A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 127

Ponto de vista de Benjamin:

Hayley se levantou rapidamente, parecendo um pouco sem jeito.

— Desculpe, não queria adormecer aqui.

Levantei-me e respondi casualmente:

— Está tudo bem. Desculpe por te fazer esperar.

Ela pareceu lembrar de algo e logo me entregou uma sacola.

— Aqui, Benjamin. Esta é a refeição que o vovô Southwell pediu para a empregada preparar para você. Você ainda não jantou, certo? Vá em frente e coma.

Ergui uma sobrancelha. Normalmente, quando trabalhava até tarde, comia algo na cafeteria da empresa, e meu avô sabia disso. Então, por que ele mandaria Hayley entregar minha refeição?

A resposta era óbvia: ele estava propositalmente criando oportunidades para que eu passasse mais tempo com ela.

Na mente do meu avô, minha Luna só poderia ser Hayley.

Esse era um dos motivos pelos quais, no início, eu não gostava dela. Sempre acreditei que ninguém deveria desafiar a vontade da Deusa da Lua, muito menos escolher um parceiro apenas por conveniência.

Agora, embora meu lobo, Lawrence, ainda não tivesse confirmado se Hayley era realmente minha companheira destinada, ele certamente não era indiferente a ela.

E eu também não.

Ainda assim, havia algo em Hayley que permanecia um mistério. Eu precisava descobrir o que era.

A observando por alguns segundos, escondi meus pensamentos e mantive a expressão neutra antes de sugerir:

— Por acaso estou com fome. Vamos comer juntos.

Ela também parecia faminta e não hesitou. Tirou as marmitas da sacola, organizando a comida cuidadosamente e me entregando os talheres. Sentamos um de frente para o outro e começamos a comer em silêncio.

Hayley comia sem cerimônia, sem se preocupar com maneiras refinadas. Achei isso divertido e provoquei:

— Você ficou dias sem comer?

Ela retrucou, brincalhona:

— É tudo culpa sua! Estava esperando por você. Então, você não pode reclamar.

Ri, surpreso com sua resposta.

— Agora está me culpando?

Apenas ela teria coragem de falar tão casualmente com um Alfa como eu.

Hayley me lançou um olhar desafiador.

— Não estou?

Sacudi a cabeça, rindo, e comecei a cortar o bife para ela.

— Você trabalhou muito. Coma mais.

Durante nossas aulas, Benjamin já havia aprendido bastante vocabulário básico, e sua capacidade de absorver conhecimento era impressionante. Com apenas um pouco de orientação, ele compreendia a maior parte dos conceitos.

A aula de uma hora passou rápido. Assim que eu estava prestes a encerrar, recebi outra mensagem dele:

— Recebi um e-mail de Mornant que preciso da sua ajuda para traduzir.

Digitei rapidamente:

— Envie para o meu e-mail.

Um minuto depois, Benjamin encaminhou o e-mail para minha caixa de entrada. Abri a mensagem, analisei o conteúdo e resumi os pontos principais para ele.

— A equipe de Mornant informou que a primeira fase do projeto correu bem. Eles planejam enviar representantes para Astoria na próxima semana para discutir as tarefas da segunda fase e desenvolver um plano correspondente.

Enviei a mensagem e esperei por sua resposta.

Enquanto aguardava, desci até a cozinha para pegar um copo de leite. Ao sair, esbarrei em Christopher, que acabava de chegar. Ele parecia cansado, com olheiras marcadas. Normalmente, ele estava sempre ocupado e raramente vinha para casa, mas ultimamente parecia estar retornando com mais frequência.

— Ainda acordada a essa hora? — ele perguntou.

— Estava com sede. Desci para pegar leite — respondi.

Ele não disse mais nada e seguiu para o andar de cima.

O observei se afastar e, subitamente, me lembrei das partituras que havia encontrado mais cedo.

Chequei meu bolso e confirmei que as folhas ainda estavam comigo. Subi para o meu quarto e, antes de dormir, verifiquei a resposta de Benjamin.