A Princesa Abandonada e Seu família Dourado romance Capítulo 227

Grupo de Pereira.

Um homem vestido em um meticuloso terno preto tinha uma expressão sombria, com as mãos cruzadas enquanto observava o homem de meia-idade à sua frente, que se mostrava cada vez mais audacioso.

Miguel retirou os óculos de armação dourada, que tinham um propósito especial sobre o nariz, e os limpou calmamente.

“O Tio Roberto propôs condições que são puramente ilusionistas, isso me faz pensar se o Tio Roberto não teria bebido demais na noite passada. Se o Tio Roberto estiver enfrentando algum distúrbio mental, não me importo de ajudá-lo a contatar uma instituição.”

A expressão de Roberto Pereira mudou várias vezes.

“Meu querido sobrinho, a gestão do grupo é grande, e não depende só de você. Eu apenas desejo uma parte das ações do grupo, não é demais pedir.”

Miguel controlava 70% das ações do Grupo de Pereira, e o restante estava majoritariamente nas mãos do avô, deixando muito pouco para os demais.

O que Roberto desejava era justamente a parcela nas mãos do avô.

Miguel sorriu friamente com desdém: “Sonhos de um tolo!”

Roberto bateu na mesa com raiva, seu corpo corpulento tremendo!

Momentos depois, Roberto sorriu friamente: “Meu sobrinho, você pode estar satisfeito agora, mas será que sua namoradinha também se sentirá assim?”

A testa de Miguel franziu-se num instante!

“O que você quer dizer com isso?”

Ao ver a reação de Miguel, Roberto soube que tinha acertado em cheio.

Humph, apenas um jovem que não sabe controlar suas emoções!

“Meu sobrinho, como seu mais velho, devo ensiná-lo uma lição.”

“Para ser um verdadeiro líder, não se pode ter vulnerabilidades. Eu, Tio Roberto, estou te ajudando a eliminar essa fraqueza. Você deveria me agradecer!”

Roberto tinha um olhar estranho, “Heh, sobrinho, você que colocou a Srta. Barcelo em perigo. Se você não a tivesse exposto tão publicamente no leilão, eu, Tio Roberto, não saberia dos seus sentimentos.”

Ele estava prestes a dizer mais alguma coisa quando sentiu uma dor aguda na perna!

Tio Roberto viu o cano da arma apontado para si e sua coxa sangrando profusamente, encontrando o olhar feroz e letal de Miguel, e sentiu um medo extremo!

Miguel, com os dentes cerrados, disse-lhe: “Tio Roberto, se um único fio de cabelo da Jessi estiver fora do lugar, eu tirarei a vida de toda a sua família!”

No coração de Tio Roberto, um medo indescritível se instalou; foi nesse momento que ele percebeu que Miguel nunca o havia atacado antes, não por falta de coragem!

As ações de Miguel eram muito mais terríveis do que ele e o caçula poderiam imaginar!

Deixando para trás o corpo ainda tremendo de Tio Roberto, Miguel apressou-se para fora.

Ele correu para o estacionamento, entrou no carro e pisou fundo no acelerador.

Depois de várias tentativas, Jessica não atendeu às suas ligações.

Embora soubesse que Jessica provavelmente teria proteção ao seu redor e que dificilmente algo sério aconteceria, dada as habilidades dela...

Mesmo tendo consciência de que poderia não haver motivo para preocupação, Miguel ainda sentia seu coração descompassado!

Cenas de sua infância pareciam se repetir diante de seus olhos, e ele revivia aquele momento!

As palmas das mãos de Miguel estavam suadas, e suas veias saltavam enquanto segurava o volante.

O carro avançava a toda velocidade, faíscas voavam do atrito dos pneus com o asfalto, até parar em frente à loja de antiguidades.

Câncer estava assobiando enquanto limpava manchas de sangue dos degraus com uma mangueira de alta pressão.

Ao ver o carro de Miguel parar em frente à loja, a aura ameaçadora de Sereia desceu do carro, e a intensidade de sua presença fez Câncer estremecer.

Será que Sereia veio buscar vingança com o chefe deles?

Ou finalmente descobriu que seu chefe era um vigarista de coração negro?

Seguindo o princípio de ser um subordinado competente, Câncer gaguejou ao falar.

“Sereia... Sr. Pereira! Nosso chefe não, não, não está aqui...”

O olhar de Miguel passou por Câncer, fixando-se no interior da loja.

As cadeiras de vime balançavam suavemente sob o sol, emanando uma sensação de calor e tranquilidade. Uma mão branca e delicada, fina e elegante, acariciava a gato nos seus braços em movimentos leves e espaçados...

Jessica virou a cabeça levemente, bocejando, seus olhos brilhantes cobertos por uma névoa, tornando seu olhar ainda mais sonhador.

"Miguel? Como você veio parar aqui?"

Miguel parou, observando Jessica por um momento, como se para assegurar-se de que a cena diante dele era real, antes de se aproximar rapidamente.

Câncer sorriu, "Com essa sua palavra, nosso chefe não terá que sofrer essa injustiça novamente."

"Entendi!"

Aqueles que queriam matar seu chefe não eram poucos, mas ser atacado como um canário indefeso era realmente raro!

Câncer quase comemorava!

Seu chefe, mesmo que fosse um canário, seria aquele capaz de morder o pescoço de um crocodilo com seu veneno mortal.

Jessica estendeu um lenço para Miguel, e depois de hesitar, ela mesma limpou o rosto dele.

Ela explicou suavemente.

"Há sangue no seu rosto, parece ser sangue esguichado, de onde é?"

"Provavelmente da coxa, esqueci, deveria ter sido direto no coração."

Percebendo a frustração em Miguel, Jessica não pôde evitar sorrir levemente.

"Sempre há uma próxima vez para acertar."

"Certo, como você desejar."

A cena era ao mesmo tempo calorosa e harmoniosa.

Luciana, ao lado, fingiu não ter visto nada.

De repente, sentiu-se como se estivesse sobrando ali.

Que azedo, mais azedo que limão!

...

Joaquim, sentado diante da tela esperando por boas notícias, saltou da cadeira em um pulo!

"O que você disse? Todos os que mandamos foram mortos? Miguel poderia ter previsto isso? Impossível!"

"O quinto também foi ferido por Miguel? Como ele ousa!"