."

"Não precisa." Viviane Vieira olhou para trás, franzindo ligeiramente a testa, "O apartamento fica a menos de dez minutos de caminhada da escola, posso ir andando."

Ela fez questão de pedir a Rodrigo Rocha para encontrar uma casa perto da escola.

Era para facilitar o ir e vir.

Será que precisava mesmo de carona para uma distância tão curta?

Guilherme Galvão apertou os lábios, sentindo-se ainda mais sufocado.

Em início de namoro, os casais geralmente não veem a hora de passar 24 horas juntos.

Mas com sua pequena amiga...

Parecia que, para ela, ele era quase dispensável.

Seu papel de namorado parecia não ter nenhum destaque.

"Eu venho te buscar amanhã." Guilherme Galvão estreitou os olhos, batendo com os dedos no volante do carro de corrida, como se não tivesse ouvido sua recusa, repetindo a frase dita anteriormente.

Já que não sentia sua presença, teria que fazer com que ela o notasse mais.

A presença constante faria com que o afeto naturalmente surgisse.

Ele entendia bem dessa lógica.

Viviane Vieira, com um olhar apático, encarou-o por alguns segundos antes de dizer calmamente: "Como quiser."

Dito isso, abriu a porta do carro, apoiando uma mão sobre ela e saindo com elegância.

*

Uma noite se passou.

Na manhã seguinte.

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