A magnata e seu ginecologista romance Capítulo 484

“Não há motivo específico. Ela é manipuladora e não é uma boa pessoa!” Beatriz bufou, lutando para fornecer uma explicação mais concreta.

Ela tinha uma leve semelhança com Mariana em termos de personalidade, já que ambas não gostavam de falar pelas costas das pessoas. Chamar sua prima de manipuladora já estava testando os limites de sua tolerância.

Observando a expressão emburrada e as bochechas infladas de Beatriz, Eduardo decidiu não sondar mais.

“Se você duvida de mim, pelo menos deveria confiar em Mariana. Ela tem um senso aguçado de julgamento quando se trata de pessoas”, acrescentou.

Eduardo riu e respondeu: “Independentemente de sua veracidade, simplesmente manterei uma interação normal com ela.”

Beatriz então ofereceu outro aviso: “Mesmo em uma interação normal, por favor, não faça nada que possa irritar Mariana. Ela já está sobrecarregada com assuntos de trabalho. Não acrescente mais problemas a ela, certo?”

Ele sorriu e provocou: “Por que você soa como a mais velha aqui?”

Beatriz inchou o peito ligeiramente, mostrando um toque de orgulho: “Hmph! Mesmo que eu seja mais nova que vocês, tenho mais experiência em relacionamentos que os dois, novatos no amor!”

Mais uma vez, Eduardo não pôde deixar de rir.

Beatriz possuía uma personalidade direta, sempre falando o que pensava sem agendas ocultas. Talvez sua falta de noção fosse o motivo por trás de sua franqueza.

Por outro lado, apesar de sua natureza obediente, Sarah emanava uma aura misteriosa. Será que ela realmente é uma mulher manipuladora? Ou Mariana e Beatriz estão julgando mal?

Eduardo não podia se dar ao luxo de pensar nessas coisas no momento. Afinal, ele ainda estava preocupado com os assuntos da família Lenoir.

Naquela noite, Mariana não pediu a ele para buscá-la no trabalho. Exausta, ela voltou para casa depois das 22h e foi direto para a cama depois de um rápido banho.

O casal mal trocou algumas palavras.

Eduardo piscou, pego de surpresa. Antes que pudesse responder, ela já o havia soltado de seu abraço. Um leve rubor tingiu suas bochechas enquanto resmungava consigo mesma: Estou perdendo a cabeça? Por que estou sendo tão direta em me jogar para cima dele?

Ao contrário, ele parecia mais composto. Se aproximou dela e respondeu: “Deveria ser eu a agradecer. Você arranjou alguém para me tirar da confusão e até fez sua prima me buscar. Sou grato!”

“Não, sou eu quem deveria te agradecer! Você foi me salvar. Como eu não cuidaria de você?”, afirmou Mariana.

Presenciando a determinação de sua esposa, Eduardo só pôde se render enquanto levantava as mãos em uma derrota fingida: “Tudo bem então. Aceito seus agradecimentos, mesmo que seja apenas parte dos meus deveres como marido!”

“Hmph! Cheio de melosidade, não é?” Mariana bufou abruptamente, encerrando a conversa.

Ela então começou a questionar sua autenticidade, se perguntando quando exatamente se transformou nessa versão de si mesma.

Depois do café da manhã, Eduardo ainda a levou para o trabalho.

Ao saírem da área residencial, uma ocorrência inesperada fez com que ele pisasse bruscamente no freio.