A Herdeira Desconhecida: A Saga de Viviane Vieira romance Capítulo 74

Num espaço confinado e apertado.

Os dois estavam muito próximos.

Tão perto que Guilherme Galvão podia sentir o perfume doce e suave que emanava da jovem.

O coração do homem, normalmente frio e reservado, deu uma leve palpitada.

Eles se olharam por um momento.

Viviane Vieira esboçou lentamente um sorriso e, antes que Guilherme Galvão pudesse reagir, aproximou-se rapidamente dele, sussurrando suavemente em seu ouvido: "Tio, eu não gosto de homens mais velhos do que eu, não se interesse por mim, não temos futuro.".

Dito isso, ela recuou, fechou os olhos e continuou descansando.

Guilherme Galvão ficou atônito por um instante, uma pitada de surpresa brilhou nos olhos frios do homem e logo depois, seu olhar baixou e um sorriso intrigante apareceu em seu rosto.

A garota era pequena em estatura.

Mas cheia de pensamentos.

*

Viviane Vieira permaneceu de olhos fechados, parecendo adormecida.

No entanto, assim que o carro parou, ela imediatamente abriu os olhos.

Ela olhou pela janela do veículo e viu um prédio de apartamentos de alto padrão, não um hotel.

Ela retirou o olhar e se virou, sem dizer uma palavra, apenas questionando com o olhar o homem ao seu lado.

O rosto do homem era belo e distinto, com uma aura de nobreza. A luz inclinada do interior do carro iluminava sua pele pálida, que parecia ter recebido uma camada de luz refletida.

Ele também virou a cabeça para olhar para Viviane Vieira, ajustando sua posição no assento. Mesmo que o espaço no carro Lamborghini fosse considerado grande, suas longas pernas ocupavam uma área substancial, e ele ainda precisava dobrar um pouco para se acomodar completamente.

“Para uma garota jovem como você, ficar em um hotel não é seguro. Eu tenho um apartamento aqui que você pode usar esta noite.”

“Fica perto da sua escola.”

“33º andar, a senha é 33**88. Tudo lá é novo, e uma empregada vai limpar diariamente, pode ficar tranquila.”

Como se temesse uma recusa, Guilherme Galvão pensou por um momento e acrescentou: “Eu normalmente não fico aqui.”

Não era grande, com dois quartos e uma sala de estar, e poucos móveis, o que o fazia parecer um pouco vazio.

Era evidente que ele realmente não morava lá.

O lugar parecia frio e sem vida.

Viviane Vieira tomou um banho no banheiro, trocou a camisa manchada de sangue e, envolta em um roupão, saiu do banheiro ainda úmida.

Era uma sorte que Guilherme Galvão não morasse ali.

Tudo no banheiro era novinho em folha.

Ela tinha acabado de sair do banheiro, sem sequer se preocupar em secar o cabelo, já querendo dormir.

Mas, de repente, ouviu a campainha tocar.

Viviane Vieira franziu a testa de surpresa e parou de secar os cabelos com a toalha. Um arrepio frio apareceu em seus olhos escuros enquanto ela se dirigia lentamente para a porta.

O monitor de vídeo do corredor mostrava a figura de um homem desconhecido parado do lado de fora.