A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 104

Ponto de vista de Hayley:

No mundo das apostas com pedras preciosas, havia um ditado bem conhecido: um único corte pode te tornar rico ou te arruinar; tem o poder de mudar seu destino ou te lançar na miséria.

Ao sair do veículo, me deparei com duas ruas antigas, repletas de lojas e barracas exibindo pedras brutas das mais diversas formas, cores e tamanhos.

Enquanto explorava aquele lugar desconhecido, uma dúvida me ocorreu:

— Viemos aqui para comprar minérios de esmeralda?

Benjamin assentiu com um meio sorriso.

— Apenas observe.

Ele me guiou pela rua à direita. No caminho, notei que, além dos comerciantes locais, havia alguns estrangeiros como nós, com expressões afiadas e um olhar calculista típico de negociantes experientes.

Em determinado momento, Benjamin parou em uma esquina, observando atentamente uma pedra bruta. Seu olhar parecia analisar cada detalhe.

— Pergunte o preço desta — ele ordenou.

Segui sua instrução e, em Mornant fluente, iniciei uma conversa com o vendedor. No entanto, ao ouvir o valor, fiquei perplexa.

— Oitenta mil por esse pedaço de pedra?!

Benjamin ergueu uma sobrancelha.

— Moeda local ou 80 mil dólares?

— Dólares! Eles querem tudo isso por essa pedra sem valor? Quem compraria isso só pode estar fora de si!

Antes que eu pudesse protestar mais, Benjamin anunciou com firmeza:

— Vou levar. Compre para mim.

Fiquei olhando para ele, chocada. Meu papel era apenas traduzir — a decisão era dele. Engoli o conselho que estava prestes a dar e voltei ao vendedor.

Usei minhas melhores habilidades de barganha e consegui reduzir o preço em 5 mil dólares, fechando negócio por 75 mil.

Segurei a pedra nas mãos, ainda tentando entender seu suposto valor. Para mim, não havia nada de especial nela.

Até deixei Hera farejá-la, mas ela não detectou nada de incomum.

Benjamin, no entanto, parecia completamente despreocupado e continuou comprando.

Ao longo do dia, ele adquiriu mais quatro ou cinco pedras, cada uma variando entre 50 mil e 200 mil dólares. Só de ver aquelas cifras, comecei a me preocupar com suas finanças.

— Sr. Benjamin, o que pretende fazer com todas essas pedras? — perguntei, sem conseguir conter minha curiosidade.

Ele não respondeu diretamente. Apenas olhou para a pedra que eu segurava e disse:

— Vamos encontrar um lugar para cortá-las.

Entramos em uma loja próxima e, assim que mencionei que queríamos cortar as pedras, uma multidão curiosa se reuniu ao nosso redor.

O dono da loja se aproximou e explicou:

— Como vocês não compraram essas pedras aqui, cobraremos uma taxa de processamento de mil dólares por pedra.

Acerte! Eu não estava pagando mesmo.

Transmiti as informações a Benjamin e perguntei:

— Prosseguimos?

Sem hesitar, ele pegou seu cartão de crédito e quitou a taxa.

— Vamos abrir essa também.

Hesitei antes de sugerir com cuidado:

— Sr. Benjamin, talvez devêssemos parar. Não encontramos nenhuma esmeralda até agora. Se insistirmos, vão começar a rir de nós.

Ele ponderou minhas palavras, lançou um olhar rápido para a multidão e então perguntou:

— Você conhece alguém aqui?

Fiquei surpresa com a pergunta.

— Conhecer alguém? Claro que não! — respondi, confusa.

Benjamin sorriu de canto.

— Então por que se preocupar com o que essas pessoas pensam? Mesmo que nos ridicularizem, não nos conhecem. Amanhã, ninguém mais lembrará disso.

Eu nunca tinha pensado dessa forma, mas ele tinha um ponto.

Talvez eu devesse aprender com Benjamin sobre desenvolver uma pele mais grossa.

O cortador de pedras percebeu que não desistiríamos, então colocou a última pedra na máquina e começou a desgastá-la com paciência.

A superfície foi sendo moída cuidadosamente até que, de repente...

— Espera! — Benjamin exclamou.

Virei-me para ele, surpresa.

— O que houve? — perguntei, sentindo uma onda de antecipação.