À mercê da realeza romance Capítulo 77

Ele me olha nos olhos e eu corro para abraçá-lo. Aquele abraço repleto de saudade, de felicidade e de tristeza por vê-lo assim.

Ele retribui o abraço e pelo jeito ele estava com muitas saudades pois ele me agarrou com bastante força. As lágrimas já molhavam toda a camisa azul claro que ele estava vestido. Depois de fungar, ele me solta.

_Entre, minha filha._Ele abre mais a porta e eu entro._Sente-se. Estava com muita saudade.

Olho a casa internamente e vejo que está totalmente mobiliada. Vejo também que tudo está bastante limpo e arrumado.

_O senhor é quem está cuidando da limpeza da casa?_Digo virando o olhar para ele.

_Não. A mulher do Malcon contratou uma senhora pra limpar e cozinhar._Ele senta-se numa poltrona verde musgo._Você está diferente.

_Hum._Olho para as minhas unhas._Estou diferente por diversos motivos. Um deles será bastante evidente daqui a uma semana.

_O que está acontecendo, Kalenna?_Sua voz é firme e preocupada.

_Pai, me perdoa. Eu nunca quis te envergonhar, nunca mesmo..._Meus olhos se enchem de lágrimas._Aquilo que o senhor menos queria que acontecesse comigo, aconteceu.

_Você está grávida, minha filha?_Sua voz ecooa fazendo meu coração se abalar.

_Sim._As lágrimas descem._Eu juro que...

Ele se levanta de repente e me puxa pra um outro abraço fazendo-me chorar mais ainda. Era um abraço de conforto, de carinho. Um abraço que diz "eu estou aqui".

_Não ligue para mais nada do que falei antigamente._Sua voz sai embargada._Eu preciso de você e é isso que importa. Meu neto vai ser a maior alegria que irei ter.

Só soube abraçá-lo como forma de agradecimento. Eu estava tão feliz pelas palavras que fiquei sem fala. Eu pensava que meu pai iria me enxotar da casa dele e dizer que eu era a desonra da família.

Lembro de quando Ravenna vivia namorando os meninos no beco da rua do lado e eu ficava envergonhada por ela. Mas eu ficava calada pois eu sabia o quanto nosso pai iria ficar triste e bravo.

Conversamos bastante e ele disse que queria participar de tudo que eu descobrisse da gravidez. Omiti a parte de ser uma gravidez de risco pois já chega de preocupação. Falei com Dona Marieta, a que cuida da casa, e pedi pra ela pegar no pé do meu pai para que ele se alimentasse bem. Deixei um beijo em sua testa e fui embora prometendo voltar.

Entro na carruagem e assim vamos embora. Chegamos no início da noite e cada uma foi direto para seu quarto. Tomei um banho e deitei na cama para descansar. Ouço alguém batendo na porta e autorizo a entrada.

_Oi, minha filha._Meu pai entra e fecha a porta._Vim te dar uma notícia.

_Pode dizer._Me ajeito na cama.

_O rei de Córya marcou uma reunião comigo e quem irá representá-lo é o filho mais velho, o pai do seu bebê._Ele encosta na parede com as mãos nos bolsos.

De repente uma agonia se forma dentro do meu ventre. Começo a me contorcer em cima da cama e automaticamente comecei a suar frio. Meu pai me ajeita na cama e fica me chamando repetidamente. Eu só escuto um eco nos meus ouvidos. Logo minha consciência volta e vejo que no quarto tem mais gente.

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