Quando os meus parceiros dizem que sou o chefe, analiso o quanto essa mina me deixou descontrolado ao ponto de fazer tudo que mais recrimino na vida, que é o fato de baixar a guarda e perder a postura. Porém ao observa o quanto ela está fraca e vulnerável eu percebo o quanto estou fazendo mal e a única coisa que vem na mina cabeça é que preciso livrá-la, nos seus olhos há um pedido de socorro e silenciosamente eu atendo puxando ela dali e levando para sua casa.
Assim que chegamos lá a reação dela foi se sentar no chão abraçando os joelhos e a mina derramou tanta lagrima, se tremia tanto que eu comecei a sentir remoço de tudo que aconteceu, de certa forma por mais que eu queira ferir ela profundamente dizendo coisas horríveis, bem lá no fundo eu sei que ela não é nada disso que a minha mente insisti em querer criar, na tentativa de não deixar a mesma destruir a barreira que criei a anos. E também pelo fato de que só eu posso machucar ela e mais ninguém.
Com esses pensamentos me aproximo tentando consola-la, porém eu sei que só palavras não terão a capacidade de acalmar a alma dela. Com isso eu a carrego em silêncio a levando para o banheiro e lá tomamos banho abraçados, sei que vou me arrepender desse gesto amanhã ou melhor tenho certeza que ela vai confundir no final as coisas, mas eu não consigo olhar para ela tão vulnerável e não fazer nada. Só hoje vou tirar essa mascara e ser humano e espero não me arrepender no futuro.
Ficamos um bom tempo abraçados com a água quente caindo sobre nosso corpo e isso a deixou um pouco mais relaxada e aquele silêncio profundo logo foi quebrado pela doce voz da Maju que me agradeceu por meu gesto surpreendente me deixando sem jeito já que não estou acostumado a ser gentil e ser agradecido por isso. Passando uns minutos desligo o chuveiro e em silencio seco os seus cabelos, pois naquele momento ao ver Maju tão quebrada emocionalmente me faz agir de uma maneira que já não tenho agido a bastante tempo. Ainda em silêncio nos deitamos abraçados até pegar no sono.
No dia seguinte desperto com a voz da Maju e só ai me dou conta de que novamente falhei estando vulnerável próximo a ela. Fico mais um tempo tentando processar o que estaria acontecendo comigo e quando escuto a voz de desespero da Maria Julia que aparentemente fala em enigmas me fazendo ficar louco ali, pois eu sei que provavelmente é o tal namoradinho dela e com esse pensamento já me levanto já muito louco dizendo muitas ofensas a ela que tenta se justificar dizendo que era do hospital e apenas quando ela volta a atender eu percebo a merda que fiz. Ela estava pálida e abatida, com o olhar vazio, sem brilho e eu sentir que a qualquer momento a mesma ia desabar e foi quando gradativamente os seus olhos se fecharam, corri a impedindo de cair no chão.
A levo para cama sem entender o que estava acontecendo. Pego o celular que estava caído no chão e tento falar com a pessoa que estava do outro lado da linha.
Ligação ON
Imperador: Alô, quem está falando?
Hospital: Olá Senhor, aqui é do Hospital Municipal em que posso te ajudar?... Eu n consigo responder nada, apenas permito que o celular caia
Ligação OFF
Imperador: puta que pariu uma ligação do hospital?... Digo em voz alta e ai lembro que a Maju se entregou a mim por causa da mãe que precisava fazer uma cirurgia olho para cama e ela ainda estava apagada, na verdade eu olhei e percebi que a mesma abriu os olhos e parecia está em choque e apenas quando o seu cérebro processo os acontecimentos ela levantou doida
Maju: Minha mãe, meu Deus a minha mãe, eu preciso ir para o hospital agr... Ela diz se levantando de vez e eu tento me aproximar com medo de novamente ela cair
Imperador: Se acalma Maria Julia, me explica o que está acontecendo?
Maju: n tenho tempo, eu só quero ir até ela, eu preciso ver a minha mãe antes que seja tarde demais... Ela diz e eu percebi o desespero no tom da sua voz e a tristeza no seu olhar que estavam cheios de lagrimas e assim percebe que ela estava muito perturbada e inquieta, por isso decidi leva-la para ver a mãe.
Imperador: Coloca uma roupa e depois vamos na minha casa eu vou vestir uma roupa e tomaremos café e depois iremos para o hospital.
Maju: N precisa se incomodar, eu resolvo isso só quero ir logo
Imperador: Eu já disse que vou e pronto. E vc n vai sair sem se alimentar
Maju: E vc acha que vou conseguir comer sabendo que posso perder a minha mãe a qualquer momento?
Imperador: Pelo menos um suco vc vai tomar dona Maria Julia e aqui encerra esse assunto, sem justificativas, vai se vestir.
Maju: Tem outra opção? ... Ela diz e eu nego com a cabeça e ai ela ver que n tem jeito e vai em direção ao guarda-roupa, eu pego minhas roupas molhadas e saio dali indo na direção da sala.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A obsessão do traficante
Cadê o restante da história Parou no capitulo135....