À mercê da realeza romance Capítulo 12

"Narrado por Ralf"

Desde que roubei aquele selinho da Kalenna, não paro de pensar nela. Como ela mexe tanto assim comigo?

Estava eu aqui pela manhã deitado pensando nos problemas que arrumei no passado quando mandam me chamar.

_Alteza, o rei mandou lhe chamar. Ele o espera no escritório da torre._Diz Lurdes educada.

Tomo um banho, fico apresentável e vou ao encontro do meu pai. Bato na porta e logo me é autorizada a entrada.

_Precisa falar comigo, pai?_Falei sentando-me à sua frente.

_Se eu te chamei aqui é porque preciso não é, Ralf?_Diz muito sério._Preciso que vá agora no centro de Córya pois chegou até mim rumores de invasões. Preciso que verifiques isso pra mim e só volte com notícias.

_Não poderia ser o Lyam não, pai?_Rebato chateado pela canseira que isso vai dar.

_Estou lhe dando essa minúscula missão pra ver se o povo te olha com outros olhos e não como um delinquen..._Ele iria dar um sermão, mas o interrompi.

_Volto com notícias._Pego meu paletó sobre a cadeira e saio daquele sufocante escritório.

Nunca gostei de resolver problemas burocráticos de Córya. Minha vida sempre foi sair por aí visitando os quartos das belas damas e experimentando das melhores bebidas desse fim de mundo. Nunca me dei bem com meu pai por culpa disso. Infelizmente nunca fui muito cuidadoso com minhas saídas e sempre acabava estampado nos jornais da cidade com manchetes chamativas do tipo: "Herdeiro mais novo de Córya, Príncipe Ralf, causa desordem na cidade" ou "Quando isso vai acabar? Parece que a fase imatura do jovem príncipe Ralf não tem fim".

Bando de fofoqueiros!

Eu nunca achei nada que me fascinasse aqui em Córya, mas ao pôr meus olhos na ruivinha tudo mudou. Como ela é linda...

Eu não posso estar apaixonado. Não por uma coisa que não é minha.

Eu só não entendo essa demora de Lyam em tocá-la. Eu não posso fazer nada com ela se ela ainda for pura. Isso geraria uma confusão das bravas e com razão. Lyam sempre foi muito ciumento com a pureza das suas damas. Melhor eu afastar da minha cabeça alguma hipótese de tocar na ruivinha.

Chego ao centro de Córya e grande parte da praça central está destruída. Os soldados conseguiram controlar toda a confusão. Aproximo-me deles para obter alguma noticia.

_O que aconteceu aqui? Parece com o último bar depois que eu passei..._Soltei uma gargalhada, mas logo me contive por ser um momento sério._Enfim, o que houve?

_Alguns baderneiros da cidade de Forks vieram fazer arruaça aqui na praça. Ainda não sabemos qual foi a intenção de tudo isso._Responde um dos soldados.

Antes que eu proferisse qualquer palavra, chega dois outros soldados parecendo aflitos. Me reverenciam e logo começam a falar.

_Acabamos de saber que um dos presos fugiu. Alguns homens, não sabemos ao certo quantos, entraram e ajudaram um prisioneiro a fugir._O soldado diz ofegante.

_Apenas um fugiu?_Pergunto firme.

_Apenas um, Alteza.

_Qual seria o nome desse fugitivo? Não me digam que não sabem..._Falei impaciente.

_Sabemos, Alteza. Senhor Joseph Drummond.

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