À mercê da realeza romance Capítulo 82

"Narrado por Ralf"

Desde que Lyam e Ana partiram, essa casa anda calma demais. Os dois só viviam em pé de guerra, mal víamos eles em paz.

Tenho ficado muito com Thianna, gosto da companhia dela. Fiquei sabendo que Ceci é apaixonada pelo irmão de Kalenna. Deixei-a livre para relacionar-se com ele e também já falei a ela que abrirei mão dela para que ela viva esse amor.

Depois do que Kalenna fez ao ser obrigada a ficar com meu irmão, eu não quero correr o risco de que isso aconteça comigo. Prefiro deixá-las livres. Entro no quarto de Thianna.

_Algum problema, Ralf?_Ela me olha sentada na cama.

_Não, vim falar com você._Fecho a porta e sento perto dela._Algo sério.

_Fiz alguma coisa de errado?_Seu rosto fez uma expressão preocupada e eu tratei de sorrir para que ela suavizasse.

_Pelo contrário, você só me fez coisas boas._Toco em seu rosto e vejo-a fechar os olhos por segundos._Resolvi abrir mão de você também.

Seus olhos se arregalam com força e vejo que sua garganta seca.

_Você não me quer mais?

_Não é isso, Thianna. Você sempre foi leal, uma bela amiga e uma ótima dama pra mim._Sorrio fraco._Não tem por que eu te manter presa a mim. Quero você livre pra seguir seu caminho.

_Mas minha vida só tem sentindo se você estiver nela._Ela se joga nos meus braços fazendo meu coração ficar do tamanho de uma ervilha._Não me deixe! Por favor, Ralf!

Abracei-a com ternura e beijei sua testa em sinal de carinho. O que eu sinto pela Thianna é algo especial, eu sei. Mas não é o que ela quer que eu sinta... É diferente.

_Já tomei a liberdade de falar com sua família e eles te acolherão bem._Levanto-me para ir embora._Em poucos dias te levarão embora.

_Você não vai se despedir de mim?_Seus olhos estavam cheios d'agua.

_Nunca fui bom em despedidas.

Abro a porta e saio do quarto. Respiro fundo e caminho em direção ao escritório do meu pai. Preciso saber como anda a reunião lá em Trevor. Espero que Lyam não tenha feito nenhuma besteira.

Bato inúmeras vezes e ninguém abre. Resolvo entrar e realmente não tem ninguém. Estranho.

Vejo um envelope em cima da mesa que estava selada com um K.

_Mas por que será que o Kevin escreveu uma carta pro meu pai já que era mais fácil ele mesmo vir aqui?_Pergunto segurando o envelope aberto._Não custa nada saber...

Abro a carta e começo a lê-la. De acordo com que meus olhos percorriam cada palavra escrita ali, meu coração acelerava. Eu não acredito nisso...

Jogo a carta em cima da mesa em sinal de fúria e frustração.

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