A Herdeira Desconhecida: A Saga de Viviane Vieira romance Capítulo 607

Guilherme Galvão acenou para o grupo e, com um gesto carinhoso, passou a mão pelos cabelos de Viviane Vieira, falando com uma voz suave: “Vamos embora.”

Viviane Vieira levantou o rosto, lançando-lhe um olhar de descontentamento.

Sempre tocando em seu cabelo.

Parece que se viciou nisso, não é?

Que mania!

O carro de Guilherme Galvão estava estacionado em um estacionamento temporário do outro lado da rua. De mãos dadas, eles atravessaram a rua, e Guilherme Galvão se adiantou para abrir a porta do carro. Depois que Viviane Vieira entrou, ele fechou a porta e contornou o carro para o outro lado.

Poucos minutos depois, o Lamborghini prateado partiu.

E rapidamente desapareceu da vista.

Bruno Barbosa olhou para Caroline Cruz, que ainda mantinha uma expressão sombria e descontente, e deu um leve tapa em seu ombro, dizendo: “Srta. Cruz, vamos nós também. O Sr. Guilherme quer ficar com a namorada, podemos nos divertir sem ele.”

Roberto Rocha ainda parecia distraído e murmurou baixinho: “Onde o Sr. Guilherme encontrou uma namorada tão bonita assim? Por que eu nunca encontro alguém assim?”

Ao ouvir isso, Caroline Cruz não pôde evitar um riso sarcástico: “Dizem que ela cresceu no campo e foi adotada, vindo para Belo Horizonte transferida de escola. Esse tipo de pessoa não é do nosso nível, claro que você nunca encontraria.”

Apenas uma garotinha do campo.

E Roberto Rocha até mesmo pensou nela.

Roberto Rocha ficou surpreso, e ao ouvir suas palavras, os olhos dele se focaram um pouco mais, e, virando-se para ela com curiosidade e surpresa, perguntou: “Do campo? Você está dizendo que ela é uma caipira?”

“Exatamente,” disse Caroline Cruz com desdém, um sorriso irônico surgindo em seus lábios, “Tenho que admitir, essas pessoas de lugares pequenos são bem astutas, com grandes artimanhas. Uma garota de apenas dezesseis anos, que não mostra nenhum sinal de inocência, mas sim uma grande astúcia, completamente encantando o Guilherme.”

Essas palavras estavam carregadas de emoção e preconceito.

Roberto Rocha e Bruno Barbosa trocaram olhares, mas nenhum disse nada.

Um comentário amargo era esperado.

Roberto Rocha pensou que, de fato, não se via a simplicidade e a doçura típicas de jovens da mesma idade em Viviane Vieira. O olhar e a aura que ela exalava não faziam dela parecer uma adolescente.

Aquele olhar, se alguém dissesse que ela tinha trinta ou quarenta anos, ninguém duvidaria.

Como estudante, diante de um grupo de pessoas mais velhas, ela se mostrava calma e serena, sem se intimidar.

Para ela, parecia que a identidade deles não significava nada.

Esse tipo de aura extraordinária, poderia ser cultivada crescendo no campo?

Roberto Rocha estava um pouco cético.

No entanto, ele achava que Viviane Vieira tinha uma presença até mais marcante do que Caroline Cruz, uma jovem dama criada em uma família prestigiada desde pequena.