A Pequena Esposa romance Capítulo 208

Um relâmpago cortou o céu e iluminou o quarto.

A voz de Yamamoto Hong ainda estava lá, e ele não sabia quando iria acabar. O ruído no quarto já não era o mesmo. Todos encontraram um lugar próprio para se aninhar, e uma garota estava soluçando com cuidado.

Austin usou seu telefone para ligar para Samantha. A mão de Samantha rapidamente espalhou o pó na cabeça de Kenzie. O efeito do pó era muito bom, e o sangue imediatamente parou de fluir.

Como o ambiente não permitia, Samantha não fez a limpeza para ela. Em vez disso, ela tirou uma bandagem e enrolou em volta da cabeça dela.

Kenzie a encarou, "O que você está insinuando?! Eu não preciso de sua falsa bondade!"

Samantha disse séria, "Se você não parar de sangrar, vai morrer."

Kenzie cerrou os dentes, "O que você tem a ver se eu morrer ou não?!"

Samantha guardou suas coisas e disse lentamente, "Se você morrer, não poderá receber sua punição. Isso não seria uma grande perda para mim?"

Assim que ela terminou suas palavras, Austin amarrou-a com uma corda e disse, "Eu sugiro que você fale menos. Você viu aquilo? Todos aqui te odeiam tanto. Se continuar falando, ninguém pode garantir se vão subir e te bater."

Kenzie se debateu com todas as suas forças, mas foi em vão. Austin havia amarrado muito apertado e não era algo que ela poderia se soltar lutando.

Samantha se levantou e deu um pequeno bocejo. Já passava da uma da manhã. Normalmente, ela já teria adormecido. Mas agora, a vida de todos estava em risco, e ninguém conseguia dormir.

Não muito longe, Oliver e Jaelyn também estavam amarrados de cabo a rabo. Eles não lutavam mais e encostavam no canto da parede como se tivessem se conformado com o destino.

Austin entregou a ela uma maçã. "Coma."

Samantha ficou surpresa e perguntou, "Onde você conseguiu isso?" As coisas da sala haviam sido levadas pelos outros.

Austin disse, "Pegue em silêncio. Vamos comer."

Samantha balançou a cabeça. "Não estou com fome, você come... eu não menti. Realmente não estou com fome. Quando me entrevistaram antes, estive comendo lanches o tempo todo."

Quando Austin ouviu isso, ele não insistiu. Contudo, também não comeu. Ninguém sabia se aquela maçã se tornaria o último recurso para salvar sua vida.

Samantha esfregou os olhos e encostou no ombro de Austin. Ela estava prestes a cochilar quando ouviu um som estrondoso no céu. Samantha repentinamente abriu os olhos e disse, "Austin, escuta—"

Austin estreitou os olhos. "O som de um helicóptero."

Samantha imediatamente se levantou e olhou pela janela. A chuva tinha diminuído bastante. Ela mal podia ver o céu claramente, e ela conseguia ver vagamente alguns helicópteros.

Os olhos de Samantha se iluminaram. "... Os reforços chegaram!"

Justamente quando ela terminou de falar, todos na sala pareciam ter rejuvenescido. Eles saíram correndo um após o outro, esperando ser resgatados no primeiro momento.

Samantha olhou para o quarto vazio num instante e disse, "..."

Austin riu e disse, "Você é boba?"

Samantha disse, "Quando os vi antes, pensei que eles nem tinham forças pra jantar. Não esperava que fossem tão enérgicos."

Austin disse, "É normal. Nessa situação, todos querem ser os primeiros a sair. Vamos sair também."

Samantha assentiu.

Fora do restaurante, havia um pequeno pátio com duas ou três mesas. Originalmente, eram bastante românticas, mas agora ao olharem pra fora, podiam ver a enxurrada no pé das montanhas, que havia alcançado uma posição alta. Se a chuva não parasse, inundaria em algumas horas.

Todos estavam tão assustados que corriam para o pátio, independentemente de estarem molhados. Alguns até subiram nas mesas e gritaram por socorro.

Mais de 50 membros da associação, incluindo os convidados originais do restaurante, lotaram o pequeno pátio. Samantha não saiu, apenas ficou de pé na porta, observando o helicóptero se aproximando—

Não havia nenhum lugar aqui que pudesse ser parado, então só podiam colocar a escada salva-vidas para baixo.