A Herdeira Desconhecida: A Saga de Viviane Vieira romance Capítulo 601

A moça levantou os olhos, que eram muito negros e brilhantes, fixou o olhar nele por alguns segundos e, de forma preguiçosa, acenou com a cabeça: "Uhum."

A rua onde se localizava o restaurante de hotpot tinha um estilo antigo por completo.

Ao anoitecer, as lojas penduravam lanternas na parte externa.

À primeira vista, as lanternas coloridas eram bastante atraentes.

Viviane Vieira caminhava devagar, olhando as lanternas penduradas do lado de fora das lojas.

Do outro lado, correram dois meninos brincalhões. Rindo e brincando sem olhar por onde iam, um deles acabou colidindo com Viviane Vieira.

Pega de surpresa, Viviane deu um passo para trás com o impacto.

Guilherme Galvão prontamente estendeu a mão para segurá-la, trazendo-a de volta para perto de si.

A mãe das crianças correu até eles, puxou seu filho para si e então olhou para Viviane com uma expressão feroz: "Como você anda? Não viu que tinha crianças? Ainda bem que meu bebê está bem, senão, eu não te deixaria em paz!"

Depois de rosnar, a mulher agarrou o filho e se virou para ir embora.

"Espere." Viviane, observando a mulher que estava de partida, falou de forma preguiçosa.

A iluminação dos postes era um pouco fraca, e a rua inteira estava envolvida em uma luz difusa.

Mas os traços delicados da jovem ainda eram notáveis.

Seu rosto era incrivelmente belo.

Com a cabeça inclinada e uma aura preguiçosa, os belos olhos negros e brilhantes da moça miraram a mulher com uma voz calma: "Eu estava andando normalmente, foi seu filho quem bateu em mim. Ele colidiu com alguém e nem se desculpou, e você quer ir embora assim?"

A mulher ficou atônita, e ao perceber que havia pessoas olhando, sua raiva se transformou em uma enxurrada de insultos: "Que descaramento é esse, mocinha? Você é adulta, por que está fazendo isso com uma criança?"

Viviane apertou os lábios e estava prestes a falar quando ouviu a voz baixa e fria de um homem ao seu lado: "As crianças podem não entender, mas e os adultos? Se colidiu com alguém, deve se desculpar."

Após pedir desculpas, a mulher saiu correndo com o filho, como se tivesse visto um fantasma.

Viviane virou-se para olhar o homem ao seu lado e sorriu: "Sr. Guilherme, usar sua habilidade de controle de situações do ambiente corporativo para intimidar uma mulher comum, não é um exagero?"

Guilherme Galvão não respondeu à sua observação, mas segurou sua mão e a examinou de cima a baixo: "Você está bem?"

Viviane sorriu: "Foi só uma criança que me bateu, o que poderia acontecer?"

Ela não era uma boneca de porcelana.

Não havia necessidade para tanta preocupação.

No entanto, ter alguém que se preocupasse tanto, que ficasse nervoso por sua causa, era um sentimento bastante agradável.

Não muito longe deles.